domingo, 30 de julho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #67ª EDIÇÃO

Segundona jajá está por aí, mas antes dela chegar nada melhor do que curtir mais uma edição da nossa Sessão Sábadão. O longa dessa semana é o suspense/drama argentino "Neve Negra", protagonizado por Leonardo Sbaraglia e pelo lendário Ricardo Darín. Lançado este ano, trata-se do filme de maior bilheteria nos cinemas de seu país em 2017.
Quer saber o que o blog achou do filme? A hora é agora...

Neve Negra - 2017

Elenco: Ricardo Darín, Leonardo Sbaraglia, Laia Costa, Federico Luppi, Dolores Fonzi, Andrés Herrera, Mikel Iglesias, Liah O'Prey e Biel Montoro.


SOBRE O FILME:
Segundo filme argentino a receber uma análise da Sessão Sábadão (clique aqui pra saber qual foi o primeiro), "Neve Negra" é um suspense dramático que conta a história de Marcos, um homem que precisa revisitar seu passado ao ter que voltar a sua antiga casa, situada na região da Patagônia, para convencer seu irmão Salvador que ainda vive por lá, a vender sua parte das terras geladas. O problema é que Salvador, além de recluso, se mostra um homem misterioso e atormentado por uma acusação de assassinato.
O longa é dirigido por Martín Hodara, cineasta que não lança nada novo desde "O Sinal" de 2007.

PRÓS: É difícil não falar de atuação, quando o elenco de um filme consta com a presença de Ricardo Darín, um dos nomes mais importantes (senão o mais) da história do cinema argentino. Dito isso, é exatamente por esse quesito que vamos começar a citar os pontos positivos deste longa. Totalmente entregues aos seus personagens, todos os intérpretes brilham imensamente. No trio que protagoniza o longa, temos uma Laia Costa que mistura graciosidade, inteligência e ousadia em sua atuação. Já Leonardo Sbaraglia entende perfeitamente o seu papel e dá uma interpretação simplista porém carregada de temor e preocupação, transparecendo esses sentimentos através de seu olhar e frases soltas. Mas o destaque é Ricardo Darín! Recluso, ressabiado e ao mesmo tempo enervante, o ator consegue carregar seu personagem com toda a calma e com toda a raiva de forma simultânea encontrando um tom perfeito em ambas.(1,5)
Outra coisa boa em "Neve Negra" são seus diálogos. Repleto de conversações envolventes e trabalhadas de maneira bem natural, nada dito neste filme é por acaso. Tudo o que é falado tem sentido e insere o espectador na trama de forma bem gradativa.(2)
Por fim, a estrutura narrativa do roteiro é uma outra grande valia da produção. Desenhado de forma bastante minuciosa e prezando pala coerência, a trama se desenrola bem e é totalmente capaz de surpreender.(1)

domingo, 23 de julho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #66ª EDIÇÃO

Mais uma semana devidamente preparado para postar a sexagésima sexta edição da nossa "Sessão Sábadão". Dessa vez vamos de "O Círculo", longa protagonizado por Emma Watson e Tom Hanks. Quer assistir mas antes quer saber quais foram as principais impressões deste blogger que vos fala? Então segue a leitura:

O Círculo - 2017

Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, John Boyega, Ellar Coltrane, Karen Gillian, Bill Paxton, Patton Oswalt e Gleene Headly.


SOBRE O FILME:
Dirigido pelo cineasta James Ponsoldt, o mesmo que dirigiu "O Maravilhoso Agora" de 2014, "O Círculo" conta a história de Mae Holland, uma jovem que consegue emprego em uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Com o seu crescimento profissional, a mesma começa a se deparar com situações suspeitas e secretas desta mega organização.

PRÓS: Para iniciar as citações positivas desta obra cinematográfica, destaco os quesitos técnicos da mesma. Com uma bela fotografia, um ótimo trabalho de edição e com um jogo de câmera que flui e funciona, "O Círculo" se torna um filme fácil de se assistir.(0,5)
No quesito interpretativo, o buraco fica mais embaixo. Todos sofrem bastante com isso, mas falamos disso depois. No destaque positivo temos o carisma de Tom Hanks que acaba casando com a personalidade de seu personagem. Bill Paxton também está bem e convence como uma pessoa que sofre de esclerose múltipla. Já Emma Watson tenta fazer de tudo com o material que tem e acaba dando uma boa interpretação, mesmo flertando com a canastrice em alguns momentos, ela acaba superando as dificuldades.(1)
Apesar de bem raros, o longa tem momentos capazes de prender a atenção dos espectadores. Vide a cena que envolve uma palestra onde se apresenta um novo aplicativo capaz de encontrar pessoas em qualquer lugar do mundo. Essa sequência é um dos pontos altos da história.(1)
Pra finalizar, vale dizer que mesmo feito de maneira capenga, "O Círculo" tem uma ótima crítica enraizada em seu roteiro. Os perigos da tecnologia e até onde elas podem chegar acabam se tornando o ponto moral e de reflexão a ser feita aqui.(2)

