domingo, 31 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #89ª EDIÇÃO

Enfim chegamos ao último Sessão Sábadão de 2017!!! Você já deve estar se preparando para pular as sete ondas comendo lentilha na virada do ano de logo mais, não é mesmo? Mas antes disso, nada melhor do que curtir a nossa mais nova análise que hoje está especial. Afinal, irei passar as minhas impressões sobre um dos filmes mais esperados e comentado dos últimos tempos: "Liga da Justiça".
Sem mais delongas, vamos ao que interessa...


Liga da Justiça - 2017

Elenco: Ben Affleck, Gal Gadot, Ezra Miller, Jason Momoa, Ray Fisher, Henry Cavill, Ciarán Hinds, Jeremy Irons, Amy Adams, Diane Lane, Joe Morton, Robin Wright, Billy Crudup e J.K. Simmons.


SOBRE O FILME:
Após os eventos relatados nos filmes anteriores, Bruce Wayne, o alter ego do Batman, decide recrutar outros heróis para unirem forças contra uma nova ameaça que planeja destruir/controlar o mundo.
A direção fica por conta de Zack Snyder, um dos nomes mais fortes do universo cinematográfico da DC na atualidade.

PRÓS: Para iniciar as críticas positivas dessa produção cinematográfica, vou salientar o quesito que se tornou um dos mais importantes para filmes deste gênero: os efeitos de computação gráfica. Aqui não temos o exemplo de melhores efeitos visuais de todos os tempos, ele até incomodo em alguns momentos principalmente quando se trata da construção do personagem Cyborg. Mas no âmbito geral trata-se de um recurso muito bem executado e bem utilizado. Vale citar outros quesitos técnicos como a ótima fotografia, uma trilha sonora funcional e uma edição bastante dinâmica.(1)
Mesmo que a DC tenha se estabelecido como um universo mais sério e sombrio, o longa consegue entregar um humor pontual, principalmente quando o personagem do Flash está em cena. Outro que conseguiu brilhar nesse setor é o personagem do Batman, que mesmo protagonizando piadas bem mais sutis, me conseguiu fazer rir em alguns momentos e ajuda a desconstruir a personalidade sisuda e pesada do cavaleiro das trevas de maneira fluida.(0,5)
No elenco os destaques vão para Ezra Miller, Ben Affleck e Jason Momoa. O primeiro é carismático e tem os momentos mais divertidos da película. Ben Affleck mantém a boa atuação e equilíbrio que tinha encontrado em "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" de 2016 e Momoa conseguiu injetar personalidade ao seu Aquaman me deixando curioso por um possível filme solo deste personagem.(1)
A química entre eles também é outro ponto positivo da obra. Em termos de comparação, não se equivale a mesma química dos heróis de "Os Vingadores" por exemplo, mas se trata de um grupo envolvido que contém bons momentos juntos.(1)
Outro acerto de "Liga da Justiça" são as suas sequencias de ação. Com cenas de luta bem empolgantes e coreografadas, o destaque vai para a batalha final que não faz feio e supera as expectativas que foram criadas no decorrer do longa.(1,5)


sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

RETROSPECTIVA 2017

Há quase um ano atrás, este blog postava uma matéria ressaltando os melhores e piores momentos de 2016 no universo cinematográfico. Doze meses se passaram e estamos aqui novamente para fazer a mesma coisa. Dessa vez, destacaremos os pontos mais relevantes da sétima arte que rolou em  2017. Quer se lembrar do que aconteceu ao longo deste ano? Então vem comigo e segue a leitura...



Maior Bilheteria



Em um ano aonde a Marvel e a DC abarrotaram os cinemas com lançamentos quase que incessantes de filmes sobre os super-heróis, a maior bilheteria do ano ficou com a adaptação live-action do clássico infantil "A Bela e a Fera". Lançado no início do mês de março, o longa protagonizado por Emma Watson arrecadou mais de U$ 1.2 bilhões de dólares na bilheteria do mundo todo. Aqui no Brasil, a película ficou somente atrás da oitava continuação da infame franquia "Velozes & Furiosos".
No top 5 dos filmes mais assistidos nos cinemas em 2017 também estão "Meu Malvado Favorito 3", "Homem Aranha: De Volta ao Lar" e "Wolf Warriors 2".

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

COLETÂNEA: DENZEL WASHINGTON

Últimos dias para 2017 chegar ao fim e as máquinas estarão á todo vapor aqui no blog "Eu e o Cinema". E para iniciar os trabalhos pré-reveillón, nada melhor do que a coletânea derradeira deste ano que se vai. Sendo assim, para fechar o quadro com chave de ouro, listaremos os sete filmes mais importantes da carreira de um dos atores mais importantes da sétima arte: o magnífico Denzel Washington! Curtiu? Então segue a leitura para conhecer um pouco mais desse grande nome dos cinemas...






segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #88ª EDIÇÃO

Antes de mais nada, este blogger que vos fala gostaria de desejar um feliz natal para você, caro amigo e amiga internauta que ama o cinema e sempre passa por aqui deixando sua visualização. Como um singelo mas sincero presente de Natal, teremos a octogésima oitava edição da Sessão Sábadão. Dessa vez, analisaremos uma das produções Netflix mais esperadas do ano: "Bright", ação de ficção científica protagonizado por Will Smith e Joel Edgerton. Sendo assim, vamos ao que interessa e um feliz natal!

Bright - 2017

Elenco: Will Smith, Joel Edgerton, Lucy Fry, Noomi Rapace, Edgar Ramirez, Alex Meraz e Ike Barinholtz.


SOBRE O FILME:
Dirigido por David Ayer (mesmo diretor de "Corações de Ferro" de 2014 e "Esquadrão Suicida" de 2016), "Bright" se passa em um mundo utópico ou distópico povoado por humanos, orcs, elfos, fadas e afins, e acompanha dois policiais de raças distintas que precisam proteger a única testemunha de um crime envolvendo uma varinha mágica de poderes fenomenais. 
O longa é uma produção original Netflix e foi inserido no catálogo do site no último dia 22.

PRÓS: Um dos principais chamariz de público da produção é a presença do astro hollywoodiano Will Smith no elenco como um dos protagonistas do longa. E toda a expectativa criada em cima do ator é suprida devido a uma atuação pontual e competente. Will Smith compreende o seu papel e entrega uma personalidade pragmática bastante condizente ao seu personagem. O mesmo pode ser dito sobre Joel Edgerton, que mesmo coberto por uma pesada maquiagem consegue extrair sentimentos muito verdadeiros em sua interpretação. Vale ressaltar a química entre os dois que funciona bastante tanto nos diálogos, nos momentos de ação e até mesmo no humor implícito do roteiro.(1)
Falando em maquiagem, isso nos leva a um outro ponto positivo do longa: os quesitos técnicos. Fora esse ótimo recurso, a obra contém uma bela fotografia, uma edição muito bem montada, bons efeitos especiais e incríveis efeitos gráficos e visuais.(0,5)
"Bright" tem um problema sério de contextualização e construção de mundo (falaremos disso mais tarde), mesmo assim ele consegue transitar dentro da sua própria bagunça encontrando fluidez e dinamismo na maneira que desenrola o seu enredo.(1)
A partir do primeiro tiroteio do filme a ação não para mais. Com sequencias de ação que trazem ótimas cenas de perseguição, cenas de luta, todas envolvidas por muitos tiros e explosões, o longa recebe bastante dose de adrenalina e acaba se tornando uma experiência divertida ao espectador.(1)
O roteiro contém uma crítica social sobre racismo e até chega a explorar esse assunto em alguns momentos, mas isso é dito de forma vaga e pouco satisfatória. Mesmo assim, o registro é válido.(0.5)


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

APOSENTADOS DO CINEMA

Atuar é um emprego digno como qualquer outro do mundo. A grande diferença é que trata-se de uma ocupação atemporal, sem data para se retirar do ofício. Mesmo assim, alguns atores e atrizes desistem, se desiludem ou simplesmente enchem o saco de trabalhar com cinema e se aposentam da profissão. Pensando nisso, o blog resolveu listar alguns nomes que deixaram de exercer o dom da atuação e seguiram suas vidas de outras maneiras. Dito isso, vamos aos nomes...



Daniel Day-Lewis


Vamos iniciar essa matéria citando a baixa mais recente dentre os astros de cinema que resolveram se despedir das telonas e talvez, a mais dolorosa de todas as despedidas que aqui serão citadas: Daniel Day-Lewis. Nomeado por muitos como o melhor ator da história da sétima arte, Day-Lewis recebeu três estatuetas douradas ao longo dos anos por suas brilhantes atuações. Extremamente metódico e imersivo, o dom da interpretação ganhou um novo sentido depois de suas talentosas performances.
Entre tantas obras primas que formam sua cinematografia, é possível citar grandes clássicos como "O Meu Pé Esquerdo" de 1989, "O Último dos Moicanos" de 1992, "Em Nome do Pai" de 1993, "Gangues de Nova York" de 2003 e "Sangue Negro" de 2007.
Acometido por uma vontade súbita de se aposentar, Day-Lewis entrará em cartaz brevemente com o drama "Trama Fantasma" encerrando então, uma das carreiras mais brilhantes de Hollywood.


domingo, 17 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #87ª EDIÇÃO

Faltam exatamente oito dias para o Natal e a gente tá como? Mais do que prontos para postar mais uma edição da Sessão Sábadão. Hoje completamos a marca de oitenta e sete edições analisando "Detroit em Rebelião", o longa mais recente da sempre ótima cineasta Kathryn Bigelow. Então segue o texto e boa leitura!

Detroit em Rebelião - 2017

Elenco: Algee Smith, Jacob Latimore, John Boyega, Will Poulter, Anthony Mackie, Hannah Murray, Kaitlyn Dever, Jack Reynor, Ben O'Toole, Jason Mitchell e John Krasinski.


SOBRE O FILME:
Baseado nos relatos verídicos que aconteceram na rebelião civil que tomou conta da cidade de Detroit por cinco dias no ano de 1967, o filme foca sua trama no intenso incidente do Motel Angiers aonde pessoas inocentes foram encurraladas, torturadas e assassinadas pela polícia local.
"Detroit" (no original) foi dirigido por Kathryn Bigelow, aclamada cineasta e vencedora do Oscar que já tem uma COLETÂNEA aqui no blog dedicada aos seus melhores trabalhos.

PRÓS: Tratando-se de um filme baseado em fatos reais, "Detroit em Rebelião" faz um excelente trabalho histórico que funciona não apenas como narrativa, mas também como contextualização da trama. Esse recurso insere o espectador na história de maneira mais profunda.(1)
Seu roteiro claramente trata sobre questões de segregação racial e contém uma crítica social bem estabelecida aqui. Mesmo assim, ele não se utiliza de facilitações para passar sua mensagem simplesmente vilanizando a polícia e todos os seus personagens brancos, tão pouco santificando todos os personagens negros. Existem nuances que fortalecem a história injetando realismo e genuinidade ao longa.(1,5)
Os quesitos técnicos são ótimos! É possível citar a sua bela fotografia, sua edição dinâmica e pontual, a competente construção de época e a perfeição dos figurinos e maquiagens.(1)
No quesito atuação, a qualidade varia de satisfatórias para estrondosas. Ninguém está mal aqui! O destaque vai para as interpretações de John Boyega (que consegue passar indignação e até mesmo impotência se utilizando de expressões simples e quase estáticas), Algee Smith (que demonstra muitas camadas em uma atuação que junta charme, sagacidade, medo e ódio em um personagem só) e Will Polter (que poderia concorrer ao Oscar de "Melhor Ator Coadjuvante" por este papel).(1)


quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

FALECIDOS EM 2017

Entra ano e sai ano, muitas pessoas nascem e tantas outras se vão. Assim como todos os segmentos da vida, a sétima arte não é isenta a este acontecimento natural da vida. Como forma de homenagear esses grandes nomes do cinema, o blog resolveu relembrá-los destacando o melhor trabalho de suas carreiras. Vamos lá?



Jerry Lewis

O Professor Aloprado (1963)


Nomeado por muitos como o melhor comediante da história da sétima arte, Jerry Lewis formou uma das carreiras mais consistentes do gênero cinematográfico. Trazendo um humor dinâmico e com uma forte pegada física e expressiva, o ator se tornou um fenômeno em meados dos anos 60 e 70. Entre seus filmes mais conhecidos podemos citar obras como "O Otário" de 1964, "Uma Família Fuleira" de 1965 e "Boeing Boeing" também daquele ano. Fora da sua zona de conforto, o ator brilhou no ótimo drama "O Rei da Comédia" de 1983, mas seu principal trabalho é a comédia "O Professor Aloprado" de 1963. Neste longa, Lewis interpretou dois personagens: o cientista maluco Julius Kelp e o sedutor Buddy Love, uma espécie de alter-ego científico. Seu sucesso foi tão grande, que acabou ganhando uma refilmagem 33 anos depois desta vez protagonizado por Eddie Murphy e produzido pelo próprio Jerry Lewis.
Faleceu no dia 20 de Agosto aos 91 anos de idade.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

HOLLYWOOD EM DÉCADAS - SUPER HERÓIS

Filmes de heróis se tornaram indispensáveis nos dias atuais. Donos das maiores bilheterias dos últimos anos, as obras deste gênero são os carros chefes dos estúdios cinematográficos. Mas se engana aquele que pensa que filmes de heróis são uma novidade em Hollywood, já que na realidade esse segmento existe há muito tempo na história da sétima arte. Sendo assim, estamos aqui mais uma vez para te levar a esta viagem cinematográfica.


Década de 50

Superman and the Mole Men


O primeiro longa metragem da história da sétima arte a levar o nome de um super herói no seu título foi a obra "Superman and the Mole Man" de 1951. O filme não foi um marco e nem responsável por fortalecer o gênero nos cinemas, mas deu início ao famoso seriado do homem de ferro que faria muito sucesso nos anos posteriores e foi estrelado por George Reeves, mesmo intérprete do Super Homem neste longa.
A bilheteria desta obra não foi um mega sucesso, muito menos comparado com os dias de hoje, tanto que esta película acabou sendo esquecida pelo grande público com o passar dos anos, se tornando apenas um artigo pouco valioso de museu.





domingo, 10 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #86ª EDIÇÃO

É verdade, essa semana foi outra daquelas bem pouco produtivas aqui no blog, mas estamos aqui novamente apostos em mais um domingão para postar a mais nova edição da minha, da sua, da nossa Sessão Sábadão. E para comemorar a chegada de uma nova semana com mais posts (se Deus quiser), vamos analisar o longa bélico "Dunkirk". Então sem mais delongas, vamos ao que interessa...


Dunkirk - 2017

Elenco: Fionn Whitehead, Aneurin Barnard, Harry Styles, Mark Rylance, Cillian Murphy, Barry Keoghan, Tom Glynn-Carney, Tom Hardy e Kenneth Branagh.


