domingo, 29 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #38ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Chegou a hora de destrinchar mais um filme concorrente do Oscar 2017. O escolhido da vez é o drama familiar "Cercas", que atualmente mudou o seu título no Brasil para "Um Limite Entre Nós"... Eu sei, bem triste né?!... Mas vamos ao que interessa.


Um Limite Entre Nós - 2016

Elenco: Denzel Washington, Viola Davis, Jovan Adepo, Stephen McKinley Henderson, Mykelti Williamson, Russell Hornsby e Saniyya Sidney

Nota (0/10): 8,5
Dirigido e protagonizado por Denzel Washington, "Um Limite Entre Nós" é baseado em uma aclamada peça teatral chamada "Fences" (nome original do filme), que foi escrita por August Wilson e foi interpretada pelo mesmo elenco do longa metragem. O enredo nos conta a história de Troy, um carregador de lixo que teve seu sonho de se tornar um grande jogador de baseball frustrado e hoje vive com Rose, sua dedicada esposa, com quem compartilha as experiências boas e ruins de se formar uma família.

PRÓS: Denzel Washington e Viola Davis!!! Não tem forma melhor para começar citando os pontos fortes desse filme que não seja enaltecendo a dupla protagonista. Com uma atuação esplendorosa, ambos conseguem elevar o nível do longa sempre quando estão em cena, seja contracenando juntos ou sozinhos. Mas depois voltamos a falar mais detalhadamente sobre esse quesito. Por agora, comentarei sobre a ótima direção de Denzel, que mesmo sendo apenas o seu terceiro trabalho, consegue dar personalidade ao longa e mostrar total controle do que está fazendo. Não se trata de algo novo ou revolucionário, mas sim de extrema competência.
Gostei bastante do elenco enxuto do filme (são apenas 8 atores em cena), pois ninguém acaba sobrando e comprometendo a história. Todos tem seu porque, sua importância no enredo e seu peso no andamento da trama.
Tudo que acontece em "Fences" (título original) é embasado por diálogos, sendo assim, a película toda acaba sofrendo essa influencia e justamente por ser bastante dialogado, esse é um dos setores mais bem trabalhados da película. Todas as conversas, frases ditas e a dinâmica de como são conduzidas, beiram a perfeição.
E enfim, vamos voltar a falar das atuações. Todos, sem exceção, estão incríveis em cena. Mas o destaque vai pra Denzel Washington e Viola Davis. O primeiro dá uma interpretação que mistura frustração, instabilidade emocional e autoritarismo, compensados com carisma e um certo charme. Viola por sua vez, é o retrato fidedigno de uma dona de casa que mesmo fiel a postura que escolheu adotar para sua vida e viver uma felicidade em partes superficial, também sente o peso da frustração de não ter seus sonhos realizados. Ambos conseguem demonstrar todas essas emoções de várias maneiras, seja em semblantes e pequenos gestos até a momentos mais bruscos e explícitos.

sábado, 28 de janeiro de 2017

RANKING: OS 10 MELHORES FILMES VENCEDORES DO OSCAR

Sabadão chuvoso em grande parte do país, tempo propício para curtir mais um post do blog "Eu e o Cinema". Hoje vamos ranquear filmes, e como estamos vivendo uma frase pré Oscar, vamos ranquear os melhores longas que já levaram a estatueta de "Melhor Filme", a premiação mais importante da cerimônia. E como todo bom ranking que se preze, vai em seguida os critérios para a formação deste em especial:
- Apenas filmes assistidos por esse blogger que vos fala.
- Ranking embasada unicamente e exclusivamente na minha humilde opinião.
- Lembrando que o ano do Oscar no qual o filme foi vencedor procede o ano que ele foi lançado nos cinemas.
Sem mais delongas, vamos aos filmes:

10º) Onde os Fracos Não Tem Vez (Melhor Filme 2008)


Dirigido pelos irmãos Coen, esse thriler que conta sobre uma intensa caçada entre um homem que pegou uma maleta de dinheiro ilegal e um assassino frio e perigoso, é sem dúvida uma das obras primas do século 21. Com um enredo inquietante e um elenco afiadíssimo (destaque para Javier Bardem, que levou o Oscar de "Melhor Ator Coadjuvante" como o esquisitíssimo vilão Anton Chigurh) o longa é perfeitamente conduzido e se tornou uma referência para o faroeste atual, revigorando o gênero.
Além do prêmio de "Melhor Filme", "Onde os Fracos Não Tem Vez" também deu aos irmãos Coen a primeira estatueta na categoria de "Melhor Direção".

