domingo, 7 de janeiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #90ª EDIÇÃO

Primeira Sessão Sábadão de 2018... êêêêêêêê!!! E coincidentemente abrimos este ano com a nonagésima edição do quadro mais amado desse blog. E para comemorar com estilo, vamos analisar "Blade Runner 2049" a continuação do grande filme lançado há mais de trinta anos atrás. Ficou bom? Não? Pega sua cadeira e seu robô replicante e vamos que vamos para mais uma leitura...

Blade Runner 2049 - 2017

Elenco: Ryan Gosling, Harrison Ford, Ana de Armas, Jared Leto, Sylvia Hoeks, Robin Wright, Mackenzie Davis, Carla Juri, Dave Bautista e Barkhadi Abdi.


SOBRE O FILME:
Passado em 2049, trinta anos depois dos eventos que sucedidos no primeiro longa, um novo blade runner descobre um bombástico segredo que pode mudar os rumos da humanidade e para solucioná-lo, ele inicia uma busca a Rick Deckard que está desaparecido por todo este tempo.
O longa é dirigido pelo ótimo Denis Villeneuve que vem provando ser a cada trabalho, um dos diretores mais completos da atualidade.

PRÓS: É muito difícil para qualquer continuação manter-se relevante e independente de sua obra original, ainda mais quando se trata de um clássico, como é o caso aqui. Mas o ótimo roteiro escrito por Hampton Fancher e Michael Green faz isso muito bem, além de outras coisas. "Blade Runner 2049" precisa da obra original para existir e respeita a atmosfera distópica e a essência do primeiro filme. Mas mostra tanta personalidade, estilo próprio e um grande senso de contextualização que em nenhum momento ele se torna dependente do "Blade Runner" de 1982. Isso acaba tornando o longa plausível para aquele espectador que deseja assisti-lo mas não viu a primeira película. Outra coisa que o roteiro faz bem é elaborar a estrutura da sua história de maneira muito rica de detalhes incluindo elementos de mistério, bons diálogos e até mesmo um quê de reflexão social.(2)
Sim, como acabei de dizer esta continuação tem sua cara e não usa a obra original como muletas para seu desenvolvimento. Mas caso tenha assistido o filme de 1982 esse longa pode se tornar uma experiência mais prazerosa, pois ele guarda algumas surpresas que certamente vão aguçar o sentimento de nostalgia sem partir para o recurso barato.(0,5)
O elenco está muito bem, obrigado! Ryan Gosling entrega uma atuação introspectiva e severamente discreta mas com uma gama imensa de sentimentos como cansaço, frustração e até mesmo, amor. Harrison Ford dá andamento ao ótimo trabalho que fez há trinta anos atrás e Jared Leto também brilha quando está em cena, mesmo que por pouco tempo. Gostaria de dar uma ressalva a respeito de Sylvia Hoek que mesmo escorregando em algumas frases de vilão genérico (culpa do roteiro e não da atriz), passa uma postura imponente e a noção de perigo real aos protagonistas.(1)
Outro ponto positivo do longa, são os seus quesitos técnicos. Há uma belíssima fotografia, uma trilha sonora que se faz presente sem ultrapassar seus limites e efeitos especiais competentes. Mas quem rouba a cena, são os espetaculares efeitos gráficos. Demonstrando uma qualidade absurda na construção de mundo, na reconstituição digital e na forma que trabalha outros elementos, esse recurso está longe de ser usado gratuitamente, sendo um dos condutores principais para o andamento da história.(2)