SOBRE O FILME:
Situado na França no ano de 1940, o longa traz a história de um enorme grupo de soldados belgas, franceses e britânicos que ao se encontrarem encurralados pelos alemães na praia de Dunquerque, lutam pela sua sobrevivência enquanto esperam pelo milagre de um resgate.
Trata-se do filme mais recente do aclamado diretor Christopher Nolan desde o lançamento da ficção científica "Interestelar" de 2014.

PRÓS: Vamos iniciar os pontos positivos de "Dunkirk" pelos seus espetaculares quesitos técnicos. Dono de uma belíssima fotografia, uma edição muito bem montada e com efeitos sonoros e especiais simplesmente incríveis, a obra apenas escorrega na sua trilha sonora que também é muito boa, mas as vezes é expansiva e acaba criptografando algumas situações.(1,5)
Já no quesito interpretativo, nenhuma falha. Com um elenco afiado que conta com nomes como Tom Hardy, Mark Rylance, Kenneth Branagh, Cillian Murphy, entre outros, todos tem o seu momento para brilhar e conseguem transpassar com muita veracidade todos os sentimentos que cabem aos seus respectivos personagens, seja ele o medo, a angústia, a dúvida, o desespero, a bravura, o patriotismo e a solidariedade.(1,5)
Apesar de conter poucos diálogos, a maioria deles funcionam muito bem e acertam em cheio a mensagem que deveria ser passada naquele determinado momento.(1)
"Dunkirk" opta por não mergulhar no lado visceral e sanguinolento da guerra assim como fez outras obras do gênero como "Platoon" de 1986, "O Resgate do Soldado Ryan" de 1998 e até mesmo o mais recente "Até o Último Homem" de 2016. A narrativa prefere investir na questão mais estratégica e sentimental da coisa. Mesmo assim, o longa consegue transmitir toda a tensão e terror necessário para se construir um filme bélico de respeito.(1,5)


domingo, 3 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #85ª EDIÇÃO

Dezembro chegou e com ele mais uma edição da Sessão Sábadão. O filme da vez é a continuação "Kingsman: O Círculo Dourado" que foi lançado ainda neste ano. Será que este blogger que vos fala gostou desta película? Será que não? Se quiser saber, ajeite bem o seu terno, seus óculos e seu chicote e siga a leitura...


Kingsman: O Círculo Dourado - 2017

Elenco: Taron Egerton, Colin Firth, Julianne Moore, Mark Strong, Halle Berry, Edward Holcroft, Pedro Pascal, Jeff Bridges, Channing Tatum, Hanna Alström, Poppy Delevigne, Elton John, Emily Watson, Bruce Greenwood e Sophie Cookson.


SOBRE O FILME:
Após um ataque explosivo que dizimou quase toda a organização Kingsman, o sobrevivente Eggsy se junta aos agentes da Statesman, uma organização americana aliada, para salvar o mundo das mãos da excêntrica e maléfica Srta. Poppy, uma super traficante que fez de suas drogas um poderoso veneno contra a humanidade.
Este longa trata-se da continuação do filme "Kingsman: Serviço Secreto" lançado em 2014 e foi dirigido por Matthew Vaugh, mesmo realizador da obra original. 

PRÓS: Fica difícil analisar uma parte dois sem levar em conta o elemento comparativo em relação ao primeiro filme. Neste caso, a comparação logo se instala em um dos requisitos mais importantes da obra: suas sequências de ação. Bem conduzidas, inventivas, empolgantes e divertidamente bem trabalhadas, as batalhas corporais e os tiroteios ainda são os principais trunfos desta saga. Porém, mesmo muito boas, nenhuma destas cenas tem o mesmo charme da violência sofisticada que contém na matança da igreja do longa original.(1,5)
Isso nos leva aos excelentes quesitos técnicos. Com uma bela fotografia, uma edição bem executada e ótimos efeitos gráficos, esse setor acaba se tornando funcional e vital para o andamento da obra.(1)
No quesito interpretativo, nada de extraordinário. Todos se saem bem mas não saem da zona comum. Destaque para Taron Egerton que continua injetando vigor, jovialidade e charme ao seu personagem, e a Pedro Pascal que entrega uma atuação bastante carismática.(0,5)
O roteiro é bem elaborado e contém uma crítica social em cima do conservadorismo extremo que acaba sendo bastante cabível para os dias polarizados que estamos vivendo atualmente.(2)


terça-feira, 28 de novembro de 2017

COLETÂNEA: RICARDO DARÍN

Mais um mês se aproxima do seu fim e pra quem nos acompanha já faz um tempo sabe que é hora de postar mais uma coletânea de um grande nome da sétima arte. E hoje vamos enaltecer os sete filmes mais importantes de Ricardo Darín, que para muitos (inclusive para este blogger que vos fala) é o maior ator argentino da atualidade, quiçá da história do cinema hermano.





domingo, 26 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #84ª EDIÇÃO

E vamos que vamos para mais uma edição da minha, da sua, da nossa Sessão Sábadão. Segundo minha matemática, estamos no post de número oitenta e quatro e para celebrar tal marca, vamos analisar o longa brasileiro "Como Nossos Pais". Gostei? Não? Bora descobrir...

Como Nossos Pais - 2017

Maria Ribeiro, Clarisse Abujamra, Paulo Vilhena, Felipe Rocha, Jorge Mautner, Herson Capri e Cazé Pecini.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Laís Bondanzky (mesma diretora do excelente "Bicho de Sete Cabeças" de 2001), "Como Nossos Pais" acompanha a vida de Rosa, uma mulher casada e mãe de duas filhas que enfrenta a dificuldade de auxiliar a dura rotina de dona de casa, seu emprego, um casamento em crise e a relação conturbada com sua mãe. Quando a mesma acaba descobrindo um segredo importante sobre sua vida, ela decide reavaliar seus conceitos.

PRÓS: Vamos iniciar as análises positivas pelos quesitos interpretativos do longa. Nem todos os atores do elenco funcionam, isso é bem verdade, mas aqueles que pertencem ao núcleo principal fazem um trabalho extremamente competente. Pode-se salientar as atuações de Clarice Abujamra (que passa todas as nuances de uma mulher vivida e levemente amargurada, mas sem arrependimento em seus erros), Paulo Vilhena (que dá o tom perfeito para um personagem passivo-machista que demonstra seu pensamento sexista em diálogos super pontuais) e de Felipe Rocha (que demonstra muita fluidez no papel de um cara galanteador travestido de pseudo homem esclarecido). Mas o destaque vai pra Jorge Mautner e principalmente, Maria Ribeiro. Enquanto ele consegue injetar carisma em sua interpretação mesmo não sendo um ator de ofício, a atriz carrega o filme nas costas dando um show á parte. A construção de sua personagem consegue cativar uma gama de sentimentos por parte do espectador, assim é possível que você torça por ela, tenha raiva em alguns momentos e a compreenda em outros. Uma puta atuação!!!(2)
Nos quesitos técnicos o filme também se sai muito bem pois contém uma bela fotografia, uma edição competente e uma trilha sonora que se encaixa perfeitamente em sua atmosfera que transformam esse setor em um recurso poderoso para o andamento da história.(1)
É correto dizer que "Como Nossos Pais" tem um elemento feminista inserido em seu roteiro, e isso é feito de maneira muito realista, natural e condizente ao ponto de despertar identificação por parte de quem o assiste. O ponto alto dessa questão, é que o longa não apela para a necessidade de vilanizar a figura masculina recorrendo a exageros caricatos. Isso enobrece e engrandece a obra como um todo.(2)

domingo, 19 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #83ª EDIÇÃO

Estamos aí firme e forte em mais um domingão para mais uma nova edição da nossa tão amada Sessão Sábadão. Desta vez vamos analisar o suspense/terror/comédia "A Morte te dá Parabéns", longa lançado nesse último semestre. Então ajeite a sua máscara assustadora e siga a leitura...