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #37ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Pra quem conhece o blog de longa data, deve estar se perguntando de maneira confusa: "Ué, mas a Sessão Sábadão, este quadro que eu amo tanto, não é só de domingo???". Realmente. Mas fique tranquilo, que para isso tem explicação.
Da data presente até 26 de Fevereiro, o dia da premiação do Oscar, o "Eu e o Cinema" estará passando por uma fase dedicada exclusivamente a cerimônia mais importante da sétima arte. Sendo assim, todos os posts e matérias que o blog regularmente publica no dia a dia, terá o Oscar como assunto central. Dentro disso, a "Sessão Sábadão" terá uma grande importância, pois todos os filmes que foram nomeados na categoria de "Melhor Filme" nessa edição, terá a sua análise individual. Dito isso, vamos as contas: a "Sessão" é um quadro dominical, e da data atual até o dia da premiação temos mais cinco domingos. Porém, a categoria indicou nove longas. Então para que todos eles fossem citados, foi decidido que terão duas "Sessões Sábadão" por semana até lá, e elas serão postadas todas as quartas e domingos.... Ufa... Entendeu? Tá mais calmo? Então chega de delongas e vamos para o que interessa!


A Qualquer Custo - 2016

Elenco: Ben Foster, Chris Pine, Jeff Bridges, Gil Birmingham e Katy Mixon

Nota (0/10): 9,5
Dirigido por David Mackenzie, que já fez coisas muito boas (como "Encarcerado" de 2013) e também coisas bem insossas (como "Jogando com Prazer" de 2009), "Á Qualquer Custo" é um drama policial que conta sobre a vida de dois irmãos assaltantes que pretendem executar o último grande roubo de suas vidas, mas estão sendo constantemente perseguidos por um veterano delegado de polícia.

PRÓS: Para começar a falar de "A Qualquer Custo", um fato inegável deve ser ressaltado. Não há originalidade na premissa central do roteiro. Afinal, um filme que conta sobre uma dupla de ladrões que deseja efetuar seu último grande golpe e fugir das emboscadas policiais já foi feito antes em Hollywood. Tendo isso em mente, o trabalho árduo da produção é contar essa história comum de uma maneira extraordinária que invista o espectador ao máximo. E isso ocorre de maneira milimétrica nessa película. Extremamente direto, crú e sem sentimentalismo demasiado, o filme não descansa e toma a atenção de quem o assiste em cada sequência de ação, em cada lugar em que se passa e em cada diálogo que se fala. E por falar em diálogos... Que diálogos, meus amigos. Afiados, tensos, sarcásticos, é sem dúvida nenhuma, um dos pontos fortes do roteiro.
Se voltarmos nossos olhos para os termos técnicos do longa, conseguimos diagnosticar outras excelências. Como por exemplo, a bela fotografia amarronzada que realça o cenário e o deixa visceral e realista. Esse realismo também sofre fortes influências do figurino usado pelos personagens. Muitas vezes encardido e surrado, o espectador consegue sentir as todas as mazelas da origem dos protagonistas, sem que eles digam uma palavra.
No quesito atuação, temos mais um ponto positivo. Inspirados, o elenco que compõe o núcleo principal da trama dão um show em um surpreendente exemplo de execução de personagem. A começar por Jeff Bridges, que não faz nada de diferente do que ele já tenha feito antes, mas diferente de muitos por aí, não o fez de forma automática. A interpretação do veterano ator é tão competente, que o mesmo está concorrendo ao Oscar de "Melhor Ator Coadjuvante" nessa próxima edição do Oscar. Outros que merecem uma estrondosa salva de palmas, é a dupla Ben Foster e Chris Pine. Enquanto um demonstra uma personalidade instável, cínica e enrustidamente violenta, o outro completa dando vida a um personagem menos articulado, mais controlado, porém eternamente arrependido pelas escolhas passadas. O trabalho é tão bem feito, que a química entre os dois simplesmente flui.
Por fim, vale falar que "Hell or High Water",no oficial, tem um ótima e contundente crítica contra o enganoso sistema bancário e suas burocracias. Se você deseja um vilão para odiar nessa história, odeie os bancos.

