terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #40ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Ainda em processo de reestabelecimento do blog, vamos postar a quadragésima edição da "Sessão Sábadão" nessa terça feira. Como estamos na fase pré-Oscar, vamos falar de mais um concorrente a estatueta de "Melhor Filme" na edição deste ano: o drama "Moonlight". Sem mais delongas, vamos direto ao que interessa...


Moonlight - 2016

Elenco: Trevante Rhodes, Ashton Sanders, Alex R. Hibbert, André Holland, Jharrel Jerome, Mahershala Ali, Naomi Harris e Janelle Monáe


Nota (0/10): 8
Longa dirigido por Barry Jenkins, "Moonlight" nos leva a conhecer a vida de Chiron em três fases: infância, adolescência e adulta. Todas elas envoltas por difíceis situações que vão desde sua mãe viciada em drogas até escolhas pessoais de vida não aceita pela grande parte da sociedade.

PRÓS: Para começarmos a falar de "Moonligth", vale dizer que este é um daqueles filmes audaciosos com um peso de mensagem muito significativo pra passar ao espectador, e isso por si só já é um grande trunfo do longa. A ousadia do roteiro te prende, te cativa e é um ótimo exercíco de empatia caso esteja com a mente e o coração abertos para receber tais mensagens.
Os aspectos técnicos da produção é um outro grande trabalho. Uma fotografia belíssima que torna-se um aditivo para se contar a história, juntamente com um bom trabalho de edição, efeitos sonoros e trilha, a obra se torna um exemplo perfeito de uma direção que sabe exatamente o que quer.
Voltando ao roteiro, podemos exaltar os diálogos. Fortes, plausíveis e com um conteúdo absurdo, consigo me lembrar de pelo menos duas ou três cenas que acabaram me tocando de alguma maneira. E isso é muito bom, pois se torna mais um recurso para imergir o público no filme.
No quesito atuação todos estão excelentes e entre eles destaco dois exemplos: Naomi Harris e os atores que interpretam Chiron. Enquanto a interpretação da atriz, mesmo que breve, é embasbacante e estarrecedora fazendo jus a indicação de "Melhor Atriz Coadjuvante" que recebeu, os responsáveis por darem vida as três fases do personagem principal (Alex R. Hibbert na infância, Ashton Sanders na adolescência e Trevante Rhodes na fase adulta) estão em completa harmonia em suas interpretações. Não existe um processo de imitação ou de semelhanças gestuais, mas todos eles conseguem captar a essência do personagem na maneira que trabalham a personalidade do mesmo. Ta na maneira tímida de falar, na tristeza do olhar, no pesar das decisões. Um trabalho muito bem feito!