A Morte Te Dá Parabéns - 2017

Elenco: Jessica Rothe, Israel Broussard, Ruby Modine, Rachel Matthews, Charles Aitken, Gigi Erneta, Jason Bayle e Rob Mello.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Christopher B. Landon, mesmo diretor dos fraquíssimos "Atividade Paranormal: Marcados pelo Mal" de 2014 e "Como Sobreviver a um Ataque Zumbi" de 2015, "A Morte te dá Parabéns" é um suspense que conta a história de Tree, uma jovem e arrogante universitária que é assassinada no dia de seu aniversário por uma pessoa que usa uma estranha máscara de bebê. Esse acontecimento desencadeia no fato de que ela sempre volta ao início do dia toda vez que ela morre. Dessa maneira, ela precisa descobrir quem é a pessoa por trás do suspeito para colocar um ponto final nesse fenômeno.

PRÓS: Na teoria, "A Morte te dá Parabéns" se vende como um filme de suspense com fortes pitadas de terror. Na prática, se trata de uma obra muito mais cômica do que assustadora. Isso devido ao roteiro que acerta ao escolher um tom mais leve para conduzir a trama. Mesmo assim, vale dizer que o trabalho de direção e edição conseguem construir uma atmosfera mais obscura de forma satisfatória quando o filme pede. A boa montagem da mise-en-scène com o uso de uma ótima trilha sonora e alguns jump scares que são premeditados mas funcionam, justificam, mesmo que minimamente, o teor aterrorizante da obra.(0,5)
A premissa principal do longa não é uma novidade em Hollywood e se tornou bastante recorrente nos últimos anos. Não é certo dizer que estamos diante do melhor filme sobre repetição no tempo, mas aqui existem recursos e adaptações do roteiro que tornam a experiência divertida por uma boa parte de sua duração e devidamente despretensiosa naquilo que propõe.(1)
No quesito atuação temos em Jessica Rothe a única ressalva positiva. A atriz que interpreta a protagonista da história é dotada de de um carisma cativante e uma fisicalidade ideal que carregam o filme nas costas. Sua atuação consegue passar de maneira natural toda a evolução sentimental que sua personagem passa no decorrer da trama e demonstra que ela pode entregar muito mais do que este longa te exigiu.(1)


sábado, 18 de novembro de 2017

ELA É MAIS DO QUE VOCÊ PENSA!!! - CARLA GUGINO

Com o sucesso recente do suspense "Jogo Perigoso" produzido e disponível no catálogo da Netflix, muitos que não conheciam ou não se lembravam, começaram a voltar seus olhos e atenção ao talento e a beleza estonteante da protagonista Carla Gugino. Se você é um desses que pensa que a atriz é uma novata no ramo, saiba que seu currículo contém uma filmografia que ultrapassa a linha de 50 trabalhos até então.
Caso esteja a fim de aprender mais sobre a carreira de Carla, sua chance é agora...



domingo, 12 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #82ª EDIÇÃO

Última semana bem parada aqui no blog devido a correria do dia a dia, mas acá estamos em mais um domingão para postar mais uma Sessão Sábadão. Hoje, o longa que estrela a edição de número 82 do nosso quadro é o drama "A Ghost Story". Então prepara aquele lençol que você transformou em fantasia no último halloween e vamos ao que interessa...

A Ghost Story - 2017

Elenco: Casey Affleck, Rooney Mara, Will Oldham e Kesha.


SOBRE O FILME:
Dirigido por David Lowery, que já trabalhou com Casey Affleck e Rooney Mara no longa "Amor Fora da Lei" de 2013, esse drama acompanha a história de um homem que após morrer em um acidente fatal, retorna em forma fantasmagórica para acompanhar a sua esposa que se encontra em estado de luto e depressão.

PRÓS: Há quem possa dizer que "A Ghost History" tenha um ritmo severamente lento e paradão. Mesmo sendo um potencial problema para uns, a maneira morosa que o filme conduz sua história abre espaços para que o espectador se apegue e invista na mensagem que o roteiro quer passar. E nesse quesito, o longa tem uma gama de assuntos para refletir. Nuances de um relacionamento ordinário, a dor do luto e como encará-lo, o medo de mudanças, a saudade e principalmente o poder que o tempo tem, são devidamente retratados e trabalhados nessa história.(1,5)
O filme é completamente isento de artifícios manipuladores para engajar o espectador e despertar sentimentos em relação ao que está sendo assistido. Ele não apela para um romance exagerado para que exista empatia em relação ao casal protagonista, nem recorre a trilhas sonoras emocionantes para fazer chorar ou sorrir, focando-se apenas na crueza e na realidade existente em sua premissa principal.(1,5)
Apesar de poucos, os diálogos do longa são bem pontuais e funcionam bem como condução narrativa sem cair em atalhos expositivos.(1)
Por fim, vale ressaltar a atuação do pequeno, porém poderoso elenco. Tratam-se de interpretações minimalistas, mas muito claras e verdadeiras em relação aos sentimentos e a essência de cada personagem. Destaque para Rooney Mara, que brilha em pequenos momentos que parecem não dizer nada, mas dizem muito e para Casey Affleck, que demonstra grande talento e expressividade mesmo estando o tempo todo debaixo de um pano.(1)

domingo, 5 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #81ª EDIÇÃO

Entramos no penúltimo mês de 2017 e as máquinas do "Eu e o Cinema" não param. Hoje vamos com o drama policial "Terra Selvagem" na octogésima primeira edição da Sessão Sábadão. Estrelado por Jeremy Reener e Elizabeth Olsen, o longa foi recém lançado nos cinemas brasileiros neste início de mês.

Terra Selvagem - 2017

Elenco: Jeremy Reener, Elizabeth Olsen, Kelsey Chow, Graham Greene, Gil Birmingham, John Bernthal, James Jordan e Martin Sensmeier.


SOBRE O FILME:
Após o corpo de uma jovem aparecer congelado no alto das montanhas de neve, uma novata agente do FBI é encaminhada para iniciar uma investigação. Chegando lá, recebe apoio dos oficiais locais, inclusive de um caçador autônomo que com este caso, revive uma tragédia familiar.
O longa é dirigido por Taylor Sheridan, que é mais conhecido como roteirista devido a trabalhos como "Sicário: Terra de Ninguém" de 2015 e "A Qualquer Custo" de 2016. No papel de diretor esse é apenas seu primeiro filme.

