quinta-feira, 17 de maio de 2018

ENVELHECERAM MAL

Envelhecer não é privilégio pra uns e pra outros, isso faz parte do ser humano. Tudo depende de como você quer estar na sua velhice e de como vem se preparando pra isso. Suas escolhas definirão se você vai chegar bem ou não a sua melhor idade. Mas quando este blog de cinema resolve postar uma matéria sobre o assunto, na realidade ele está mais interessado em explorar o âmbito cinematográfico da coisa, ou seja, atores e atrizes hollywoodianos que tiveram uma ótima filmografia quando mais jovens e simplesmente decidiram se entregar a diversas produções no mínimo questionáveis quando chegaram a velhice. Várias teses explicam esse fenômeno, como os casos de estrelas hollywoodianas que para não sucumbirem nas dividas abrirão mão de roteiros mais refinados para seus filmes, entre outros exemplos. Mas a verdade é que isso acontece bastante e esse pessoal a seguir faz parte dessa lista. Vamos a eles?!...


Morgan Freeman


O lendário ator Morgan Freeman já tinha mais de 50 anos de idade quando alcançou sucesso em Hollywood. Seu primeiro filme de destaque foi o simpático e premiado "Conduzindo Miss Dayse" de 1989, aonde interpretava o bondoso motorista Hoke Colburn (papel esse que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar). Depois disso vieram diversos clássicos como "Tempos de Glória" também de 1989, "Os Imperdoáveis" de 1992, "Um Sonho de Liberdade" de 1994, "Se7en" de 1995, "Amistad" de 1997 e por aí vai. Com a chegada dos anos 2000, os filmes de gosto duvidoso começavam a aparecer com mais frequência na filmografia de Freeman, mas ainda havia espaço para obras como "Menina de Ouro" de 2004 e "Invictus" de 2009. De lá pra cá, produções fraquíssimas como "Red" de 2010, "Invasão a Casa Branca" e "Última Viagem a Vegas" de 2013 e "Ben-Hur" remake de 2017 começaram a tomar conta da carreira do ator afastando os clássicos que um dia lhe fizeram frente.


domingo, 13 de maio de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #104ª EDIÇÃO

Antes de tudo: Feliz dia das mães pra você leitora desse blog que é mamãe! Felicidades e muita saúde são os votos do "Eu e o Cinema" para você! Como presente, temos mais uma edição novinha em folha da Sessão Sábadão aonde iremos analisar o longa francês "Os Fantasmas de Ismael". Lembrando que o dia é todo da mamãe, mas a crítica é pra todo mundo... Vamos lá?


Os Fantasmas de Ismael - 2017

Elenco: Mathieu Amalric, Charlotte Gainsbourgh, Marion Cotillard, Louis Garrel, Alba Rohrwacher e László Szabó.


SOBRE O FILME:
Vinte anos após o desaparecimento de Carlota, sua primeira esposa, Ismael, um cineasta sistemático que vive em um novo relacionamento estável e está prestes a iniciar um novo filme inspirado no seu irmão. As coisas ficam problemáticas quando a sumida mulher, que já era dada como morta, resolve voltar pra casa atrás do tempo perdido.
Lançado em 2017 e recém chegado aos cinemas brasileiros, "Os Fantasmas de Ismael" é um filme francês dirigido por Arnaud Desplechin, que volta a trabalhar com o ator Mathieu Amalric pela sétima vez.

PRÓS: Logo de cara, "Os Fantasmas de Ismael" surpreende pelo seu elenco talentoso que supera as expectativas geradas. O trio protagonista é o maior destaque neste quesito. Enquanto Charlotte Gainsbourgh entrega uma interpretação sucinta, sem muitos exageros, passando muita dúvida, desconfiança e intriga, Marion Cotillard brilha com seu carisma, charme e doçura sem deixar de lado o mistério que está sempre pairando em seu olhar. Já Mathieu Amalric, dá uma performance mais pulsante e enérgica explorando diversos sentimentos como a angústia, conformidade, raiva, desespero e paixão.(1,5)
Fora a premissa interessante, o roteiro entrega ótimos diálogos existenciais. São conversações que não se perdem em exposições gratuitas mas conseguem transpassar a essência de seus personagens com muita exatida. Existe conteúdo, devaneios e força nas palavras.(1,5)
Devido a maneira que Arnauld Desplechin conduz "Os Fantasmas de Ismael", os quesitos técnicos se tornam mais do que usuais e passam a fazer parte da obra contribuindo muito para o andamento da trama. Bem fotografado e com uma ótima cinematografia, o longa também contem uma edição propositalmente bagunçada que até confunde o espectador mas o insere na atmosfera da história com muita propriedade, afinal, imagine-se você no lugar do Ismael... Pois é...(1)


quarta-feira, 9 de maio de 2018

COLETÂNEA: STUDIOS GHIBLI

Hoje a nossa coletânea não se tratará de atores, atrizes ou diretores. O post de hoje focará nos sete melhores trabalhos de um estúdio de animação, mais precisamente os Studios Ghibli. Responsável por uma importante e relevante gama de filmes animados, a produtora pode até ser apelidada de Disney do oriente. Fundada no Japão em 1985 pelos geniais Hayao Miyazaki, Isao Takahata, Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma, os Studios Ghibli tem lançado muita coisa boa de lá pra cá e caso você não conheça suas obras, o "Eu e o Cinema" está aqui pra te ajudar... Vamos, então?!




domingo, 6 de maio de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #103ª EDIÇÃO

Após 10 anos desde o primeiro filme lançado pelo Universo Marvel ("Homem de Ferro" de 2008), chegamos naquela que é a obra mais esperada pelos fãs de Tony Stark, Capitão América, Thor, entre outros: "Vingadores: Guerra Infinita". É um filmão? Nem tanto? Se quer saber a opinião deste blogger que vos fala, prepare sua manopla do infinito e vamos para a crítica de hoje...


Vingadores: Guerra Infinita - 2018

Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Josh Brolin, Scarlett Johansson, