domingo, 31 de março de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #109ª EDIÇÃO

Final de domingo e estamos aqui apostos para mais uma edição da Sessão Sábadão. Hoje, vamos analisar o drama familiar "A Caminho de Casa", longa lançado no início deste ano. Filme apresentado, vamos ao que interessa...


A Caminho de Casa - 2019

Bryce Dallas Howard, Jonah Hauer-King, Ashley Judd, Alexandra Shipp, Barry Watson, Motell Foster, John Cassini, Patrick Gallagher, Broadus Mattison, Edward James Olmos, Chris Bauer, Brian Markinson e Wes Studi.


SOBRE O FILME:
Bella é uma pequena pitbull resgatada por Lucas assim que perdeu sua mãe capturada pelos agentes de Controles de Animais. Rodeada de carinho e atenção, ela acaba sofrendo perseguição dos mesmos agentes devido a sua raça que é proibida na cidade que habita. Ocasionalmente fugitiva, ela se depara com várias pessoas e obstáculos na busca incessante do caminho de casa. O filme é dirigido pelo cineasta (e ator) Charles Martin Smith que também esteve a frente da franquia "Winter, o Golfinho" e atuou em longas importantes como "A História de Buddy Holly" de 1978 e "Os Intocáveis" de 1987.

PRÓS: Um roteiro que traz a história de uma pequena cachorrinha que tenta ver novamente o seu dono que está a milhares de quilômetros de distância, por si só já cativa a boa vontade do espectador. Neste caso, mesmo sendo executado de maneira bastante questionável, o roteiro trabalha elementos sentimentais que podem atingir aquele que assiste chegando na sua principal meta, que é fazer chorar. Para muitos, é o que mais interessa quando se quer assistir uma obra deste gênero. Eu particularmente discordo.(0,5)
Ainda falando sobre o roteiro, ele acerta quando tenta abordar um ou outro assunto importante, como por exemplo as dificuldades da vida de um veterano pós guerra para se encaixar na sociedade ou até mesmo os cuidados que precisamos ter com animais domésticos e silvestres. Entretanto todos estes tópicos são pobremente executados ficando apenas na superfície destes assuntos.(1)
Outro ponto que tem suas benefices, mesmo sendo mal feito, são os quesitos técnicos. Entre mortos e feridos, salva-se a boa fotografia, a cinematografia ampla e os belos cenários.(0,5)

domingo, 24 de março de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #108ª EDIÇÃO

Mais um domingo bacana propício para mais uma edição da Sessão Sabadão e hoje vamos de um dos filmes mais esperados deste ano: o horripilante "Nós", mais novo trabalho do comediante/cineasta Jordan Peele. Sendo assim, prepare suas tesouras douradas e vamos ao que interessa...


Nós - 2019

Elenco: Lupita Nyong'o, Winston Duke, Shahadi Wright-Joseph, Evan Alex, Elizabeth Moss, Tim Heidecker, Kara Hayward e Cali Sheldon.


SOBRE O FILME:
Após ser vítima de um acontecimento traumático na sua infância, Adelaide e sua família voltam a praia aonde ocorreu tal fato e se deparam com versões malignas deles mesmos.
Como dito anteriormente, "Nós" é o segundo filme realizado por Jordan Peele, o mesmo que abalou as estruturas de Hollywood com o incrível "Corra!" de 2017, outra obra de horror que também tem análise na Sessão Sábadão (clique aqui).

PRÓS: Jordan Peele deixou bem claro: "'Nós' é um filme de horror!". Já que é assim, vamos iniciar as críticas positivas da obra justamente por este fator que é o mais importante para filmes deste gênero. "Nós" provavelmente não vai te deixar genuinamente assustado, mas trabalha este elemento com muita competência inserindo tensão, agonia e uma dúzia de jump scares bem certeiros.(1)
Uma boa parcela da expectativa que se criou em cima deste longa, se deve a originalidade do roteiro apresentado pelo trabalho anterior deste diretor. Felizmente, essa expectativa se justifica. Bem elaborado, alegórico, se esquivando de clichês e com um enredo frenético, dinâmico e funcional, a história consegue fugir das mesmices que o gênero costuma nos apresentar.(1)
A trilha sonora é um outro fator que merece destaque. Poderoso, atmosférico e até mesmo incômodo, a música consegue somar a obra em todos as variedades que ele passeia, seja no terror, na comédia ou na ação.(1)
Os quesitos técnicos também tem grande valor, pois possuem uma excelente edição, uma bela fotografia e cinematografia, um figurino pontual e uma ótima maquiagem.(0,5)
Para finalizar os pontos positivos, vamos falar das atuações que estão acima da média. Vale dizer que todo o elenco brilha em seus personagens entregando uma atuação carismática e fisicamente poderosa. Mas a dona da bola é Lupita Nyong'o! Ela domina a cena como ninguém e entrega um trabalho monstruoso que surpreende em todas as camadas de sua performance.(2)

domingo, 17 de março de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #107ª EDIÇÃO

Estamos preparados para mais uma edição da Sessão Sábadão em mais um começo de noite dominical, e dessa vez vamos de "Melhor Animação" do Oscar desse ano: o diferente "Homem-Aranha: No Aranhaverso" de 2018. Sem mais delongas, vamos a análise de hoje...