quinta-feira, 20 de julho de 2017

COLETÂNEA: JACKIE CHAN

Jackie Chan, sem dúvida, é o ator chinês mais importante da história de Hollywood e ele não conseguiu essa proeza a toa. Com uma carreira bem sucedida tanto no seu país natal como no mundo todo, seu sucesso se deu pela ótima qualidade de seus filmes e pelas perigosas e surpreendentes sequências de ação que são protagonizadas pelo próprio. Sendo assim, nada mais propício do que uma coletânea juntando os sete longas mais importantes de toda a filmografia de Jackie Chan. É fã do ator e quer se aprofundar melhor em suas obras cinematográficas? Então esse post vai lhe cair como uma luva.



domingo, 16 de julho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #65ª EDIÇÃO

Vai semana, entra semana e o "Sessão Sábadão" nunca falha. Chegamos a sexagésima quinta edição e hoje o filme a ser analisado é o blockbuster "Mulher-Maravilha". Então prepare seu escudo e seu carro invisível e vamos ao que interessa...

Mulher-Maravilha - 2017

Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, David Thewlis, Robin Wright, Connie Nielsen, Danny Huston, Elena Anaya, Saïd Taghmaoui, Ewen Bremmer, Eugene Brave Rock e Lucy Davis


SOBRE O FILME:
O mais recente filme do universo DC, "Mulher Maravilha" é o longa de origem de uma das heroínas mais importantes dos quadrinhos e conta a vida de Diana, uma amazona que vive em uma ilha isolada, aonde foi treinada desde sua infância para combater o terrível e temido Ares, conhecido como o deus da guerra. Um dia acaba se deparando com o piloto Steve, que tem como objetivo acabar com a guerra que assola a humanidade. Certa de que pode dar um fim nisso, a guerrilheira se junta a ele e descobre que essa batalha é bem maior e mais devastadora do que parece.
A película é dirigida pela cineasta Patty Jenkins.

PRÓS: Podemos iniciar as críticas positivas de "Mulher-Maravilha" citando o seu bom desempenho técnico. Com uma edição e uma fotografia extremamente competentes, o filme não cai em nenhum tipo de confusão visual em cenas aonde se acontecem diversas coisas ao mesmo tempo. Sua trilha sonora é efetivamente imersiva e a computação gráfica é competente, mesmo não sendo uma das melhores que eu já tenha visto, principalmente quando se torna um recurso muito excessivo.(0,5)
O principal trunfo do longa, sem dúvida nenhuma, são as suas sequências de ação. Bem coreografadas, bem conduzidas e com uma ótima mescla entre o real e o CGI, esses momentos acabam se tornando o ponto alto da produção.(2)
O humor de "Mulher-Maravilha" é muito pontual. Mesmo flertando com o pastelão em alguns momentos ele não cai de cabeça neste segmento e não destoa do tom mais sério que o filme quer imprimir ao espectador.(0,5)
Mesmo caindo na pieguice costumeira em filmes de heróis, a mensagem central do seu roteiro é no mínimo válida. Com uma poderosa crítica social e humanitária, ele acaba ganhando um peso adicional na obra como um todo.(1)
Gal Gadot vai bem no papel da super heroína nos quesitos físicos. Empenhada, dedicada, vivaz, ele se impõe como a protagonista e brilha nas cenas de batalha corporal. Já no quesito interpretativo...(1)

quinta-feira, 13 de julho de 2017

RANKING: OS 10 MELHORES FILMES DE ROCK DE TODOS OS TEMPOS

Graças a Cristiane Torloni, podemos usufruir de uma das frases que melhor define este dia que comemora um dos gêneros mais amados da música: Hoje é dia de rock bebê! E para celebrar esta tão amada data, o "Eu e o Cinema" resolveu listar os 10 melhores filmes que melhor enaltecem o bom e velho rock and roll. E para começarmos de fato, vai a seguir a lista de critérios que segui para montar esse tão abalizado ranking:
- Só foram nomeados filmes aonde o rock se faz completamente presente na trama, seja ele o ponto determinante do longa ou o principal plano de fundo aonde a história acontece.
- Só foram listados filmes que eu assisti.
- Ranking embasado exclusivamente na minha humilde e questionável opinião.
Critérios listados, hora do som pauleira começar....