PRÓS: Vamos iniciar nossa análise pelos ótimos quesitos técnicos que a obra contém. Com planos aéreos belíssimos, uma fotografia muito bem trabalhada, uma maquiagem eficaz e um cenário extremamente imersivo que quase se torna um personagem da história, transformam este setor em um poderoso recurso para o andamento da trama.(2)
O roteiro de "Terra Selvagem" é bastante sucinta e pontual. Com uma narrativa engajante e gradativa, a história passeia levemente em alguns terrenos impactantes como o luto e em questões sociais como o machismo e até mesmo o racismo. Tudo isso o torna bastante rico em substância, mas desenvolvida de uma maneira direta e sem rodeios, fator esse que acaba influenciando até na duração do longa que tem um período inferior a outras obras do gênero que contém uma premissa parecida.(1,5)
No quesito interpretativo, todos brilham em seus respectivos papéis. Se atentando ao núcleo principal, temos uma atuação muito poderosa de Jeremy Reener e de Elizabeth Olsen. Enquanto o ator consegue passar uma gama imensa de emoções com pouca expressão física e diálogos introspectivos, a atriz dá o tom exato de uma personalidade mais sentimental e intrigada, mas ao mesmo tempo forte e decidida. Também é valido destacar a ótima interpretação de Gil Birmingham, que diferentemente de sua participação em "A Qualquer Custo" de 2016, está muito bem aqui e tem algumas das melhores conversações deste filme.(1,5)

terça-feira, 31 de outubro de 2017

DIRETORES QUE COMEÇARAM NO TERROR

Hoje é 31 de Outubro, a data onde muitos comemoram o Dia das Bruxas (o universalmente chamado Halloween). Pra não deixar passar em branco, o blog resolveu listar alguns grandes cineastas da atualidade que iniciaram suas carreiras no gênero do terror. Dito isso, desejamos muitas gostosuras e travessuras e segue a leitura para entrar no clima...


Sam Raimi



Conhecido por ser o diretor da melhor franquia cinematográfica do herói aracnídeo até então, Sam Raimi iniciou sua carreira com o cultuado "The Evil Dead", longa de terror trash lançado em 1981. O cineasta também esteve a frente das continuações lançadas em 1987 e 1993 respectivamente. Após 16 anos, Sam retornou ao gênero quando lançou o bom, porém esquecível "Arraste-me para o Inferno" de 2009. Neste meio tempo o diretor trabalhou em diversos suspenses e alguns filmes de fantasia.


domingo, 29 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #80ª EDIÇÃO

Último domingo de Outubro e iniciando uma nova dezena cada vez mais perto da centésima edição da nossa querida e amada Sessão Sábadão. O filme a receber a análise de número oitenta é o biográfico "Feito na América", lançado no final do mês passado e protagonizado pela super estrela hollywoodiana Tom Cruise. Quer saber o que achei do filme? Então prepara seu jatinho e sua mala de dinheiro e vamos ao que interessa...

Feito na América - 2017

Elenco: Tom Cruise, Domhnall Gleeson, Sarah Wright, Caleb Landry Jones, Alejandro Edda e Benito Martinez.


SOBRE O FILME:
Passado entre o final da década de 70 até meados dos anos 80, "Feito na América" é baseado na história de Barry Seal, um ex-piloto comercial que devido suas habilidades se torna um instrumento da CIA para operações especiais e ao mesmo tempo, um facilitador para o tráfico de drogas do poderoso Cartel de Medellín.
O longa é dirigido por Doug Liman, cineasta que contém em sua filmografia obras como "A Identidade Bourne" de 2002, "Sr. e Sra. Smith" de 2004, "Jumper" de 2008 e "No Limite do Amanhã" de 2014 que também é protagonizado por Tom Cruise.

PRÓS: A primeira coisa que chama atenção em "Feito na América" é a envolvente estrutura narrativa que o filme tem. Com um andamento muito fluido e um ritmo bastante sagaz, a obra prende o espectador devido a sua maneira divertida de desenvolver a trama, o seu humor implícito, sarcástico e eficaz que acaba deixando tudo proporcionalmente leve e dinâmico.(2)
Esse dinamismo também se deve ao ótimo trabalho de edição e sua contagiante trilha sonora. Os quesitos técnicos também se sobressaem na sua belíssima fotografia, seus eficientes efeitos especiais e sua construção de época que contam com um figurino perfeito e um cenário muito bem desenvolvido.(1,5)
Falando de interpretação, Tom Cruise simplesmente carrega o filme. Extremamente carismático e cativante, o ator entrega todos os tons (com perdão do trocadilho) necessários ao que a história pede. Os demais que compõem o elenco não estão ruins mas não bons o suficiente para que se faça alguma ressalva positiva.(1)
Se o roteiro se mantém ágil pelo menos em 80% do seu andamento, se deve também aos seus diálogos pontuais e bem estruturados. O mesmo contém uma ambiguidade que insere autenticidade a trama e até reflexão para quem o assiste.(0,5)

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

COLETÂNEA: KATHRYN BIGELOW

Dona de uma eclética e interessante carreira cinematográfica, a diretora Kathry Bigelow já tem seu nome marcado na história do cinema. Afinal, trata-se da primeira e até o momento, única mulher a receber a estatueta dourada de "Melhor Direção". Sendo assim, nada melhor do que levantar as sete melhores obras cinematográficas da cineasta em mais uma coletânea novinha em folha.





domingo, 22 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #79ª EDIÇÃO

Há alguns dias atrás, esse mesmo blogger que vos fala postou uma matéria aonde há uma breve análise do longa "It: Uma Obra-Prima do Medo" de 1990 (caso não tenha lido, clique aqui) e já que estamos falando do palhaço mais diabólico dos cinemas, nada melhor do que analisar o reboot feito este ano e lançado nos cinemas no início do mês passado. "It: A Coisa" será o filme da septuagésima nona edição da Sessão Sábadão. Então pegue sua capa de chuva amarelo e seu barquinho de papel passado na parafina e siga a leitura...


It: A Coisa - 2017

Elenco: Bill Skarsgård, Jaeden Lieberher, Sophia Lillis, Finn Wolfhard, Jack Dylan Grazer, Jeremy Ray Taylor, Wyatt Oleff, Chosen Jacobs, Nicholas Hamilton e Jackson Robert Scott.


SOBRE O FILME:
No final dos anos 80, uma pequena cidade americana chamada Derry se torna cenário de um misterioso desaparecimento de crianças. Em meio disso, uma turma formada por pré adolescentes auto denominada "Clube dos Perdedores" começam a sofrer experiências com o palhaço Pennywise, a assustadora entidade por trás disso tudo que se alimenta de medo e carne humana. Determinados a dar um fim na matança, eles resolvem combater a temível criatura.
Dirigido por Andy Muschietti (cineasta argentino que realizou "Mama", outro longa de terror lançado em 2013), essa foi a segunda adaptação cinematográfica baseada no livro homônimo de 1986, escrito por Stephen King.

 PRÓS: Vamos começar falando sobre os quesitos técnicos de "It: A Coisa". Pode-se afirmar que a fotografia do filme é um tanto quanto escura, principalmente em cenas de tensão e horror, mas mesmo assim é possível acompanhar tudo que acontece ali. Também é válido dizer que a trilha sonora é bem genérica e não contém nada de especial, mas em nenhum momento se sobrepõe ao filme, desta maneira ela se torna um recurso a mais para fortalecer a atmosfera aterrorizante. Gostei bastante da construção de época que insere o espectador direto aos anos 80 através do figurino, da maquiagem e do cenário. Já os efeitos gráficos são ótimos e não contém ressalvas, se tornando assim, o principal destaque deste quesito que se mostra correto e muito efetivo naquilo que se propõe.(2)
Diferentemente do primeiro longa de 1990, o elenco é muito preciso neste reboot. Todos se saem bem aqui e compõem seus respectivos personagens com muita competência. Meus destaques vão para o ator mirim Finn Wolfhard, que dá uma interpretação recheada de sarcasmo, petulância, humor ligeiramente negro, sem perder totalmente a pureza da infantilidade e para Bill Skarsgård, que interpreta o palhaço Pennywise. Não seria muito justo compará-lo ao Tim Curry (ator que deu vida ao vilão no longa de 1990), pois este teve bem menos recursos para formar sua atuação e mesmo assim conseguiu montar um personagem proporcionalmente assombroso, mas no frigir dos ovos a versão de Skargård acaba sendo mais visceral, mais aterrorizante e quem sabe até atemporal.(1)
O roteiro é um dos pontos fortes da obra pois consegue muitas proezas aqui. Mesmo tendo um elenco bem numeroso, a história elabora cada personagem de maneira bastante satisfatória. Uns menos, outros mais, mas todos recebem sua devida atenção. Outro acerto a ser destacado, é que não se trata apenas de terror sobrenatural, pois o terror psicológico também se faz presente. O bullyng exagerado, a superproteção de uma mãe, o pai abusivo, a morte de um parente próximo. Nada disso é explorado, mas é demonstrado. Desta maneira o longa consegue cativar empatia do público com os seus protagonistas e o senso de preocupação e medo ficam aguçados por parte de quem o assiste.(1,5)


