domingo, 2 de junho de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #118ª EDIÇÃO

Primeiro domingo do mês de Junho deste tão rápido ano de 2019 e estamos aqui, prontos para mais uma edição quentinha da Sessão Sábadão. Hoje vamos analisar o primeiro filme do (ainda meio capenga) Universo Cinematográfico da DC lançado neste ano: "Shazam!".
Então sem mais rodeios, prepare seus poderes fenomenais e seu cajado misterioso para mais essa crítica...

Shazam! - 2019

Elenco: Zachary Levi, Asher Angel, Jack Dylan Grazer, Mark Strong, Grace Fulton, Marta Milans, Cooper Andrews, Djimon Hounsou e Caroline Palmer.


SOBRE O FILME:
Após perder o controle sobre perigosos demônios, um velho mago guardião elege o garoto órfão Billy Batson para receber seus poderes devido a bondade de seu coração. Com estes mesmos poderes, Billy se apropria de um físico adulto sempre que pronuncia a palavra "Shazam!" se tornando então um desajeitado, porém fortíssimo super-herói.
Dirigido por David F. Sandberg, que esteve a frente dos aterrorizantes "Quando as Luzes se Apagam" de 2016 e "Annabelle 2" de 2017, "Shazam!" é o primeiro filme do universo cinematográfico da DC lançado neste ano que também conta com o lançamento de "Coringa" previsto para Outubro.

PRÓS: Vamos iniciar as críticas positivas de "Shazam!" pelo seu setor mais burocrático: os quesitos técnicos. Operantes, o filme conta com uma belíssima fotografia, uma edição sagaz e bem elaborada e uma trilha sonora pontual e empolgante. São recursos que ajudam na obra como um todo.(0,5)
Outro quesito bem elaborado é o seu roteiro. Evolutiva, a história se desenrola de maneira muito divertida, passeando com muita naturalidade entre o drama e a comédia, entregando uma moral familiar muito válida e trabalhando todas as suas subtramas e personagens de maneira bem cuidadosa dando a cada um deles, seu momento de brilhar.(1)
Diferentemente da maioria dos filmes da DC, "Shazam!" tem uma veia cômica aflorada e funcional. Com um humor infantil sem ser infantilóide, auto referencial e até mesmo debochado, a comédia consegue inserir uma leveza bem vinda na usual atmosfera ranzinza e truncada deste universo cinematográfico.(1)
Nos quesitos interpretativos, temos mais um acerto. Todos estão bem e entregam atuações pontuais dentro daquilo que cada personagem propõe. O destaque aqui vai para três nomes: Jack Dylan Grazer (que no papel do melhor amigo do protagonista entrega uma química muito boa tanto com a versão adolescente quanto na versão adulta de Billy Batson, sendo também, um dos alívios cômicos mais eficazes da trama), Asher Angel (que segura bem a onda na subtrama dramática do seu personagem) e principalmente Zachary Levi (que mesmo não trazendo nenhuma nuance que remetam a versão mais nova do protagonista, entrega uma interpretação cativante, ingênua mas ao mesmo tempo jocosa, lúdica e acima de tudo coerente).(1,5)
Quando tratamos de filmes de super heróis, o vilão deve ser levado em consideração tanto para o bem quanto para o mal, afinal para que o herói funcione ele depende bastante do antagonista. Neste quesito, Mark Strong se sai bem interpretando um vilão imponente e amedrontador mesmo esbarrando em uma motivação genericamente vilanesca sem pouca credibilidade. Mais um bom trabalho desse talentosíssimo ator.(1)