sexta-feira, 31 de março de 2017

DIRETORES INCONSTANTES

Após assistir "Fragmentado", último filme do diretor M. Night Shyamalan (clique aqui caso queira ler a crítica do blog) me parei pensando como a carreira do cineasta é estranhamente divertida, pois consta na sua filmografia produções historicamente grandiosas quanto produções execráveis e de péssimo gosto. Porém, entretanto, percebi que existem outros diretores que se encaixam perfeitamente neste perfil. Sendo assim, resolvi montar uma pequena lista com os nomes dos cineastas que conseguem realizar grandes filmes, com a mesma facilidade que realizam grandes porcarias.



M. Night Shyamalan

Já que foi citado no prólogo dessa matéria, nada mais justo começarmos nossa lista com M. Night Shyamalan. Nascido na Índia e naturalizado nos Estados Unidos, o diretor debutou em Hollywood com a inexpressiva comédia dramática "Olhos Abertos" de 1998. Mas foi no ano seguinte que seu nome caiu nas graças da grande massa, após dirigir "O Sexto Sentido", que para muitos, trata-se de um dos melhores suspense de todos os tempos. Apelidado por muitos como o "novo Hitchcock" e "novo Spielberg", todo o gás mostrado no seu melhor trabalho foi se esvaindo em trabalhos posteriores, chegando ao ponto de lançar filmes escabrosos como "Fim dos Tempos", "Depois da Terra" e "O Último Mestre do Ar" que foi considerado sua pior película até ali. Sua carreira voltou a mostrar sinais de melhoras com o lançamento de "A Visita" de 2015 e "Fragmentado",que está em cartaz, e que tem despertado a curiosidade dos amantes do cinema.

Melhores Filmes: O Sexto Sentido (1999), Corpo Fechado (2000), A Vila (2004) 
Piores Filmes: A Dama da Água (2006), Fim dos Tempos (2008), O Último Mestre do Ar (2010), Depois da Terra (2013)

domingo, 26 de março de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #49ª EDIÇÃO

Último domingo de março e estamos a postos pra publicar mais uma "Sessão Sábadão" aqui no Eu e o Cinema. O filme de hoje é o recém lançado "Fragmentado", suspense dirigido por M. Night Shyamalan e protagonizado por James McAvoy. Sem mais firulas, vamos ao que interessa...


Fragmentado - 2017

Elenco: James McAvoy, Anya Taylor-Joy, Betty Buckley, Haley Lu Richardson e Jessica Sula

SOBRE O FILME:
"Fragmentado" é a nova produção realizada pelo as vezes amado, as vezes odiado, M. Night Shyamalan (responsável por obras primas como "O Sexto Sentido" e por terríveis bombas como "Depois da Terra") e conta a história de três adolescentes que foram raptadas por um homem que contém 23 personalidades distintas e está prestes a desenvolver uma inesperada e violenta vigésima quarta identidade.

PRÓS: Uma das coisas que mais agradam em um suspense como esse, é quando ele não demora em estabelecer sua premissa principal. Isso se torna um bom recurso para evitar morosidade ou encheção de linguiça na maneira que o enredo é conduzido. E isso acontece aqui, pois logo que o filme começa ele já te joga na atmosfera sinistra do personagem principal e a dinâmica com as suas raptadas servem para prender a atenção do espectador logo nos primeiros minutos. (1)
"Fragmentado" contém algumas subtramas em seu roteiro e a maioria delas são muito bem trabalhadas nos dois primeiros atos do longa. A trama principal que traz a premissa de Kevin e suas vítimas é uma dessas, pois é bem construída e muito imersiva. Outro arco que é bastante envolvente, é sobre os flashbacks que contam um fato da infância de uma das garotas raptadas. Conduzido de maneira que desperta a curiosidade de quem o assiste, essa parte do roteiro também serve pra contextualizar a personalidade desta personagem.(1,5)
No quesito atuação todos estão bem, mas ninguém se assemelha a James McAvoy. O ator da vida as diferenciadas identidades de sua persona de uma maneira muito intensa e ao mesmo tempo meticulosa. Sua interpretação está nos detalhes dos gestuais, na maneira que olha, no jeito que fala, e na potência da sua fisicalidade.(2)
Sua última cena pode ser uma boa surpresa para os nostálgicos que acompanham a carreira do diretor desde "O Sexto Sentido" de 1999. Se é apenas uma menção ou uma linha para transformar o longa em uma franquia, só o tempo dirá. (0,5)

terça-feira, 21 de março de 2017

TAG: SETE PECADOS CAPITAIS

Hoje vamos de TAGzinha aqui no blog "Eu e o Cinema" e diferentemente das outras que foram postadas aqui, essa foi idealizada por este blogger que vos fala. Nomeei a brincadeira de "Sete pecados capitais" e suas regras consiste de maneira simples. Para cada pecado citado será mencionado um filme que lembre de alguma maneira, o pecado em questão. Para esclarecer as escolhas farei breves justificativas e não repetirei produções lembradas em tags anteriores. 
Tudo devidamente explicado, vamos começar...


SOBERBA - O PECADO DA ARROGÂNCIA E DA VAIDADE:

O Diabo Veste Prada (2006)


De todas os vilões cinematográficos do século XXI, poucos exalam tanta arrogância e soberba do que Miranda Priestly, antagonista de "O Diabo Veste Prada" e interpretado de forma magnífica por Meryl Streep. Editora-chefe de uma das mais importantes revistas de moda do país, ela faz da vida de seus assistentes um verdadeiro caos devido aos seus ataques de estrelismos e sua vaidade sem limites.

domingo, 19 de março de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #48ª EDIÇÃO

Estamos no fim do verão e a tão aguardada frente fria vai chegando de mansinho ao país. Para celebrar essa significante mudança climática que deixa o insuportável calor pra trás e nos presenteia com uma temperatura mais amena, nada melhor do que postar mais uma edição da nossa tão amada "Sessão Sábadão". "Assassin's Creed: O Filme" é o escolhido do dia. Sendo assim, vamos a ele...


Assassin's Creed: O Filme - 2016

Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons, Ariane Labed, Michael K. Williams, Denis Menochet, Brendan Gleeson e Charlotte Rampling

SOBRE O FILME:
Dirigido por Justin Kurzel, "Assassin's Creed" é baseado em uma franquia de jogos eletrônicos que leva o mesmo nome. A história do longa envolve a vida de Cal Lynch, um criminoso condenado a pena de morte, mas acaba sendo resgatado por uma organização tecnológica que permite o mesmo a reviver as aventuras do guerreiro Aguilar, seu ancestral espanhol e principal membro de uma sociedade de assassinos na idade média.

PRÓS: O mínimo que se espera ao assistir um filme baseado em um game é que ele seja o mais fiel possível ao seu material fonte. E essa expectativa é parcialmente suprida pelo longa e acaba sendo o seu principal trunfo. As sequencias de ação que se passam na idade média, e é a premissa principal dos jogos eletrônicos, além de serem bem executadas, remetem quase que 100% a atmosfera do produto original.(2)
Outro ponto positivo de "Assassin's Creed: O Filme", reside em seus aspectos técnicos. Com uma belíssima fotografia que valoriza os planos abertos e uma poderosa construção de mundo devido ao excelente CGI, o longa se torna visualmente interessante.(1)
Ninguém no elenco se destaca com uma atuação surpreendente ou revigorante, mas todos em sua maioria dão performances bem corretas, principalmente a dupla principal do longa. Enquanto Michael Fassbender consegue passar toda a raiva, as dores e a fisicalidade bem coreografada do protagonista, Marion Cotillard é quem consegue desenvolver um arco dramático mais bem construído para a sua personagem.(0,5)

quarta-feira, 15 de março de 2017

BONS REMAKES

Entre várias leis que já estão estabelecidas na sétima arte, existe uma que dificilmente falha. Aquela que diz que remakes de filmes antigos são ruins. Exemplos que comprovam essa teoria tem de monte por aí, mas engana-se aquele que generaliza o segmento e acha que não existe nada de bom nessas produções "requentadas". Embasado nisso, o "Eu e o Cinema" decidiu fazer uma pequena lista, trazendo alguns remakes que não são apenas bons, mas são melhores que o filme original. Vamos lá? Então, bora...


