domingo, 23 de outubro de 2016

SESSÃO SÁBADÃO - #23ª EDIÇÃO

Já que o blog de cinema mais amado do Brasil está de volta (eu pelo menos acho que seja), a Sessão Sabadão também não poderia deixar de ter o seu grande retorno. E a volta do quadro não poderia ser mais triunfal! Hoje iremos analisar a comédia alemã "Ele Está de Volta", lançado em 2015. 
Estava com saudades da Sessão mais amada do blog? Então prepare seus óculos, seu notebook, seu smart phone e sua Coca Cola e vamos a boa e velha analise abalizada do Eu e o Cinema!


Ele Está de Volta - 2015

Elenco: Oliver Masucci, Fabian Busch, Katja Riemann, Christoph Maria Herbst, Franziska Wulf e Gudrun Ritter

Nota (0/10): 9
Comédia baseada em um livro escrito por Timur Vermes, "Ele Está de Volta" foi realizado pelo diretor alemão David Wnendt e conta a história do retorno de Adolf Hitler, que acorda em um terreno baldio em Berlim, setenta e nove anos após sua morte. Ao interagir com a sociedade atual, ele causa estranheza e intrigas com o seu modo nazista de pensar, e devido a isso, é confundido como um comediante satírico e é levado a televisão, aonde acaba fazendo sucesso nas redes sociais. Nessa nova empreitada, Hitler vê uma ótima oportunidade pra voltar a política.

PRÓS: A premissa básica de "Ele Está de Volta" por si só, é original e audaciosa. E o filme consegue usar esses adjetivos ao seu favor. A comédia na película está inserida de diversas maneiras. Aqui temos elementos de comédia pastelão até as mais contidas, que estão incluídas em diálogos, referências e interpretações. Falando de interpretação, este é um outro ponto positivo do filme. Todos estão competentes em seus papéis, mas definitivamente, é Oliver Masucci quem rouba a cena. O seu Adolph Hitler é um dos mais semelhantes fisicamente ao original que eu já vi nos cinemas. Fora isso, o personagem tem presença, carisma e mesmo sem falar, consegue demonstrar imponência apenas com o olhar.
Uma outra coisa boa que o roteiro do filme faz com Adolph, é que ele não vilaniza sua figura gratuitamente. Isso acontece de forma gradativa conforme a perspectiva do telespectador. Sendo assim, Hitler se torna um personagem mais complexo do que apenas um ditador nazista e cruel (o que já é extremamente complexo).
O enredo é contado de forma trivial, tendo um início, meio e fim. Mas algumas cenas são rodadas como se fosse um documentário experimental com pessoas reais, que não sabem que se trata de um filme. Algumas reações realçam a moral do filme e te faz pensar sobre a sociedade atual e até aonde ela pode chegar se persuadida corretamente.... ou não!