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

ERA TÃO BOM ASSIM? - #3ª EDIÇÃO

Nesses últimos meses, nenhum filme foi tão comentado quanto ao longa de terror "It: A Coisa", segunda obra cinematográfica baseada no livro homônimo de Stephen King. Como essa película será analisada na Sessão Sabadão deste domingo no dia 22/10, resolvi reassistir o primeiro filme lançado á 27 anos atrás para aquecer os motores. Aí você me pergunta: "cara, como foi sua experiência revisitando essa obra?"... Pois bem, a resposta vem a seguir...


It - Uma Obra-Prima do Medo - 1990

Elenco: Tim Curry, Richard Thomas, Anette O'Toole, John Ritter, Dennis Christopher, Tim Reid, Harry Anderson, Jonathan Brandis, Emily Perkins, Brandon Cane, Adam Faraizl, Seth Green e Ben Heller.


SINOPSE:
Na pacata e desconhecida cidade de Derry, uma série de assassinatos envolvendo crianças tomam conta do lugar. O responsável por essas mortes atende pelo nome de Pennywise, um ser sobrenatural que toma forma de palhaço para envolver e aniquilar suas vítimas. Porém, o mesmo é confrontado por uma turma de garotos que conseguem eliminar a entidade temporariamente. Trinta anos se passam e a Coisa retorna a cidade e para honrar uma promessa feita, os sobreviventes do antigo ataque decidem enfrentar esse temível monstro pela segunda vez e quem sabe derrotá-lo definitivamente.
"It - Uma Obra-Prima do Medo" foi primeiramente uma série de TV lançada em 1990. Naquele mesmo ano, foi transformada em uma película de um pouco mais de 180 minutos.
O longa foi dirigido pelo cineasta Tommy Lee Wallace, que esteve a frente de outras produções do gênero como "Halloween 3 - A Noite das Bruxas" de 1982 e "A Hora do Espanto 2" de 1988.


terça-feira, 17 de outubro de 2017

TAG: FILMES DOS ANOS 90

Desde o dia das mães não posto uma tagzinha aqui no blog, desta maneira lá se vão cinco meses de lá pra cá. Sendo assim, resolvi montar uma nova lista baseando-se em adjetivos citando apenas filmes dos anos 90. Essa é uma adaptação de uma TAG sobre obras cinematográficas dos anos 80 e eu apenas alterei a década em questão.
Para a brincadeira ficar mais engraçada, resolvi nomear longas que não são tão conhecidas pelo grande público, servindo como possíveis dicas do blog para você, caro cinéfilo(a) internauta... Então vamos ao que interessa...


UM FILME INESQUECÍVEL

Beleza Americana (1999)




Dirigido por Sam Mendes, "Beleza Americana" foi o último longa dos anos 90 a receber a estatueta dourada na categoria de "Melhor Filme" e não foi por acaso. Com uma das cenas mais épicas da história do cinema, esse longa é bem mais do que ele aparenta ser e consegue explorar tópicos como frustração, desejo, motivações questionáveis e amor fraternal como poucos. Uma obra que vira e mexe entra no meu inconsciente.

domingo, 15 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #78ª EDIÇÃO

Os dias estão passando tão rápido que já estamos de volta ao horário de verão. Pra comemorar essa data "tão significativa" vamos analisar na Sessão Sábadão de hoje, um daqueles filmes que são, no mínimo, polêmicos: "Mãe!", novo filme de Darren Aronofsky.
Quer saber o que este blogger que vos fala achou deste longa? Então para tudo e siga a leitura...

Mãe! - 2017

Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson e Kristen Wiig.


SOBRE O FILME:
Sétimo trabalho da poderosa cinematografia do cineasta Darren Aronofsky (conhecido por ter dirigido "Pi" de 1998, "Réquiem Para um Sonho" de 2000, "O Lutador" de 2008 e "Cisne Negro" de 2010), "Mãe!" acompanha uma jovem mulher que vive isolada com o seu bondoso, porém distante marido em uma casa no meio do nada. Quando eles começam a receber visitas de terceiros, acontecimentos desconcertantes e perturbadores se desencadeiam testando o sentimento, a mentalidade a até mesmo a saúde fisica do casal. Porém, existe muito mais profundidade dentro dessa premissa.

PRÓS: Para iniciar os pontos positivos, gostaria de destacar primeiramente os quesitos técnicos do filme que são incrivelmente abismais. Com uma fotografia densa, uma edição insinuante, um cenário orgânico e com excelentes efeitos gráficos, esse setor se torna mais do que um recurso para obra final e se transforma em uma ferramenta narrativa poderosa para o andamento da história.(2)
O inspiradíssimo elenco também é um outro ponto positivo de "Mother!" (nome original do longa). Dando aquela que talvez seja sua melhor interpretação da carreira até então, Jennifer Lawrence consegue passar todos os sentimentos de sua personagem com muita eficiência. Aqui, ela consegue dosar tristeza, felicidade, histeria, dor, medo, omissão e ódio em um ponto ideal, sem cair nos ligeiros excessos que lhe acompanharam em trabalhos passados. Também adoraria destacar a atuação de Javier Bardem. A personalidade que o mesmo construiu para o seu papel me fez questionar a possibilidade desse personagem ser interpretado por um outro ator com a mesma eficiência. Com seus pequenos gestos, um olhar carregado, uma voz forte porém cautelosa e seus esporádicos momentos de fúria, Bardem nos apresentou um ser complexo, levemente assustador e totalmente enigmático.(2)
O roteiro deste filme é um acontecimento. Repleto de analogia, parábolas e simbolismos que transitam entre o mais óbvio até o mais obscuro, a história se torna um material rico e profundo que possibilita diversas interpretações, entendimentos e reflexões por parte do espectador. Goste ou não, é um trabalho minucioso e bem construído.(2)


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

ONTEM E HOJE: JUMANJI

Já que estamos na semana do dia das crianças, resolvi postar um Ontem e Hoje homenageando um dos filmes mais importantes da minha infância: o divertidíssimo "Jumanji"... claro que me refiro ao longa lançado em 1995 e não ao remake de 2017 que ainda nem estreou nos cinemas, mas já desconsidero pacas.
Caso você tenha assistido á muito "Fantástico Mundo de Bobby" no Bom Dia & CIA e deixou seu tamagoshi morrer de fome várias vezes, entre nessa máquina do tempo e compare como estão estes antigos heróis da tua infância.





domingo, 8 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #77ª EDIÇÃO

E lá vamos nós outra vez para mais uma Sessão Sábadão! Hoje vamos analisar o tenso suspense "Um Contratempo", introduzindo o cinema espanhol no nosso quadro semanal. Quer saber o que este blogger que vos fala achou deste filme? Então senta na poltrona e segue a leitura...

Um Contratempo - 2016

Elenco: Mario Casas, Ana Wagener, Bárbara Lennie, José Coronado, Francesc Orella e Iñigo Gastesi.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Oriol Paulo, este longa espanhol traz uma trama de suspense que tem como personagem central a figura de Adrián Doria, um jovem empresário que tem sua vida virada de cabeça pra baixo quando sua amante é morta misteriosamente. Para provar sua inocência, ele contrata uma das melhores advogadas do ramo e juntos tentam descobrir o que realmente aconteceu naquela fatídica noite.

PRÓS: Vamos iniciar as críticas positivas por um quesito extremamente determinante para filmes que contém essa mesma premissa e narrativa: a atmosfera. Bem manipulada pelo diretor, a tensão e a injeção constante de uma nova informação ao enredo conseguem prender a atenção do espectador e são trabalhadas de maneira complementares.(1,5)
O roteiro de "Um Contratempo" é muito bem trabalhado, pois contém ótimos diálogos, uma estrutura minuciosa e bem desenvolvida que deixa pouco espaço para falhas e/ou furos na trama.(2)
No quesito interpretativo, temos um elenco estrondosamente inspirado. Se direcionarmos a análise exclusivamente ao quarteto principal, conseguimos extrair atuações densas, fortes e orgânicas que formam a identidade perfeita para seus respectivos personagens.(2)
Os quesitos técnicos não se sobressaem e nem carregam o filme nas costas, porém os efeitos gráficos e especiais funcionam muito bem quando requisitados e a fotografia é quase um recurso narrativo para contar a história.(1)

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

MUDANÇA DE SEXO

Atualmente vivemos em um tempo de pluralidades. Pluralidade de idéias, pluralidade racial, pluralidade religiosa e pluralidade de gêneros. Baseando-se nessa última questão citada, o blog "Eu e o Cinema" resolveu levantar as melhores "mudanças de sexo" da história da sétima arte. Aqui levaremos em consideração a qualidade e a veracidade das maquiagens e não o longa metragem em si, sendo assim, esqueça o disfarce dos irmãos Wayans em "As Branquelas" ou a Amanda Bynes se passando por um estudante em "Ela é o Cara". Aqui só vai rolar a nata cinematográfica das transformações. Vamos lá?


Tootsie (1982)

Dustin Hoffman como Dorothy Michaels


Caso não esteja reconhecendo essa pacata senhora na foto ao lado, saiba que se trata nada mais, nada menos do que o ator Dustin Hoffman travestido de Dorothy Michaels, a principal estrela do filme "Tootsie" de 1982.
Nessa aclamada comédia que acompanha um ator desempregado e de personalidade difícil que decide se passar por mulher para trabalhar em uma novela, tem em Hoffman uma atuação forte, mas ao mesmo tempo dócil e verossímil. Com um belo trabalho de maquiagem e de figurino que ajudaram na formação do personagem, o longa se mostrou socialmente relevante quando levantou questões como o machismo e a desigualdade de gênero (pra quem já assistiu a obra, sabe que o próprio título faz menção á essas questões).
Em uma entrevista para a AFI, o ator demonstrou o seu verdadeiro sentimento sobre fazer este filme e o que ele aprendeu com esse papel. (clique aqui para ver, pois vale a pena)


domingo, 1 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #76ª EDIÇÃO

Estamos no primeiro domingo de Outubro. Enquanto mais uma semana se inicia, o ano vai passando cada vez mais rápido. Então antes que 2017 acabe, vamos para mais uma edição da já tradicional Sessão Sábadão. O filme analisado de hoje, é o blockbuster "Homem-Aranha: De Volta ao Lar". Então vamos ao que interessa...


Homem-Aranha: De Volta ao Lar - 2017

Elenco: Tom Holland, Michael Keaton, Jon Favreau, Robert Downey Jr., Marisa Tomei, Jacob Batalon, Laura Harrier, Zendaya e Toni Revolori.


SOBRE O FILME:
Após os eventos acontecidos na guerra civil, o jovem Peter Parker espera uma nova oportunidade para se juntar aos Vingadores e demonstrar toda a sua capacidade como super herói. Até lá, ele precisa conciliar sua vida acadêmica com as responsabilidades de ser o Homem-Aranha.
O longa é dirigido por Jon Watts, cineasta conhecido por trabalhos como "Clow" de 2014 e "A Viatura" de 2015.

PRÓS: Um pré-requisito básico para filmes deste gênero, é que seus quesitos técnicos sejam minimamente perfeitos. É exatamente isso que acontece aqui. Com uma ótima fotografia, uma edição fluida, uma trilha sonora bacana e ótimos efeitos gráficos, neste ponto a produção não foge da regularidade de seus antecessores.(1)
No quesito atuação, nos deparamos com o melhor Homem-Aranha da sétima arte, tanto na fisicalidade quanto na sua personalidade. Além de ser o único que realmente se parece com um colegial, Tom Holland consegue montar um Peter Parker cômico e extrovertido, mas ao mesmo tempo desajeitado, inseguro e inexperiente. Estes pontos transformam sua atuação mais dosada e acessível, fugindo da interpretação mega introvertida de Tobey Maguire e dos constantes gracejos de Andrew Garfield. No mais, todos os outros atores estão corretos e funcionam muito bem.(1,5)
Isso nos leva a um outro assunto importante que permeia sobre o universo cinematográfico da Marvel sempre que um novo longa é lançado: a qualidade de seu vilão. No caso de "Homem-Aranha: De Volta ao Lar", Michael Keaton nos presenteia com o melhor antagonista desde Loki dos filmes "Thor" de 2011 e "Os Vingadores" de 2012. O ator injeta carisma e perversidade ao seu personagem no ponto certo.(1)
Mesmo tendo uma estrutura narrativa um tanto quanto familiar, o roteiro guarda pequenas surpresas na conclusão de algumas subtramas. Nada de inovador, mas pelo menos refrigera o gênero de filmes de heróis que estão com a fórmula cada vez mais saturada.(0,5)


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

COLETÂNEA: STEVE CARELL

Conhecido como um dos melhores comediantes de Hollywood da última década, é impossível encontrar alguém que não curta pelo menos um dos trabalhos de Steve Carell. Versátil e extremamente talentoso, o ator não só brilhou nas comédias como surpreendeu quando decidiu sair da sua zona de conforto e arrebentar em papéis mais dramáticos. Desta maneira, nada mais justo do que garimpar os melhores trabalhos de sua filmografia e postar mais uma coletânea.





domingo, 24 de setembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #75ª EDIÇÃO

Fim de domingo e olha a gente aí outra vez! Sessão Sábadão na área com mais um longa para ser analisado. Hoje vamos de mais uma produção original da Netflix, o drama bélico "First They Killed My Father" que entrou recentemente no catálogo do site. Quer saber o que este blogger que vos fala achou deste filme? Então segue a leitura...

First They Killed My Father - 2017

Elenco: Sareum Srey Moch, Kompheak Phoeung, Sveng Socheata, Chenda Run, Dara Heng, Kimhak Mun e Tharoth Sam.


SOBRE O FILME:
Quarto longa da filmografia de Angelina Jolie como diretora, "First They Killed My Father" é uma obra original da Netflix e acompanha a história de Long Ung, uma garotinha cambojana que no alto dos seus cinco anos presencia o regime comunista do Khmer Vermelho controlar o seu país, forçando moradores as suas doutrinas e iniciando desta maneira, uma sanguinária guerra civil que pode lhe custar sua própria vida e os de seus familiares. Baseado em uma história real.

