sexta-feira, 6 de outubro de 2017

MUDANÇA DE SEXO

Atualmente vivemos em um tempo de pluralidades. Pluralidade de idéias, pluralidade racial, pluralidade religiosa e pluralidade de gêneros. Baseando-se nessa última questão citada, o blog "Eu e o Cinema" resolveu levantar as melhores "mudanças de sexo" da história da sétima arte. Aqui levaremos em consideração a qualidade e a veracidade das maquiagens e não o longa metragem em si, sendo assim, esqueça o disfarce dos irmãos Wayans em "As Branquelas" ou a Amanda Bynes se passando por um estudante em "Ela é o Cara". Aqui só vai rolar a nata cinematográfica das transformações. Vamos lá?


Tootsie (1982)

Dustin Hoffman como Dorothy Michaels


Caso não esteja reconhecendo essa pacata senhora na foto ao lado, saiba que se trata nada mais, nada menos do que o ator Dustin Hoffman travestido de Dorothy Michaels, a principal estrela do filme "Tootsie" de 1982.
Nessa aclamada comédia que acompanha um ator desempregado e de personalidade difícil que decide se passar por mulher para trabalhar em uma novela, tem em Hoffman uma atuação forte, mas ao mesmo tempo dócil e verossímil. Com um belo trabalho de maquiagem e de figurino que ajudaram na formação do personagem, o longa se mostrou socialmente relevante quando levantou questões como o machismo e a desigualdade de gênero (pra quem já assistiu a obra, sabe que o próprio título faz menção á essas questões).
Em uma entrevista para a AFI, o ator demonstrou o seu verdadeiro sentimento sobre fazer este filme e o que ele aprendeu com esse papel. (clique aqui para ver, pois vale a pena)



Albert Nobbs (2011)

Glenn Close como Albert Nobbs


Acreditem, mas esse nobre senhor que parece viver na época da antiga Irlanda é na verdade a atriz Glenn Close transformada em Albert Noobs, personagem que dá nome ao título do filme. Com uma feição coberta de traços fortes e com o auxílio de um ótimo trabalho de maquiagem, Glenn conseguiu injetar total credibilidade para a história que conta sobre uma mulher que decide se passar por um mordomo para sobreviver ao severo desemprego que assola o país irlandês no século XIX.
Se o longa não é uma unanimidade na opinião crítica, a interpretação da atriz se sobressaiu de tal maneira que sua embasbacante performance chegou a concorrer a diversas premiações, entre elas o Oscar, o Globo de Ouro e o Screen Actor Guild Awards.
Uma curiosidade que envolve a produção, é que Glenn Close foi escolhida para o papel porque já o fez em uma peça de teatro décadas atrás, facilitando o recrutamento da mesma para o elenco da película. 


Uma Babá Quase Perfeita (1993)

Robin Williams como Ms. Doubtfire


Provavelmente uma das transformações mais famosas e mais competentes da história do cinema, a mutação de Robin Williams para Sra. Euphegenie Doubtfire alcançou enorme sucesso e elevou o status de "Uma Babá Quase Perfeita", tornando-a em uma das obras mais notáveis da vasta e relevante carreira do ator.
No filme, Williams interpreta Daniel, um comediante desempregado e recém divorciado que ao perder a guarda de seus filhos se disfarça de governanta para passar mais tempo com eles.
Fora a peruca, a máscara, os dentes falsos e os demais acessórios, o ator se inspirou no sotaque escocês do diretor Bill Forsyth (cineasta com quem trabalhou no filme "Segredos da Vida" de 1993) para compor a personagem.




Eu Não Estou Lá (2007)

Cate Blanchett como Jude Quinn


Ao assistir "Eu Não Estou Lá", você provavelmente se perguntou quem era o ator que é extremamente parecido com o Bob Dylan e interpretou uma das fases do cantor neste longa biográfico. Seu queixo caiu quando descobriu que aquele cara era na verdade a talentosíssima atriz Cate Blanchett.
Totalmente isenta do glamour e da vaidade que lhe é corriqueira em seus filmes, a atuação de Cate foi carregada de peso, sarcasmo, detalhismo e porque não dizer, testosterona. A atuação foi tão convincente que rendeu uma das tantas indicações á "Melhor Atriz" em sua carreira. 
Fora Cate, atores como Christian Bale, Richard Gere e Heath Ledger também deram vida a diferentes fases do cantor de folk, mas nenhum deles chamou tanto a atenção do público e da crítica especializada quanto a atriz.


Minha Mãe é Uma Peça - O Filme (2013)

Paulo Gustavo como Dona Hermínia


Não é apenas Hollywood que consegue transformar os gêneros de seus atores e atrizes com sucesso. O cinema brasileiro também tem o seu exemplo de mudança de sexo com resultados plenamente satisfatórios. Em "Minha Mãe é Uma Peça - O Filme" de 2013, Paulo Gustavo dá vida a Dona Hermínia, uma excêntrica e desbocada dona de casa que pena para cuidar de seus dois filhos adolescentes. 
Antes de se tornar um longa metragem, a obra foi adaptada de uma peça teatral homônima e o ator se inspirou na sua própria mãe para montar os trejeitos, a fala e a personalidade de sua personagem. Porém seu talento consegue transpassar o nível caricato e o que poderia ser apenas uma imitação se torna algo funcional, verdadeiro e genuíno. Tanto que você se pega várias vezes pensando que Dona Hermínia é de fato interpretada por uma atriz.



Meninos Não Choram (1999)

Hillary Swank como Brandon Teena


Não tem como falar desse tema sem mencionar a interpretação de Hillary Swank em "Meninos Não Choram" de 1999. Assim como Cate Blanchett, Hillary também abriu mão da sua vaidade para cair de cabeça em um dos personagens mais antológicos do cinema recente. O filme conta a história de uma mulher que assume sua sexualidade e decide se passar como homem. Nesse meio tempo ela engata um romance com uma jovem mãe solteira e sofre duras consequências quando é descoberta. Com uma atuação simples e ao mesmo tempo poderosa, a atriz conseguiu levar o sua primeira estatueta de "Melhor Atriz" com este trabalho e o longa se transformou em uma obra tremendamente conceituada até os dias de hoje. 





A Garota Dinamarquesa (2014)

Eddie Redmayne como Lili Elbe


Por fim, vamos falar de um caso que tem bastante a ver com o post de hoje. Baseado na história de um dos primeiros casos de mudança de sexo da humanidade, "A Garota Dinamarquesa" traz Eddie Redmayne como Einar Wegener, um rapaz que descobre sua sexualidade depois de posar como modelo feminino para as obras de sua esposa. Dessa maneira, ele se transforma em Lili Elbe e decide se submeter a uma das primeiras cirurgias de redesignação sexual da história.
Com uma atuação singela, gradativa e sensível complementada por um competente trabalho de maquiagem, Redmayne foi um dos pontos positivos do longa e concorreu ao Oscar na categoria de "Melhor Ator". 
Melhor maneira para encerrar essa matéria!




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