terça-feira, 28 de novembro de 2017

COLETÂNEA: RICARDO DARÍN

Mais um mês se aproxima do seu fim e pra quem nos acompanha já faz um tempo sabe que é hora de postar mais uma coletânea de um grande nome da sétima arte. E hoje vamos enaltecer os sete filmes mais importantes de Ricardo Darín, que para muitos (inclusive para este blogger que vos fala) é o maior ator argentino da atualidade, quiçá da história do cinema hermano.





domingo, 26 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #84ª EDIÇÃO

E vamos que vamos para mais uma edição da minha, da sua, da nossa Sessão Sábadão. Segundo minha matemática, estamos no post de número oitenta e quatro e para celebrar tal marca, vamos analisar o longa brasileiro "Como Nossos Pais". Gostei? Não? Bora descobrir...

Como Nossos Pais - 2017

Maria Ribeiro, Clarisse Abujamra, Paulo Vilhena, Felipe Rocha, Jorge Mautner, Herson Capri e Cazé Pecini.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Laís Bondanzky (mesma diretora do excelente "Bicho de Sete Cabeças" de 2001), "Como Nossos Pais" acompanha a vida de Rosa, uma mulher casada e mãe de duas filhas que enfrenta a dificuldade de auxiliar a dura rotina de dona de casa, seu emprego, um casamento em crise e a relação conturbada com sua mãe. Quando a mesma acaba descobrindo um segredo importante sobre sua vida, ela decide reavaliar seus conceitos.

PRÓS: Vamos iniciar as análises positivas pelos quesitos interpretativos do longa. Nem todos os atores do elenco funcionam, isso é bem verdade, mas aqueles que pertencem ao núcleo principal fazem um trabalho extremamente competente. Pode-se salientar as atuações de Clarice Abujamra (que passa todas as nuances de uma mulher vivida e levemente amargurada, mas sem arrependimento em seus erros), Paulo Vilhena (que dá o tom perfeito para um personagem passivo-machista que demonstra seu pensamento sexista em diálogos super pontuais) e de Felipe Rocha (que demonstra muita fluidez no papel de um cara galanteador travestido de pseudo homem esclarecido). Mas o destaque vai pra Jorge Mautner e principalmente, Maria Ribeiro. Enquanto ele consegue injetar carisma em sua interpretação mesmo não sendo um ator de ofício, a atriz carrega o filme nas costas dando um show á parte. A construção de sua personagem consegue cativar uma gama de sentimentos por parte do espectador, assim é possível que você torça por ela, tenha raiva em alguns momentos e a compreenda em outros. Uma puta atuação!!!(2)
Nos quesitos técnicos o filme também se sai muito bem pois contém uma bela fotografia, uma edição competente e uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente em sua atmosfera que transformam esse setor em um recurso poderoso para o andamento da história.(1)
É correto dizer que "Como Nossos Pais" tem um elemento feminista inserido em seu roteiro, e isso é feito de maneira muito realista, natural e condizente ao ponto de despertar identificação por parte de quem o assiste. O ponto alto dessa questão, é que o longa não apela para a necessidade de vilanizar a figura masculina recorrendo a exageros caricatos. Isso enobrece e engrandece a obra como um todo.(2)

domingo, 19 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #83ª EDIÇÃO

Estamos aí firme e forte em mais um domingão para mais uma nova edição da nossa tão amada Sessão Sábadão. Desta vez vamos analisar o suspense/terror/comédia "A Morte te dá Parabéns", longa lançado nesse último semestre. Então ajeite a sua máscara assustadora e siga a leitura...


A Morte Te Dá Parabéns - 2017

Elenco: Jessica Rothe, Israel Broussard, Ruby Modine, Rachel Matthews, Charles Aitken, Gigi Erneta, Jason Bayle e Rob Mello.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Christopher B. Landon, mesmo diretor dos fraquíssimos "Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal" de 2014 e "Como Sobreviver a um Ataque Zumbi" de 2015, "A Morte te dá Parabéns" é um suspense que conta a história de Tree, uma jovem e arrogante universitária que é assassinada no dia de seu aniversário por uma pessoa que usa uma estranha máscara de bebê. Esse acontecimento desencadeia no fato de que ela sempre volta ao início do dia toda vez que ela morre. Dessa maneira, ela precisa descobrir quem é a pessoa por trás do suspeito para colocar um ponto final nesse fenômeno.

PRÓS: Na teoria, "A Morte te dá Parabéns" se vende como um filme de suspense com fortes pitadas de terror. Na prática, se trata de uma obra muito mais cômica do que assustadora. Isso devido ao roteiro que acerta ao escolher um tom mais leve para conduzir a trama. Mesmo assim, vale dizer que o trabalho de direção e edição conseguem construir uma atmosfera mais obscura de forma satisfatória quando o filme pede. A boa montagem da mise-en-scène com o uso de uma ótima trilha sonora e alguns jump scares que são premeditados mas funcionam, justificam, mesmo que minimamente, o teor aterrorizante da obra.(0,5)
A premissa principal do longa não é uma novidade em Hollywood e se tornou bastante recorrente nos últimos anos. Não é certo dizer que estamos diante do melhor filme sobre repetição no tempo, mas aqui existem recursos e adaptações do roteiro que tornam a experiência divertida por uma boa parte de sua duração e devidamente despretensiosa naquilo que propõe.(1)
No quesito atuação temos em Jessica Rothe a única ressalva positiva. A atriz que interpreta a protagonista da história é dotada de de um carisma cativante e uma fisicalidade ideal que carregam o filme nas costas. Sua atuação consegue passar de maneira natural toda a evolução sentimental que sua personagem passa no decorrer da trama e demonstra que ela pode entregar muito mais do que este longa te exigiu.(1)


sábado, 18 de novembro de 2017

ELA É MAIS DO QUE VOCÊ PENSA!!! - CARLA GUGINO

Com o sucesso recente do suspense "Jogo Perigoso" produzido e disponível no catálogo da Netflix, muitos que não conheciam ou não se lembravam, começaram a voltar seus olhos e atenção ao talento e a beleza estonteante da protagonista Carla Gugino. Se você é um desses que pensa que a atriz é uma novata no ramo, saiba que seu currículo contém uma filmografia que ultrapassa a linha de 50 trabalhos até então.
Caso esteja a fim de aprender mais sobre a carreira de Carla, sua chance é agora...



