quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #41ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Agora sim, sem atrasos e completamente restabelecido, o blog "Eu e o Cinema" volta a sua programação normal. E pra quem ainda não sabe, nesse mês de Fevereiro estamos respirando o Oscar, sendo assim, temos mais um filme concorrente ao principal prêmio da cerimônia para analisar, e o escolhido da vez é o musical "La La Land". Vamos lá?...


La La Land - 2016

Elenco: Emma Stone, Ryan Gosling, John Legend e Rosemarie Dewwit 

Nota (0/10): 9,5
Dirigido por Damien Chazelle, o mesmo do excelente "Whiplash", "La La Land" é um musical que conta a história de amor entre Mia, uma garçonete aspirante a atriz e Sebastian, um jovem pianista de jazz e a jornada de ambos para realizarem seus sonhos.

PRÓS: A sequencia musical que inicia "La La Land" já te indica um de seus pontos fortes logo de cara: a sua direção impecável. E enquanto a película progride, esse indício se torna certeza. Os empolgantes jogos de câmera, a edição afiada, o visual vibrantemente colorido, entre outras coisas, mostram que Damien Chazelle tinha o filme nas mãos. 
Como se trata de um musical, nada mais justo do que falar mais especificamente sobre esse quesito primordial da obra. As canções em sua maioria são boas e muito bem trabalhadas (destaco a empolgante "Another Day of Sun" e a melodiosa "City of Stars"). A mesma competência se estende as coreografias apresentadas nas sequencias musicais. Meticulosas, porém acessíveis em sua maioria, todos os atores envolvidos nestas cenas se saem extremamente bem.
Falando de atuação, não tem jeito, Emma Stone e Ryan Gosling formam a cabeça, o corpo e a alma de "La La Land". Tirando a química entre os dois que não é nenhuma novidade (pois já trabalharam anteriormente como par romântico em "Amor a Toda Prova" de 2011, e "Caça aos Gângsteres" de 2013), separados eles também dão um show a parte a começar por Emma Stone. Jovial, graciosa e espontânea, a atriz dá a dose perfeita de força e fraqueza que a sua personagem pede. Uma performance digna das premiações que vem recebendo até aqui. O mesmo acontece com Gosling, pois o ator consegue injetar personalidade ao seu personagem com uma atuação pretensiosamente despretensiosa (?) que mistura cinismo, um leve sarcasmo e muito entusiasmo, mas nada que justifique a indicação recebida de "Melhor Ator" no Oscar desse ano. O cantor John Legend também está no elenco com um papel importante e mesmo não dando uma grande atuação, ele não compromete a qualidade da obra.