10º) A Fera do Rock (1989)


Dennis Quaid em A Fera do Rock: Great Balls of Fire!

Abrindo o nosso ranking da forma mais rock and roll possível, nada melhor do que "A Fera do Rock", longa biográfico que conta a história de Jerry Lee Lewis, um dos principais nomes do gênero musical entre as décadas de 50 e 60. Não trata-se de uma obra perfeita e sem erros, mas é explosivo, energético e é uma homenagem, não apenas ao seu personagem principal, como é uma ode a toda a cultura roqueira daquela época.

domingo, 9 de julho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #64ª EDIÇÃO

Domingão, mais uma Sessão Sábadão na área e hoje estamos europeus. O filme escolhido para receber a nossa tão abalizada análise é o francês "Demain Tout Commence", que aqui no Brasil recebeu o título de "Uma Família de Dois". Dito isso, não tem mais nada a acrescentar que você ainda não saiba. Prepare seus óculos de leitura e seu chocolate quente e vamos ao que interessa...


Uma Família de Dois - 2016

Elenco: Omar Sy, Gloria Colston, Clémence Poesy, Antoine Bertrand, Ashley Walters e Clémentine Célarié


SOBRE O FILME:
Remake de "Não Aceitamos Devoluções", longa de maior bilheteria da história do México, "Uma Família de Dois" é uma comédia dramática dirigida por Hugo Gélin e conta a história de Samuel, um solteirão despreocupado que descobre de uma hora pra outra que tem uma filha recém nascida. Após essa descoberta, ele acaba readaptando sua vida para se tornar um pai de fato, mas a vinda repentina da mãe pode estremecer o laço criado entre eles.
O filme foi originalmente lançado em 2016, mas chegou aos cinemas brasileiros no finalzinho do mês passado.

PRÓS: Uma coisa já possa ser dita logo de cara sobre "Uma Família de Dois": Omar Sy carrega o filme nas costas. Carismático, engraçado e com uma forte presença, o ator injeta personalidade na dosagem certa pra compor seu personagem. Isso acaba refletindo muito na relação e na química entre Samuel e sua filha Gloria, interpretada por Gloria Colston, que por sua vez dá uma atuação que oscila entre o correto e o problemático, sorte que foi conduzida pela experiência do protagonista.(1)
No quesito comédia, o humor do filme não é um dos mais afiados e inspirados da história do cinema, mas é agradável e funciona na maioria das vezes. Poderia ser mais efetivo se não perdesse sua sutileza e não apelasse para o repetitivo, mas é possível dar boas risadas ao acompanhar a trama.(1)
Na parte técnica, nada faltando e nada sobrando. O longa tem uma boa edição e uma boa fotografia, mas o destaque vai para a sua empolgante trilha sonora.(0,5)
A estrutura narrativa de "Uma Família de Dois" está longe de ser perfeita e a história que seu roteiro conta não é original e já foi feito antes de maneira bem melhor (vide a obra que originou esse remake). Pelo menos é notável o esforço em fugir dos clichês do gênero e entregar uma história um pouco mais surpreendente do que o esperado.(1,5)

sábado, 8 de julho de 2017

HOLLYWOOD EM DÉCADAS - COMEDIANTES

Quadro novinho em folha no blog "Eu e o Cinema"!!! Hoje estreamos a sessão Hollywood em Décadas, aonde viajaremos pela história do cinema revisitando seus pontos mais determinantes desde os anos longínquos até os dias de hoje. Essa viagem vai ser embasada em um tema em cada edição. O tema de estréia são os comediantes que reinaram absolutos nos dias antigos até os dias atuais separando-os década por década. Pegou a idéia? Caso não tenha entendido é só seguir a leitura que jajá você pega o fio da meada. Preparados... Então vamos lá!