PRÓS: Vamos iniciar as citações positivas dessa produção por um ponto que chama atenção logo de cara e se sustenta durante o filme inteiro: seus quesitos técnicos. Ele se sobressai não só pela sua bela fotografia e pela competente construção de época (já que a história se passa no Camboja em meados da década de 70), mas é possível notar suas virtudes na sua edição bem desenhada, no intenso e realista trabalho de maquiagem, nas boas sequências de guerra que não fazem feio para nenhuma outra obra deste gênero, e o interessante jogo de câmera que mostram toda a evolução de Angelina Jolie como cineasta desde o primeiro longa que dirigiu em 2011.(1,5)
No quesito interpretativo não há o que salientar negativamente, mas o destaque vai todo para a jovem Sareum Srey Moch que interpreta a protagonista. Não se trata de uma das 10 melhores atuações infantis de todos os tempos, pois faltou injetar mais emoção ou mais veracidade em alguns pontos cruciais do filme, mas no geral ela se sai muito bem. Não há muitos diálogos e nem muitos excessos, é uma construção de personagem moldada a base de olhares e pequenos gestos que expressam todo o medo, a pureza, a tristeza, a esperança e até mesmo a raiva de maneira muito coerente.(1,5)
O roteiro de "First They Killed My Father" é essencialmente bom, pois desenvolve bem sua premissa, trabalha os sentimentos fraternais de seus personagens sem cair constantemente na pieguice e ganha corpo e pujança no seu ato final.(1,5)

domingo, 17 de setembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #74ª EDIÇÃO

Mais uma vez a Sessão Sábadão invade seu domingo para iniciar mais uma semana com o pé direito. O filme da vez é o intenso e repleto de adrenalina "Baby Driver" (que no Brasil recebeu o péssimo nome de "Em Ritmo de Fuga" concorrendo como a pior adaptação de título em 2017). Quer saber qual foi as impressões deste blogger que vos fala em relação a este filme? Então pegue seus fones de ouvido, coloca "Easy" do The Commodores no talo e vamos ao que interessa...


Em Ritmo de Fuga - 2017

Elenco: Ansel Elgort, Kevin Spacey, Lily James, Jammie Foxx, Jon Hamm, Eiza González, CJ Jones, Jon Bernthal, Lanny Joon e Flea.


SOBRE O FILME:
Dirigido pelo cineasta e roteirista Edgar Wright (o mesmo que dirigiu os divertidíssimos "Todo Mundo Quase Morto" de 2004, "Scott Pilgrim Contra o Mundo" de 2010 e "Heróis da Ressaca" de 2013), "Em Ritmo de Fuga" conta a história de Baby, um jovem motorista aficionado por música, que presta seus serviços como piloto de fuga para os trabalhos de Doc, um criminoso influente. Desejando se livrar de tudo isso, ele conhece a garçonete Debora, tendo nela sua grande esperança de redenção e liberdade, mas antes precisa realizar a sua última missão.

PRÓS: O elemento principal do filme é o seu ponto forte. As sequências de ação que contém perseguição automobilísticas, fuga e tiroteio são envolventes e muito bem trabalhadas. A produção se preocupa em manter essas cenas repletas de adrenalina sem deixar de lado o realismo. Claro que se tratam de manobras extremamente difíceis de serem executadas mas nunca impossíveis. Isso fortalece o teor das cenas.(2)
Isso nos leva a outro ponto positivo do longa: os quesitos técnicos. Os efeitos especiais, a fotografia, a ótima edição e a trilha sonora se tornam recursos que se misturam e se completam constantemente, trabalhando a narrativa de forma muito dinâmica.(2)
"Em Ritmo de Fuga" é um daqueles que filmes que a interpretação não é um fator predominante desde que não seja feita de maneira muito ruim. Este justamente é o caso aqui. Dentro de uma linha de atuação generalizada que se distribui entre o mocinho, a mocinha e o vilão (ou os vilões), todo mundo do elenco consegue se sair satisfatoriamente bem. Não consigo destacar ninguém acima ou abaixo da média nesse quesito, apenas funcionais.(1)


quinta-feira, 14 de setembro de 2017

FILMES RELIGIOSOS

A religião é um dos pontos principais da sociedade, afinal a presença ou a falta dela na vida de uma pessoa influencia na formação de caráter de um ser humano e na maneira como ele enxerga as coisas ao seu redor. Lógico que a sétima arte não escaparia desse segmento e muitos filmes com temática religiosa são lançados constantemente. Em cima disso, a matéria de hoje listará exemplos do que há de melhor e de pior neste gênero. Lembrando que esse blog não tem absolutamente nada contra nenhum tipo de religião/crença/fé, por isso os elogios e as críticas são baseadas em um olhar que visa os filmes como meras obras cinematográficas e nada mais. Dito isso, vamos ao que interessa:



FILMES BONS


A Paixão de Cristo (2004)



Vamos começar com aquele que eu considero o melhor filme que contém essa abordagem: "A Paixão de Cristo", lançado em 2004 e dirigido por Mel Gibson. Honesto, forte, realista e verdadeiramente cruel, esse se tornou o longa definitivo que se baseia na história original de Jesus Cristo, o Filho de Deus que deixou os céus para ser crucificado pelos nossos pecados. Nada mais do que uma poderosa obra de arte.

domingo, 10 de setembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #73ª EDIÇÃO

Mais uma semana prestes a se iniciar e o blog Eu e o Cinema está preparada para mais uma edição da Sessão Sábadão! O filme desse domingo é a comédia "A Noite É Delas", lançada neste ano e protagonizada por Scarlett Johansson. Quer saber qual foi o diagnóstico para este longa, então segue a leitura...


A Noite É Delas - 2017

Elenco: Scarlett Johansson, Jillian Bell, Kate McKinnon, Zoë Kravitz, Ilana Glazer, Paul W. Downs, Ryan Cooper, Demi Moore e Ty Burrell.


SOBRE O FILME:
Nessa comédia para maiores de 16 anos, Jess é uma candidata ao senado que está prestes a se casar. Para comemorar a despedida de solteiro, ela se encontra com suas antigas e melhores amigas para uma noite de festas em Miami, mas as coisas fogem do controle completamente quando matam um stripper por acidente.
Se trata do primeiro longa dirigido pela cineasta Lucia Aniello e recentemente chegou ao Brasil diretamente em DVD devido ao fracasso de público nos Estados Unidos.

PRÓS: Uma grande parte da prosperidade de uma comédia está empenhada ao seu elenco. Se os atores que conduzem a história não estiverem afiados, dificilmente a obra se sairá bem. As atrizes que carregam "A Noite É Delas" estão longa de formar uma espécie de Monty Python feminino mas não fazem feio. Todas estão muito a vontade em seus papéis e o roteiro trabalha de uma maneira em que todas possam ter o seu momento com performances satisfatoriamente cômicas. Destaco Scarlett Johansson que está bem e encontra o timing e fluidez necessárias para a sua atuação e também Kate McKinnon, que mesmo interpretando uma versão exagerada e quase ofensiva do povo australiano, é a mais engraçada do grupo pois se sobressai tanto nas piadas situacionais quanto nas piadas físicas.(1)
Em meio a tanta apelação e falta de sutileza o roteiro contém algumas sacadas satíricas bem bacanas e até um quê de crítica social. Um exemplo bacana é como o filme trabalha o circulo de amizade entre as meninas e o circulo de amizade do noivo da personagem principal. A inversão que ele propõe funciona e foge, mesmo que momentaneamente, da previsibilidade dos gêneros.(0,5)
O segundo ato de "A Noite É Delas" é sem dúvidas o melhor momento da obra, pois é justamente aí que o humor se instala de maneira mais convicta e consegue transitar com bastante fluência entre todas as suas variações.(1)