domingo, 26 de março de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #49ª EDIÇÃO

Último domingo de março e estamos a postos pra publicar mais uma "Sessão Sábadão" aqui no Eu e o Cinema. O filme de hoje é o recém lançado "Fragmentado", suspense dirigido por M. Night Shyamalan e protagonizado por James McAvoy. Sem mais firulas, vamos ao que interessa...


Fragmentado - 2017

Elenco: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Betty Buckley, Haley Lu Richardson e Jessica Sula

SOBRE O FILME:
"Fragmentado" é a nova produção realizada pelo as vezes amado, as vezes odiado, M. Night Shyamalan (responsável por obras primas como "O Sexto Sentido" e por terríveis bombas como "Depois da Terra") e conta a história de três adolescentes que foram raptadas por um homem que contém 23 personalidades distintas e está prestes a desenvolver uma inesperada e violenta vigésima quarta identidade.

PRÓS: Uma das coisas que mais agradam em um suspense como esse, é quando ele não demora em estabelecer sua premissa principal. Isso se torna um bom recurso para evitar morosidade ou encheção de linguiça na maneira que o enredo é conduzido. E isso acontece aqui, pois logo que o filme começa ele já te joga na atmosfera sinistra do personagem principal e a dinâmica com as suas raptadas servem para prender a atenção do espectador logo nos primeiros minutos. (1)
"Fragmentado" contém algumas subtramas em seu roteiro e a maioria delas são muito bem trabalhadas nos dois primeiros atos do longa. A trama principal que traz a premissa de Kevin e suas vítimas é uma dessas, pois é bem construída e muito imersiva. Outro arco que é bastante envolvente, é sobre os flashbacks que contam um fato da infância de uma das garotas raptadas. Conduzido de maneira que desperta a curiosidade de quem o assiste, essa parte do roteiro também serve pra contextualizar a personalidade desta personagem.(1,5)
No quesito atuação todos estão bem, mas ninguém se assemelha a James McAvoy. O ator da vida as diferenciadas identidades de sua persona de uma maneira muito intensa e ao mesmo tempo meticulosa. Sua interpretação está nos detalhes dos gestuais, na maneira que olha, no jeito que fala, e na potência da sua fisicalidade.(2)
Sua última cena pode ser uma boa surpresa para os nostálgicos que acompanham a carreira do diretor desde "O Sexto Sentido" de 1999. Se é apenas uma menção ou uma linha para transformar o longa em uma franquia, só o tempo dirá. (0,5)