domingo, 12 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #82ª EDIÇÃO

Última semana bem parada aqui no blog devido a correria do dia a dia, mas acá estamos em mais um domingão para postar mais uma Sessão Sábadão. Hoje, o longa que estrela a edição de número 82 do nosso quadro é o drama "A Ghost Story". Então prepara aquele lençol que você transformou em fantasia no último halloween e vamos ao que interessa...

A Ghost Story - 2017

Elenco: Casey Affleck, Rooney Mara, Will Oldham e Kesha.


SOBRE O FILME:
Dirigido por David Lowery, que já trabalhou com Casey Affleck e Rooney Mara no longa "Amor Fora da Lei" de 2013, esse drama acompanha a história de um homem que após morrer em um acidente fatal, retorna em forma fantasmagórica para acompanhar a sua esposa que se encontra em estado de luto e depressão.

PRÓS: Há quem possa dizer que "A Ghost History" tenha um ritmo severamente lento e paradão. Mesmo sendo um potencial problema para uns, a maneira morosa que o filme conduz sua história abre espaços para que o espectador se apegue e invista na mensagem que o roteiro quer passar. E nesse quesito, o longa tem uma gama de assuntos para refletir. Nuances de um relacionamento ordinário, a dor do luto e como encará-lo, o medo de mudanças, a saudade e principalmente o poder que o tempo tem, são devidamente retratados e trabalhados nessa história.(1,5)
O filme é completamente isento de artifícios manipuladores para engajar o espectador e despertar sentimentos em relação ao que está sendo assistido. Ele não apela para um romance exagerado para que exista empatia em relação ao casal protagonista, nem recorre a trilhas sonoras emocionantes para fazer chorar ou sorrir, focando-se apenas na crueza e na realidade existente em sua premissa principal.(1,5)
Apesar de poucos, os diálogos do longa são bem pontuais e funcionam bem como condução narrativa sem cair em atalhos expositivos.(1)
Por fim, vale ressaltar a atuação do pequeno, porém poderoso elenco. Tratam-se de interpretações minimalistas, mas muito claras e verdadeiras em relação aos sentimentos e a essência de cada personagem. Destaque para Rooney Mara, que brilha em pequenos momentos que parecem não dizer nada, mas dizem muito e para Casey Affleck, que demonstra grande talento e expressividade mesmo estando o tempo todo debaixo de um pano.(1)

domingo, 5 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #81ª EDIÇÃO

Entramos no penúltimo mês de 2017 e as máquinas do "Eu e o Cinema" não param. Hoje vamos com o drama policial "Terra Selvagem" na octogésima primeira edição da Sessão Sábadão. Estrelado por Jeremy Reener e Elizabeth Olsen, o longa foi recém lançado nos cinemas brasileiros neste início de mês.

Terra Selvagem - 2017

Elenco: Jeremy Reener, Elizabeth Olsen, Kelsey Chow, Graham Greene, Gil Birmingham, John Bernthal, James Jordan e Martin Sensmeier.


SOBRE O FILME:
Após o corpo de uma jovem aparecer congelado no alto das montanhas de neve, uma novata agente do FBI é encaminhada para iniciar uma investigação. Chegando lá, recebe apoio dos oficiais locais, inclusive de um caçador autônomo que com este caso, revive uma tragédia familiar.
O longa é dirigido por Taylor Sheridan, que é mais conhecido como roteirista devido a trabalhos como "Sicário: Terra de Ninguém" de 2015 e "A Qualquer Custo" de 2016. No papel de diretor esse é apenas seu primeiro filme.

PRÓS: Vamos iniciar nossa análise pelos ótimos quesitos técnicos que a obra contém. Com planos aéreos belíssimos, uma fotografia muito bem trabalhada, uma maquiagem eficaz e um cenário extremamente imersivo que quase se torna um personagem da história, transformam este setor em um poderoso recurso para o andamento da trama.(2)
O roteiro de "Terra Selvagem" é bastante sucinta e pontual. Com uma narrativa engajante e gradativa, a história passeia levemente em alguns terrenos impactantes como o luto e em questões sociais como o machismo e até mesmo o racismo. Tudo isso o torna bastante rico em substância, mas desenvolvida de uma maneira direta e sem rodeios, fator esse que acaba influenciando até na duração do longa que tem um período inferior a outras obras do gênero que contém uma premissa parecida.(1,5)
No quesito interpretativo, todos brilham em seus respectivos papéis. Se atentando ao núcleo principal, temos uma atuação muito poderosa de Jeremy Reener e de Elizabeth Olsen. Enquanto o ator consegue passar uma gama imensa de emoções com pouca expressão física e diálogos introspectivos, a atriz dá o tom exato de uma personalidade mais sentimental e intrigada, mas ao mesmo tempo forte e decidida. Também é valido destacar a ótima interpretação de Gil Birmingham, que diferentemente de sua participação em "A Qualquer Custo" de 2016, está muito bem aqui e tem algumas das melhores conversações deste filme.(1,5)