Cabo do Medo (1992)

Dirigido por Martin Scorsese e protagonizado por Robert DeNiro e Nick Nolte, o tenso suspense "Cabo do Medo" lançado em 1992 é um remake de "Círculo do Medo" de 1962, que por sua vez teve Gregory Peck e Robert Mitchum nos papéis principais. A obra original teve boa repercussão entre os críticos especializados e agradou os amantes do bom cinema. Mas a direção primorosamente cadenciada de Scorsese e as atuações magníficas do elenco, principalmente a de DeNiro no papel do psicopata Max Cady, fizeram do remake trinta anos mais novo, um filme tão mais cultuado que de certa forma pulverizou a versão inicial da memória dos espectadores. Mais sombrio, mais envolvente e mais visceral, o longa de 1992 não é só um perfeito exemplo de como se fazer um suspense de primeira categoria, como também faz jus aos remakes que se saíram melhor do que as obras de origem.


domingo, 12 de março de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #47ª EDIÇÃO

Quadragésima sétima edição da Sessão Sábadão invadindo o meio do seu domingão. E hoje vamos de drama policial: "A Lei da Noite" é o escolhido da vez para ser analisado na crítica da semana. Sem mais delongas, vamos a ela...

A Lei da Noite - 2017

Elenco: Ben Affleck, Zoë Saldaña, Elle Fanning, Chris Cooper, Sienna Miller, Chris Messina, Remo Girone, Robert Glennister e Brendan Gleeson

SOBRE O FILME:
Produzido, roteirizado, dirigido e protagonizado por Ben Affleck, "A Lei da Noite" se passa entre as décadas de 20 e 30 e conta a história de Joe Coughlin (Affleck), um simplório fora da lei que por vingança a um poderoso criminoso, se torna um importante e influente contrabandista de bebidas na antiga América da Lei Seca.

PRÓS: Uma coisa que Ben Affleck já nos provou há algum tempo, é que melhor do que ator, ele é como diretor (seu Oscar de "Melhor Filme" por "Argo" de 2012, é a grande prova disso). Aqui, ele nos dá mais um tostão do seu talento como cineasta. Com um bom jogo de câmeras e bom uso das potencializações dos planos que contam com uma iluminação e fotografia muito convenientes a época em que o filme se passa, sua direção acaba sendo um diferencial relevante no resultado da obra. (1,5)
Ainda falando sobre os dotes técnicos do longa, suas sequências de ação, que são compostas por tiroteios e perseguições automobilísticas, também se tornam importantes trunfos. Envolventes e empolgantes essas sequências se mostram originais, pois é raro ver esse tipo de proposta mais agressiva, gráfica e explosiva em filmes que se passam nos anos 20, e isso me chamou bastante atenção. (2)
No quesito atuação, todos estão bem e completamente inseridos nos ideais de seus personagens. Mesmo com interpretações afetadas por alguns vilões genéricos, no geral tudo está encaixado e nenhuma atuação destoa. Destaco Elle Fanning, que demonstra grande talento sempre quando está em cena, mostrando de uma forma muito verdadeira, as motivações e as incertezas de sua personagem. (1,5)
A maioria dos diálogos neste filme também são muito bons! Bem trabalhado pelo seu bom roteiro e suas boas interpretações, as conversações são intensas, são ambíguas e até angustiantes em um certo ponto. O desenvolvimento desse quesito é o que mais esclarece a essência de cada um deles. (1)
Por fim, vale enaltecer o roteiro de "A Lei da Noite". Com uma premissa interessante e um enredo bem amarrado, o longa acaba formando uma história muito completa pra contar. Seus últimos cinco minutos são surpreendentemente inesperados e termina o filme em um tom insatisfatoriamente realista. (1,5)