Década de 50

Marilyn Monroe


Sim, eu sei, nossa viagem já começou polêmica. Mas antes de explicar o porque dessa escolha nada usual, vale lembrar de grandes comediantes que já reinavam ou tinham reinado em Hollywood em décadas passadas como Buster Keaton, Groucho Marx, Harold Lloyd e Charles Chaplin.
Com a chegada da década de 50 muitos comediantes começaram a se destacar nos cinemas, mas ninguém brilhou mais forte no gênero do que a musa Marilyn Monroe. Não, a atriz não era uma comediante nata e nunca foi lembrada por seus personagens hilários, mas a maioria das melhores comédias lançadas naquela época foram protagonizadas por Marilyn: "Os Homens Preferem as Loiras" de 1953, "O Pecado Mora ao Lado" de 1955 e "Quanto Mais Quente Melhor" de 1959 se tornaram clássicos cinematográficos e justificam a escolha da beldade como a comediante de mais destaque da década de 50.


quarta-feira, 5 de julho de 2017

FILMES ESTRANGEIROS QUE SE PASSAM NO BRASIL

Pergunte para um estrangeiro o que ele pensa sobre o Brasil. A chance dele responder que aqui é o país do futebol, do carnaval e das bundas é muito grande. Sorte que alguns olharam para cá com um ponto de vista mais favorável, por acaso eram cineastas e isso acabou resultando em diversos filmes feitos por lá, mas se passaram por aqui. E é justamente sobre isso que falaremos nessa matéria especial, citando exemplos de filmes que não são brasileiros, mas tem as nossa terras como pano de fundo de suas histórias. Preparado? Então bora...


Velozes e Furiosos 5: Operação Rio (2011)



Quinto filme da franquia mais longínqua sobre corridas e perseguições automobilísticas que não respeitam a lei da gravidade, "Five Fast" (no original) tem seu enredo localizado no Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro. Dom Toretto e sua gangue fogem para terras tupiniquins aonde devem completar a sua última missão antes de conseguirem sua liberdade definitiva. Este longa foi um dos mais elogiados da saga "Velozes e Furiosos" pois mudou o seu foco narrativo e contou com a primeira participação do sempre carismático Dwayne Johnson no seu elenco.

terça-feira, 4 de julho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #63ª EDIÇÃO

Não importa se atrasamos, mas sim se quitamos a dívida! Seguindo essa ideia, o blog "Eu e o Cinema" fará dessa semana uma das mais produtivas da nossa história para recompensar todo esse tempo de marasmo que passamos. Pra iniciar os trabalhos vamos com a sexagésima terceira edição da nossa Sessão Sábadão. "Vida" é o longa analisado da vez. Então apertem os cintos, preparem seus óculos para leitura que essa semana promete.

Vida - 2017

Elenco: Jake Gyllenhaal, Rebecca Ferguson, Ryan Reynolds, Hiroyuki Sanada, Ariyon Bakare e Olga Dihovichnaya


SOBRE O FILME:
Enviados em uma missão, seis astronautas conseguem capturar um resquício de vida inteligente em Marte. Entretanto, esse experimento pode se tornar extremamente perigoso para a vida dos tripulantes envolvidos.
"Vida" foi dirigido pelo cineasta Daniel Espinosa, conhecido por longas como "Protegendo o Inimigo" de 2012 e "Crimes Ocultos" de 2015.

PRÓS: Uma das primeiras coisas que já me chamou atenção nesse filme, foi a maneira que ele encontrou para trabalhar seus personagens. Foi muito revigorante ver que mesmo com um elenco encabeçado por estrelas do naipe de Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds, cada um dos seis tripulantes acabam recebendo um cuidado especial por parte do roteiro dando a eles o seu momento de brilhar. Esse recurso acaba inserindo o espectador na história, cativando empatia do público para com todos os personagens envolvidos.(1,5)
Uma outra coisa que esse recurso faz, mesmo que por tabela, é a falta de apego do roteiro por esses mesmos personagens. O longa basicamente não tem dó de ninguém. Dessa maneira, o espectador pode se surpreender com quem pode morrer ou sair vivo dessa missão. Não há favoritos e nem presas fáceis, todos ali estão submetidos ao mesmo perigo e isso aumenta o nível de tensão do enredo.(1,5)
A partir do momento que o ser marciano começa a se estabelecer na trama, o fator suspense do filme vai crescendo gradativamente e de maneira bem trabalhada. O medo e a angústia se tornam cada vez mais palpáveis e se tornam elementos indispensáveis para a obra.(1,5)
No quesito atuação, todos estão bens e operantes. Se concentrando no trio protagonista, Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson são os que injetam mais peso e mais camadas em suas atuações, enquanto Ryan Reynolds vai se distanciando cada vez mais de suas interpretações unidimensionais, injetando carisma, humor e tensão na dose certa.(0,5)
Por fim, os quesitos técnicos tornam-se mais um ponto positivo em "Vida". A belíssima fotografia, a edição competente, uma trilha sonora correta e a computação gráfica excepcional ajudam a formar a identidade do filme.(1)