Um Limite Entre Nós - 2016
Elenco: Denzel Washington, Viola Davis, Jovan Adepo, Stephen McKinley Henderson, Mykelti Williamson, Russell Hornsby e Saniyya Sidney
Nota (0/10): 8,5
Dirigido e protagonizado por Denzel Washington, "Um Limite Entre Nós" é baseado em uma aclamada peça teatral chamada "Fences" (nome original do filme), que foi escrita por August Wilson e foi interpretada pelo mesmo elenco do longa metragem. O enredo nos conta a história de Troy, um carregador de lixo que teve seu sonho de se tornar um grande jogador de baseball frustrado e hoje vive com Rose, sua dedicada esposa, com quem compartilha as experiências boas e ruins de se formar uma família.
PRÓS: Denzel Washington e Viola Davis!!! Não tem forma melhor para começar citando os pontos fortes desse filme que não seja enaltecendo a dupla protagonista. Com uma atuação esplendorosa, ambos conseguem elevar o nível do longa sempre quando estão em cena, seja contracenando juntos ou sozinhos. Mas depois voltamos a falar mais detalhadamente sobre esse quesito. Por agora, comentarei sobre a ótima direção de Denzel, que mesmo sendo apenas o seu terceiro trabalho, consegue dar personalidade ao longa e mostrar total controle do que está fazendo. Não se trata de algo novo ou revolucionário, mas sim de extrema competência.
Gostei bastante do elenco enxuto do filme (são apenas 8 atores em cena), pois ninguém acaba sobrando e comprometendo a história. Todos tem seu porque, sua importância no enredo e seu peso no andamento da trama.
Tudo que acontece em "Fences" (título original) é embasado por diálogos, sendo assim, a película toda acaba sofrendo essa influencia e justamente por ser bastante dialogado, esse é um dos setores mais bem trabalhados da película. Todas as conversas, frases ditas e a dinâmica de como são conduzidas, beiram a perfeição.
E enfim, vamos voltar a falar das atuações. Todos, sem exceção, estão incríveis em cena. Mas o destaque vai pra Denzel Washington e Viola Davis. O primeiro dá uma interpretação que mistura frustração, instabilidade emocional e autoritarismo, compensados com carisma e um certo charme. Viola por sua vez, é o retrato fidedigno de uma dona de casa que mesmo fiel a postura que escolheu adotar para sua vida e viver uma felicidade em partes superficial, também sente o peso da frustração de não ter seus sonhos realizados. Ambos conseguem demonstrar todas essas emoções de várias maneiras, seja em semblantes e pequenos gestos até a momentos mais bruscos e explícitos.