Homem-Aranha: No Aranhaverso - 2018

Elenco: Shameik Moore, Jake Johnson, Hailee Steinfeld, Liev Schreiber, Mahershala Ali, Brian Tyree Henry, Lily Tomlin, Nicolas Cage, Kimiko Glenn, John Mulaney, Zoë Kravitz, Chris Pine, Lake Bell e Stan Lee.


SOBRE O FILME:
Situado no bairro nova-iorquino do Brooklyn, a história acompanha a vida de Miles Morales, um jovem que acaba adquirindo poderes após ser picado por uma aranha radioativa. Neste meio tempo, uma experiência maligna abre um portal para outras dimensões que acaba trazendo diversos homens-aranhas. Juntos, eles precisam voltar para seus respectivos mundos e destruir essa máquina que pode fazer estragos maiores.
A animação é dirigida por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman e levou a estatueta de "Melhor Animação" no Oscar deste ano.

PRÓS: Vamos começar falando da computação gráfica deste filme. Original, colorido e acima de tudo, inovador, a maneira imagética que a obra é conduzida é de forma muito bem realizada e impressiona nos detalhes.(2)
Outro quesito positivo do longa é o perfeito trabalho de voz do elenco. Contando com grandes nomes como Jake Johnson, Mahershala Ali, Hailee Steinfeld, Liev Schreiber e Nicolas Cage, todos estão muito precisos e injetam muita personalidade.(1,5)
Isso nos remete aos personagens do filme que são dotados de extremo carisma. Funcionais e engajantes, a obra ganha muito quando eles estão juntos e acompanhá-los se torna uma experiência bastante divertida e até emocionante em determinados momentos.(2)
O roteiro de "Homem Aranha: No Aranhaverso" também é outro ponto importante da obra. Bem elaborado, com boas subtramas e até reviravoltas, a história é arrojada e propõe novidades.(1,5)
Fora o bom roteiro, o enredo também brilha pois se desenvolve de maneira dinâmica, fluida e eficaz prendendo a atenção do espectador até o final.(1,5)
O quesito comédia do longa é mais um ponto positivo a ser salientado. O humor funciona pois é preciso, sarcástico, sagaz e passeia de forma natural entre a comédia física e situacional. Eu ri alto várias vezes!(1,5)
Outro pró vai para a trilha sonora que embasada nos gêneros de rap e hip-hop, é atmosférica e instigante.(1)

sexta-feira, 15 de março de 2019

ERA TÃO BOM ASSIM? - #5ª EDIÇÃO

Todo amante do cinema que possui filhos tem o desejo guardado de lhe mostrar todos aqueles filmes que considera como melhores em uma espécie de herança passada para frente. Principalmente quando se tem crianças, pois a gana de lhes apresentar as películas que marcaram sua infância se torna ainda maior. Pois foi exatamente o que fiz quando recentemente resolvi juntar a minha prole para assistir "O Máskara", comédia lançada em 1994 e protagonizada por Jim Carrey e que esteve dentro do meu videocassete inúmeras e repetidas vezes enquanto eu era um pequeno garoto. Com um olhar bem mais apurado devido á muitos anos de obras cinematográficas, a experiência de revisitar este clássico noventista foi bastante interessante para mim pois consegui adquirir uma nova visão sobre aquele filme que eu sempre achei tão bom... Será que de fato, era tão bom assim?!....


O Máskara - 1994

Elenco: Jim Carrey, Cameron Diaz, Peter Greene, Richard Jeni, Amy Yasbeck, Peter Riegert e Jim Doughan.


