domingo, 11 de agosto de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #128ª EDIÇÃO

E cá estamos mais uma vez para mais uma Sessão Sabadão! Antes de mais nada desejo um feliz dia dos pais e ofereço mais essa análise cinematográfica como um singelo presente. É simples mas é de coração. Hoje falaremos do recém lançado "The Art of Racing in the Rain", filme baseado em um best-seller que recebe o mesmo nome e aqui no Brasil recebeu o estúpido título de '"Meu Amigo Enzo". Então sem mais delongas, vamos ao que interessa...


Meu Amigo Enzo - 2019

Kevin Costner, Milo Ventimiglia, Amanda Seyfried, Kathy Baker, Martin Donovan, Gary Cole e Ryan Kiera Armstrong.


SOBRE O FILME:
Contado sobre o ponto de vista de Enzo, um cachorro de estimação da raça Golden Retriever, a história passeia entre todas as fases de um amante do automobilismo desde sua fase solteira até a formação de sua família e todas as vitórias e derrotas que ocorreram neste período.
Dirigido por Simon Curtis que tem o bom "Sete Dias com Marilyn" de 2011 e o mediano "Adeus Christopher Robin" de 2017 no seu vasto currículo, o longa foi produzido pelo mesmo estúdio responsável por "Marley & Eu" de 2008.

PRÓS:
Para iniciar as críticas positivas falarei dos seus quesitos técnicos. Competentes, esse setor se destaca pela sua belíssima fotografia, sua cinematografia pontual e a sua trilha sonora genérica, porém funcional.(0,5)
No elenco, temos um casting mediano com alguns nomes que se sobressaem. Ao começar por Milo Ventimiglia que mesmo estando um tom abaixo do que algumas cenas cruciais exigem (falaremos disso nos contras), entrega muito carisma e muita presença em tela. Já Amanda Seyfried se doa a sua personagem em todos os aspectos e oferece aquela que é a melhor performance da obra.(0,5)
"Meu Amigo Enzo" abusa da narração e sempre que este recurso é usado com muita frequência costuma a atrapalhar a obra como um todo. Felizmente isso não acontece aqui, pois o trabalho de voz de Kevin Costner é esplêndido. Seu talento se sobressai tanto que sempre que sua voz aparece ela acaba somando com a trama.(0,5)
Sobre o roteiro, é valido dizer que sua essência é extremamente batida, genérica e clichê. Entretanto, seu diferencial está na inserção de alguns elementos que injetam personalidade a história. Um bom exemplo é a maneira que o longa explora analogias com o automobilismo trazendo um ponto de vista interessante sobre temas como família, amor, dor, superação e amizade.(1)
Outro ponto positivo do roteiro está na força de vontade em resistir ao caminho mais fácil evitando o sentimentalismo barato e outros apelos comuns em obras deste gênero. Não se trata do filme menos manipulativo do mundo mas ele consegue de forma mais fluida e orgânica, tocar e até mesmo emocionar o espectador.(1)