domingo, 22 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #36ª EDIÇÃO

Ah o domingo! O dia da semana que mais mistura sentimentos! Das nove da manhã até as seis da tarde a plenitude da alegria, dali pra frente apenas o sentimento de tristeza antecipada devido a mais uma segunda braba que se aproxima. Independente da hora que você esteja lendo isso, saiba que hoje é dia da "Sessão Sábadão" e estamos na nossa trigésima sexta edição. O filme da vez, é o drama "Animais Noturnos" lançado no finalzinho de 2016. Então alegre-se e venha com o blog para mais uma análise "top das galáxias"!


Animais Noturnos - 2016

Elenco: Amy Adams, Jake Ghyllenhaal, Aaron Taylor-Johnson, Michael Shannon, Isla Fisher, Armie Hammer, Karl Glusman, Michael Sheen e Laura Linney

Nota (0/10): 9
Iniciante na carreira de cineasta, o também produtor e estilista Tom Ford, foi o responsável por dirigir este drama que é apenas o segundo trabalho de sua filmografia. Lançado em 2016, "Animal Noturnos" traz Amy Adams como a protagonista Susan, uma empresária de sucesso que ao receber e ler o escopo de um livro escrito por seu ex-marido, acaba se deparando com problemas e questões de seu passado e vida atual.

PRÓS: Se tem uma coisa que venho aprendendo nessa minha vida de cinéfilo, é que um filme bom começa pela sua atmosfera. Se ele tiver uma premissa tensa, melhor ainda. Sendo assim, vamos começar a citar os pontos positivos do filme justamente por este quesito. Como se trata de um drama denso, o longa consegue te passar logo em seu primeiro ato, todo o peso que cada personagem carrega na trama. Seja por descaso, por arrependimento, traição, ou momentos de pura maldade, a atmosfera te insere dentro dessa perspectiva e o espectador consegue sentir o que a história está querendo passar.
Outra questão louvável sobre "Animais Noturnos", é que aqui existem tramas e subtramas, e isso nas maioria das vezes acabam indo contra o resultado final do filme se não forem bem trabalhadas. Sorte que isso não acontece por aqui. Igualmente intrigantes, o longa não perde peso quando deixa de explorar a premissa principal para se dedicar as outras questões, pois todas as situações tem o seu grau de importância no roteiro.
Falando sobre atuações, todos estão incrivelmente bem, pois os mesmos conseguiram decifrar e acertar no tom de seus personagens, a começar por Michael Shannon, que consegue intimidar com uma interpretação discreta e sem maneirismos. Outro que está bem é Aaron Taylor-Johnson, que consegue transpassar toda a perversidade e cinismo que o seu papel pede. Gostei muito das participações de Isla Fisher e Laura Linney, que mesmo curtas são impactantes e também Jake Gyllenhaal, que encontra a linha tênue entre a sensibilidade e a fraqueza de um homem. Mas quem brilha mesmo, é Amy Adams. Em uma performance que mistura sensualidade com tristeza, seriedade e inquietação, a atriz consegue passar a devastação de sentimentos da sua personagem com extrema competência.
Por fim, vale falar da dinâmica edição do longa que foi um ponto a favor e só fez contribuir para a atmosfera intrigante da história.

sábado, 21 de janeiro de 2017

ANIMAÇÃO PARA ADULTOS

Calma, fique tranquilo... O "Eu e o Cinema" não se tornou um blog sobre hentai (ainda). As animações adultas que serão citadas nessa matéria são aquelas que contém uma temática que não convém a faixa etária infantil, seja pela premissa abordada ou seja pelo nível de humor adotado pelo longa. Filmes assim tem aos borbotões e grande parte deles resultam em produções muito bacanas, sendo assim, resolvemos listar alguns exemplos de animações que foram feitas pra gente grande....
Ah... E se você não sabe o que é hentai, joga no Google...😈😈😈


Akira (1988)


Extra violento e caótico, "Akira" de 1988, definitivamente não é um anime feito para crianças. Com uma trama organizadamente bagunçada (?) que envolve questões científicas, organizacionais, máfia, mortes e muito sangue, o desenho é completamente direcionado para um público mais velho.
Se para as criancinhas "Akira" não é uma produção viável, ele pode se tornar um ótimo programa para os papais, mamães e irmãos mais velhos que adoram um bom filme de ação e ficção científica.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

COLETÂNEA: MARTIN SCORSESE

Parece que não, mas este ano de 2017 já está no seu décimo sétimo dia. Dito isso, já está mais do que na hora de estrear um novo quadro aqui no blog "Eu e o Cinema". Sendo assim, lhes apresento o "Coletânea", o quadro que irá trazer os sete filmes mais importantes de uma grande personalidade dos cinemas (atores, cineastas, roteiristas, entre outros). 
Dizem que musicalmente falando, se alguém deseja se aprofundar mais na carreira de uma determinada banda ou artista, uma coletânea que envolve seus melhores trabalhos é um recurso essencial. E é basicamente isso que esse novo espaço vai fazer, trazer algumas das coisas mais interessantes da carreira de um grande nome da sétima arte. Para começarmos com o pé direito, ninguém melhor do que um dos cineastas mais importantes da Nova Hollywood e de toda a história do cinema: o magnífico e visceral Martin Scorsese.
Quer visitar (ou revisitar) as coisas mais bacanas da vida cinematográfica desse diretor, então vem comigo...



sábado, 14 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #35ª EDIÇÃO

Tem gente que come macarrão no Domingo, tem outras que dormem bastante de manhã e ainda tiram um cochilo na tarde de Domingo, tem uns que preferem assistir um filme ou ler um livro no Domingo, e tem aqueles que curtem dar uma olhada na "Sessão Sábadão" que sai no blog "Eu e o Cinema" todo o Domingo. Se você se encaixa neste último exemplo, então sorria, pois o quadro que traz críticas abalizadas desse blogger que vos fala tem uma edição novinha em folha. E hoje vamos falar sobre o thriller "O Homem nas Trevas", lançado no último semestre do ano passado. Então segure firme e vamos lá...


O Homem nas Trevas - 2016

Elenco: Stephen Lang, Jane Levy, Dylan Minnette e Daniel Zovatto

Nota: 8,5
Dirigido pelo cineasta uruguaio Fede Alvarez, "O Homem nas Trevas" conta sobre três ladrões que ganham dinheiro invadindo casas, porém acabam se envolvendo em uma trama perigosa quando tentam roubar a residência de um veterano de guerra com deficiência visual, pois o que era para ser um processo tranquilo, acaba se tornando extremamente perigoso.

PRÓS: Assim como um bom filme de comédia tem que fazer rir, um bom filme de suspense deve saber como deixar seu espectador tenso e amedrontado, e isso este longa faz muito bem a começar pela sua atmosfera. palpavelmente denso e fortemente pesado, a tensão que a produção proporciona a quem o assiste está no clima, no cenário, na edição e na narrativa de "O Homem das Trevas".
Um outro ponto positivo do filme é que não tem muita firula aqui. O roteiro apresenta os personagens, conta suas subtramas de maneira prática e logo estabelece a premissa principal. Simples assim!
No quesito atuação, todos estão ótimos e transpassam de forma competente a essência dos seus personagens na história. Os atores Dylan Minnette e Jane Levy transformam o medo em algo tão verídico que o nível de tensão do filme se eleva sempre que estão em cena. Mas o destaque, sem dúvida nenhuma, é Stephen Lang. Com uma interpretação crua, física e energética, ele é personificação do perigo constante e insuperável.
"Don't Breathe" (no original) tem uma das sequências mais assustadoras e inquietantes dos últimos tempos. Para ser mais específico, me refiro a cena da sala escura que é muito bem conduzida pelo diretor e é de dar calafrios em qualquer um.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

TAG: COM QUE FILME EU VOU?

Vamos a mais uma tagzinha aqui no blog "Eu e o Cinema". A brincadeira da vez se desenvolve da seguinte maneira: são 10 filmes para 10 ocasiões diferentes. Essa tag foi criada pelo vlogger Tiago Belotti do canal Meus 2 Centavos no YouTube. Resolvi compartilhar dessa ideia usando os seguintes critérios:
 - Só pode um filme por ocasião.
 - Não pode repetir um filme já citado.
 - Resolvi não apenas citar, mas também explicar o porque da minha escolha.



UM FILME PARA ASSISTIR SOZINHO:

Ninfomaníaca (2013)


Que esse drama dirigido pelo dinamarquês Lars Von Trier não é nem um pouco familiar, isso todo mundo sabe. Só que mais do que isso, é necessário ter mente aberta e principalmente estômago para encarar essa história sobre uma mulher que sofre de um destrutivo distúrbio sexual. Para evitar a famosa ruborização de bochechas devido a destemida sensação de vergonha alheia, eu recomendo que se assista esse longa completamente sozinho.

domingo, 8 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #34ª EDIÇÃO

Domingão na área e se você não estiver batendo aquele macarrão com frango na casa da sua avó, ou uma bela feijoada na casa da sua mãe, ou quem sabe curtindo uma praia, ou até mesmo cochilando, e não tem nada pra fazer nesse dia?! Então desliga a sua TV e dá uma olhada em mais uma "Sessão Sábadão" novinha em folha aqui no blog "Eu e o Cinema".
O filme da vez é a animação "Festa da Salsicha", que pode ser chamado de qualquer coisa, menos de infantil.
Filme apresentado, vamos a análise:


Festa da Salsicha - 2016

Elenco: Seth Rogen, Michael Cera, Kristen Wigg, Nick Kroll, Bill Hader, Jonah Hill, Edward Norton, David Krumholtz, Salma Hayek, James Franco, Danny McBride, Craig Robinson e Paul Rudd

Elenco BR: Gregório Duvivier, Karina Ramil, Luis Lobianco, Antonio Tabet, Rafael Portugal, Tati Lopes, Fábio Porchat, João Vicente de Castro e Gabriel Totoro

Nota (0/10): 6
Animação dirigida por Conrad Vernon e Greg Tiernan e produzida pela famosa dupla Seth Rogen e Evan Goldberg (os mesmos por trás das comédias "Superbad - É Hoje", "Segurando as Pontas", "É o Fim", entre outros), "Festa da Salsicha" conta a história de Frank, uma salsicha que descobre que a vida fora do supermercado não é o paraíso que os outros alimentos pensam ser. Sendo assim ele se envolve em uma aventura para salvar seus amigos e provar para todos a sua descoberta.