SINOPSE:
Situado na fictícia cidade de Edge City, Stanley Ipkiss é um pacato e introvertido funcionário de um banco local que sempre é passado pra trás por todos a sua volta. Após mais uma noite frustrante em sua vida, ele encontra uma antiga máscara viking de forma ocasional que acaba lhe entregando poderes sobrenaturais e uma personalidade intensa e extravagante que acaba ocasionando altas aventuras e confusões😉
O filme foi dirigido por Chuck Russell, que tem obras no mínimo questionáveis no currículo como o aceitável "A Bolha Assassina" de 1988, o assistível "Queima de Arquivo" de 1996 e o tenebroso "Escorpião Rei" de 2002.
"O Máskara" não foi o primeiro trabalho de Jim Carrey nos cinemas, mas junto com "Débi & Lóide" (lançado no mesmo ano) foi um dos longas que alavancou a carreira do ator canadense em Hollywood e o transformou em um marco das comédias na década de 90/2000.


domingo, 3 de março de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #106ª EDIÇÃO

Domingão de Carnaval é sempre uma delícia e pra deixar ele melhor ainda, nada melhor do que mais uma edição da nossa Sessão Sabadão, é ou não é?! Principalmente se você for daqueles mais caseiros que curtem passar o feriadão assistindo a muitos filmes. Caso seja festeiro, sem problemas, este blog também é pra você. Dito isso, vamos para a crítica da semana que ficou a cargo de "Creed 2", longa de 2018 que chegou ao Brasil no início deste ano. Então prepare suas luvas e seu protetor bucal e vamos ao que interessa...

Creed II - 2018

Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Dolph Lundgren, Florian Munteanu, Phylicia Rashad, Wood Harris e Russell Hornsby.


SOBRE O FILME:
Após os eventos do primeiro filme, Adonis Creed se tornou um consagrado campeão mundial de boxe. Entretanto, sua vida muda quando se depara com Viktor Drago, um boxeador em ascensão que também é filho do homem que matou seu pai no ringue. Atormentado pelo dilema e pelas cicatrizes do passado, Adonis terá que enfrentar aquele que será o principal desafio da sua carreira.
Dessa vez, o longa é dirigido por Steven Caple Jr., novato cineasta responsável por obras como "A Different Tree" de 2013 e "The Land" de 2016.

PRÓS: Para iniciar as críticas positivas deste longa, vamos pelo setor que mais sofreu mudanças em relação ao primeiro filme: a direção. Mesmo sendo bastante inferior ao trabalho de Ryan Coogler, Steven Caple Jr. consegue injetar uma certa dose de vigor na obra, executando mesmo que trivialmente, as cenas de lutas que são muito bem coreografadas e até mesmo surpreende com algumas belas tomadas amplas, como a do personagem Adonis Creed debaixo da piscina, por exemplo.(0,5)
Esse fator nos remete aos quesitos técnicos, que também são muito bem realizados. Sua ótima fotografia, edição correta e uma trilha sonora pontual somam positivamente na obra como um todo.(0,5)
Nas interpretações, o núcleo principal sobra em tela! A começar por Michael B. Jordan que está soberbo e esbanja talento ao demonstrar todas as nuances do seu personagem. Tessa Thompson também está ótima e tem forte presença sempre quando está em tela e enfim, temos o carisma de Sylvester Stallone que consegue sempre entregar seu melhor quando está na pele de Rocky Balboa.(1)
Mesmo sendo feito de maneira truncada, rasa e até mesmo artificial, o roteiro contém subtramas que ajudam a injetar humanidade aos personagens e pulso narrativo na história. Algumas dessas subtramas são melhores trabalhadas do que outras, mas acabam funcionando como um todo.(1)


sexta-feira, 1 de março de 2019

FILMES QUE VIERAM DOS TEATROS

Nem só de livros e biografias vivem os roteiros adaptados de Hollywood. Muitas das vezes eles também se inspiram em peças teatrais e as tornam obras cinematográficas. Costume esse, que é feito desde que o mundo é mundo na realidade. Sendo assim, o blog "Eu e o Cinema" resolveu juntar nessa matéria os bons e os maus exemplos de histórias que saíram dos palcos e foram parar nas telonas dos cinemas... Vamos lá?!


FILMES BONS

Um Limite Entre Nós (2016)



Escrito por August Wilson, "Fences" estreou nos teatros no ano de 1983 mas foi em 1987 que alcançou sucesso como uma das principais atrações da Broadway. Protagonizado pelo lendário James Earl Jones, a obra recebeu diversas premiações do Tony Awards (tipo o Oscar do teatro) e marcou história nos palcos. Em 2010, Denzel Washington, Viola Davis e grande elenco estrelaram um revival da peça que acabou alcançando notoriedade parecida com a peça original e também recebeu grande reconhecimento. Apaixonado pela história, Denzel resolveu dar um passo a mais e adaptou a mesma para o universo cinematográfico. Sendo assim, em 2016 "Um Limite Entre Nós" (título ridículo que recebeu no Brasil) chegou aos cinemas e foi sucesso de crítica e público resultando em um Oscar de "Melhor Atriz Coadjuvante" para Viola Davis.