domingo, 22 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #36ª EDIÇÃO

Ah o domingo! O dia da semana que mais mistura sentimentos! Das nove da manhã até as seis da tarde a plenitude da alegria, dali pra frente apenas o sentimento de tristeza antecipada devido a mais uma segunda braba que se aproxima. Independente da hora que você esteja lendo isso, saiba que hoje é dia da "Sessão Sábadão" e estamos na nossa trigésima sexta edição. O filme da vez, é o drama "Animais Noturnos" lançado no finalzinho de 2016. Então alegre-se e venha com o blog para mais uma análise "top das galáxias"!


Animais Noturnos - 2016

Elenco: Amy Adams, Jake Ghyllenhaal, Aaron Taylor-Johnson, Michael Shannon, Isla Fisher, Armie Hammer, Karl Glusman, Michael Sheen e Laura Linney

Nota (0/10): 9
Iniciante na carreira de cineasta, o também produtor e estilista Tom Ford, foi o responsável por dirigir este drama que é apenas o segundo trabalho de sua filmografia. Lançado em 2016, "Animal Noturnos" traz Amy Adams como a protagonista Susan, uma empresária de sucesso que ao receber e ler o escopo de um livro escrito por seu ex-marido, acaba se deparando com problemas e questões de seu passado e vida atual.

PRÓS: Se tem uma coisa que venho aprendendo nessa minha vida de cinéfilo, é que um filme bom começa pela sua atmosfera. Se ele tiver uma premissa tensa, melhor ainda. Sendo assim, vamos começar a citar os pontos positivos do filme justamente por este quesito. Como se trata de um drama denso, o longa consegue te passar logo em seu primeiro ato, todo o peso que cada personagem carrega na trama. Seja por descaso, por arrependimento, traição, ou momentos de pura maldade, a atmosfera te insere dentro dessa perspectiva e o espectador consegue sentir o que a história está querendo passar.
Outra questão louvável sobre "Animais Noturnos", é que aqui existem tramas e subtramas, e isso nas maioria das vezes acabam indo contra o resultado final do filme se não forem bem trabalhadas. Sorte que isso não acontece por aqui. Igualmente intrigantes, o longa não perde peso quando deixa de explorar a premissa principal para se dedicar as outras questões, pois todas as situações tem o seu grau de importância no roteiro.
Falando sobre atuações, todos estão incrivelmente bem, pois os mesmos conseguiram decifrar e acertar no tom de seus personagens, a começar por Michael Shannon, que consegue intimidar com uma interpretação discreta e sem maneirismos. Outro que está bem é Aaron Taylor-Johnson, que consegue transpassar toda a perversidade e cinismo que o seu papel pede. Gostei muito das participações de Isla Fisher e Laura Linney, que mesmo curtas são impactantes e também Jake Gyllenhaal, que encontra a linha tênue entre a sensibilidade e a fraqueza de um homem. Mas quem brilha mesmo, é Amy Adams. Em uma performance que mistura sensualidade com tristeza, seriedade e inquietação, a atriz consegue passar a devastação de sentimentos da sua personagem com extrema competência.
Por fim, vale falar da dinâmica edição do longa que foi um ponto a favor e só fez contribuir para a atmosfera intrigante da história.