PRÓS: Antes de qualquer coisa, é bom esclarecer que este blogger que vos fala é muito fã dos trabalhos anteriores da dupla Rogen/Goldberg. Me diverti muito assistindo a filmes passados e estava com boas expectativas para essa animação imprópria para crianças. No quesito comédia, "Festa da Salsicha" está abaixo de outros longas produzidos por eles, mas sua qualidade é satisfatória. Com piadas e sacadas que funcionam em sua grande maioria, o longa não dá uma aula de como se fazer graça ou arranca gargalhadas de forma consecutiva, mas é constantemente engraçado.
Outro ponto positivo a se salientar, são as criticas sociais que o roteiro cutuca, principalmente no que se refere a intolerância religiosa. Mesmo com um discurso pró ateísmo nem tão velado assim, a maneira de como o longa conduz essa vertente, é um tanto quanto interessante.
Por fim, vamos falar da competente dublagem dessa animação, tanto no original quanto na versão brasileira. Nos EUA, o elenco de vozes está muito inspirada no geral, com exceção de Seth Rogen, que até está bem mas sem nenhum trabalho de voz devidamente construído, é possível citar Michael Cera, Jonah Hill, Kristen Wigg, Bill Hader e principalmente Salma Hayek e Nick Kroll, como destaques deste quesito. No Brasil, a dublagem ficou por conta dos atores do canal do Youtube Porta dos Fundos, e de forma inferior, eles conseguem realizar um bom trabalho (destaco Gregório Duvivier, Antônio Tabet e Luis Lobianco como os melhores).

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ELA É MAIS DO QUE VOCÊ PENSA!!! - CARRIE FISHER

Nos últimos dias de 2016 a sétima arte sofreu com a perda repentina da atriz Carrie Fisher, que morreu repentinamente após um colapso cardíaco. Ao noticiar o acontecido, as mídias de todas as plataformas se referiam a Fisher como a eterna Princesa Leia, devido ao grande sucesso da franquia "Star Wars" no qual era um dos personagens principais da primeira trilogia lançada entre os anos 70 e 80.
Em meio a tantas homenagens e imitações infames do Chewbacca, o blog "Eu e o Cinema" também resolveu enaltecer esse grande ícone dos cinemas, mostrando pra você, caro amigo internauta, que Carrie Fisher é bem mais do que apenas uma princesa.


domingo, 1 de janeiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #33ª EDIÇÃO

E não é que estamos em 2017! Pois é... Como aquele ditado antigo já dizia: ano novo, vida nova! 
E pra começar com o pé direito, vamos de um filme um tanto quanto criativo e diferente: "Um Cadáver Para Sobreviver", longa lançado em meados do ano passado e estrelado por Paul Dano e Daniel Radcliffe.

Um Cadáver Para Sobreviver - 2016

Elenco: Paul Dano, Daniel Radcliffe e Mary Elizabeth Winstead

Nota (0/10): 8
Comédia dramática realizada pelos diretores Daniel Kwan e Daniel Scheinert, (conhecidos em Hollywood como os Daniels) "Um Cadáver Para Sobreviver" conta a história de um náufrago preso em uma ilha deserta aonde acaba fazendo amizade com um homem morto vendo nele a sua única esperança de sobrevivência.

PRÓS: Em um universo aonde todas as ideias e fórmulas parecem saturadas como é o universo cinematográfico, assistir algo diferente sempre é revigorante. E uma coisa que esse filme tem, é justamente seu roteiro diferente e muitas vezes estranho. 
Posso iniciar os pontos positivos do longa citando o seu humor sutil, certeiro e despretensioso. Mesmo que por muitas vezes escatológico, nada é a toa ou apenas para contar uma piada forçada como nas comédias sandlerísticas, pois existe um contexto por trás de cada flatulência e cada ereção.
Pra variar, Paul Dano está excelente mais uma vez. Com uma interpretação simples mas extremamente sincera, o ator consegue passar todo o desespero, medo, esperança e conformismo que o seu personagem passa no decorrer da história. Outro que não fica atrás é Daniel Radcliffe. Usufruindo de uma ótima atuação física, ele consegue passar muito com o pouco e te faz acreditar que se trata mesmo de um morto que fala. A química entre eles é muito palpável, e a relação que vai se formando e crescendo é completamente plausível e convincente.
Gostei muito da maioria dos diálogos que esse filme tem. Eles contemplam as nuances de sentimentos como o amor, a amizade, o sexo, o medo, a morte e a vida. Isso pode trazer o espectador um pouco mais para o filme através da identificação com o que está sendo relatado.
E por fim, a trilha sonora é esplêndida e eleva a produção sempre que presente. Forte e poderosa, ela ajuda a passar os sentimentos que o longa deseja alcançar em momentos específicos.