quinta-feira, 9 de março de 2017

COLETÂNEA: JIM CARREY

A comédia é um dos gêneros mais rentáveis da sétima arte. Sendo assim, vários nomes surgiram e marcaram época na história do cinema. Podemos citar Charles Chaplin, Jerry Lewis, Groucho Marx, Peter Sellers, até nomes recentes como Ben Stiller, Melissa McCarthy e Seth Rogen, tendo grandes exemplos aqui no Brasil, como Mazzaropi, Grande Otelo e Ingrid Guimarães. Entretanto, para este blogger que vos fala, nascido nos anos 80 e que não viu Zico, Sócrates e Maradona jogarem, considero o canadense James Eugene Carrey, o melhor de todos. Caso não tenha ligado o nome a pessoa, estou falando de Jim Carrey, protagonista das melhores e mais escrachadas comédias dos anos 90. Sendo assim, nada mais justo do que montar uma coletânea bem bacana para esse mito das risadas para que aquele que não conheça seu trabalho, passe a conhecer, e para aquele que já conhece, relembrar sua carreira junto com o "Eu e o Cinema"... Então vamos começar...



domingo, 5 de março de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #46ª EDIÇÃO

Já faz uma semana e meia que o blog de cinema mais amado do Brasil não publica um dos quadros mais amados do Brasil. Então para dar um fim nesse hiato, esse domingo tá propício para o primeiro post após o término da fase pré-Oscar: A quadragésima sexta edição da sua, da minha, da nossa Sessão Sábadão!!! E a partir de agora esse quadro tem novidades. Para que você entenda melhor os motivos das notas dada para os filmes, este blogger que vos fala decidiu deixar a Sessão Sábadão um pouco mais explicita, funcionando da seguinte maneira:
- O filme por si só, já começa levando uma nota 5! Afinal, não é nada fácil produzir uma película e apenas esse esforço já merece ser reconhecido.
- Cada fato pontuado nos PRÓS e CONTRAS receberam de 0,5 á 2, positivamente ou negativamente, dependendo do quanto aquele ponto citado afeta na obra geral.
- No final será feito uma conta com as notas positivas e negativas, revelando então, qual é a nota final do filme em questão. Caso a soma dê maior que 10, ele receberá uma nota 10, caso seja menor que 0, sua nota também será 0.
Dessa forma, a Sessão Sábadão se torna mais criteriosa e mais límpida para você que acompanha o "Eu e o Cinema". 
Tudo meramente explicado, então vamos estrear essa nova fase com o nacional "De Onde Eu te Vejo", lançado no último semestre de 2016.

De Onde Eu te Vejo - 2016

Elenco: Denise Fraga, Domingos Montagner, Manoela Aliperti, Marisa Orth, Laura Cardoso, Juca de Oliveira, Fúlvio Stefanini e Marcello Airoldi

SOBRE O FILME:
Dirigido por Luiz Villaça, "De Onde Eu te Vejo" é uma comédia/romântica/dramática que conta a história de Ana Lúcia (Denise Fraga) e Fábio (Domingos Montagner), um casal que decide se separar mas moram em apartamentos que ficam de frente um para o outro. Dessa forma, não conseguem se desvincilhar completamente gerando situações rotineiras que testam o sentimento que nutrem entre si.

PRÓS: Não pode se negar que a premissa instalada em "De Onde Eu te Vejo" é original e pode comprar a empatia do espectador logo de cara. E o filme consegue fazer isso, de forma limitada, mas consegue. Muito disso, se dá pela sua belíssima trilha sonora. Calma, serena, tranquila, ela te imerge pra dentro da atmosfera do filme, e esse recurso acaba se tornando uma força adicional para se contar a história, mesmo não sendo um ponto tão determinante. (+0,5)
Outra coisa que não se pode negar é que esse filme tem falhas, e muitas falhas. Porém deixaremos isso pra um momento mais apropriado. Mas vale dizer que mesmo com todas essas tais falhas, a forma que o enredo trabalha os personagens principais é bem agradável e influencia a pessoa que está assistindo a torcer pelo bem do casal, independentemente se haverá reconciliação ou não. Isso ajuda a criar vínculos com o que está sendo passado. (+1)
Conforme "De Onde Eu te Vejo" vai passando, gradativamente ele melhora. Isso é bom, pois é melhor se deparar com um filme que tem o final melhor que seu início, do que ao contrário. A sensação que se tem, é agridoce, porém aliviante. (+2)