domingo, 13 de maio de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #104ª EDIÇÃO

Antes de tudo: Feliz dia das mães pra você leitora desse blog que é mamãe! Felicidades e muita saúde são os votos do "Eu e o Cinema" para você! Como presente, temos mais uma edição novinha em folha da Sessão Sábadão aonde iremos analisar o longa francês "Os Fantasmas de Ismael". Lembrando que o dia é todo da mamãe, mas a crítica é pra todo mundo... Vamos lá?


Os Fantasmas de Ismael - 2017

Elenco: Mathieu Amalric, Charlotte Gainsbourgh, Marion Cotillard, Louis Garrel, Alba Rohrwacher e László Szabó.


SOBRE O FILME:
Vinte anos após o desaparecimento de Carlota, sua primeira esposa, Ismael, um cineasta sistemático que vive em um novo relacionamento estável e está prestes a iniciar um novo filme inspirado no seu irmão. As coisas ficam problemáticas quando a sumida mulher, que já era dada como morta, resolve voltar pra casa atrás do tempo perdido.
Lançado em 2017 e recém chegado aos cinemas brasileiros, "Os Fantasmas de Ismael" é um filme francês dirigido por Arnaud Desplechin, que volta a trabalhar com o ator Mathieu Amalric pela sétima vez.

PRÓS: Logo de cara, "Os Fantasmas de Ismael" surpreende pelo seu elenco talentoso que supera as expectativas geradas. O trio protagonista é o maior destaque neste quesito. Enquanto Charlotte Gainsbourgh entrega uma interpretação sucinta, sem muitos exageros, passando muita dúvida, desconfiança e intriga, Marion Cotillard brilha com seu carisma, charme e doçura sem deixar de lado o mistério que está sempre pairando em seu olhar. Já Mathieu Amalric, dá uma performance mais pulsante e enérgica explorando diversos sentimentos como a angústia, conformidade, raiva, desespero e paixão.(1,5)
Fora a premissa interessante, o roteiro entrega ótimos diálogos existenciais. São conversações que não se perdem em exposições gratuitas mas conseguem transpassar a essência de seus personagens com muita exatida. Existe conteúdo, devaneios e força nas palavras.(1,5)
Devido a maneira que Arnauld Desplechin conduz "Os Fantasmas de Ismael", os quesitos técnicos se tornam mais do que usuais e passam a fazer parte da obra contribuindo muito para o andamento da trama. Bem fotografado e com uma ótima cinematografia, o longa também contem uma edição propositalmente bagunçada que até confunde o espectador mas o insere na atmosfera da história com muita propriedade, afinal, imagine-se você no lugar do Ismael... Pois é...(1)