domingo, 5 de novembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #81ª EDIÇÃO

Entramos no penúltimo mês de 2017 e as máquinas do "Eu e o Cinema" não param. Hoje vamos com o drama policial "Terra Selvagem" na octogésima primeira edição da Sessão Sábadão. Estrelado por Jeremy Reener e Elizabeth Olsen, o longa foi recém lançado nos cinemas brasileiros neste início de mês.

Terra Selvagem - 2017

Elenco: Jeremy Reener, Elizabeth Olsen, Kelsey Chow, Graham Greene, Gil Birmingham, John Bernthal, James Jordan e Martin Sensmeier.


SOBRE O FILME:
Após o corpo de uma jovem aparecer congelado no alto das montanhas de neve, uma novata agente do FBI é encaminhada para iniciar uma investigação. Chegando lá, recebe apoio dos oficiais locais, inclusive de um caçador autônomo que com este caso, revive uma tragédia familiar.
O longa é dirigido por Taylor Sheridan, que é mais conhecido como roteirista devido a trabalhos como "Sicário: Terra de Ninguém" de 2015 e "A Qualquer Custo" de 2016. No papel de diretor esse é apenas seu primeiro filme.

PRÓS: Vamos iniciar nossa análise pelos ótimos quesitos técnicos que a obra contém. Com planos aéreos belíssimos, uma fotografia muito bem trabalhada, uma maquiagem eficaz e um cenário extremamente imersivo que quase se torna um personagem da história, transformam este setor em um poderoso recurso para o andamento da trama.(2)
O roteiro de "Terra Selvagem" é bastante sucinta e pontual. Com uma narrativa engajante e gradativa, a história passeia levemente em alguns terrenos impactantes como o luto e em questões sociais como o machismo e até mesmo o racismo. Tudo isso o torna bastante rico em substância, mas desenvolvida de uma maneira direta e sem rodeios, fator esse que acaba influenciando até na duração do longa que tem um período inferior a outras obras do gênero que contém uma premissa parecida.(1,5)
No quesito interpretativo, todos brilham em seus respectivos papéis. Se atentando ao núcleo principal, temos uma atuação muito poderosa de Jeremy Reener e de Elizabeth Olsen. Enquanto o ator consegue passar uma gama imensa de emoções com pouca expressão física e diálogos introspectivos, a atriz dá o tom exato de uma personalidade mais sentimental e intrigada, mas ao mesmo tempo forte e decidida. Também é valido destacar a ótima interpretação de Gil Birmingham, que diferentemente de sua participação em "A Qualquer Custo" de 2016, está muito bem aqui e tem algumas das melhores conversações deste filme.(1,5)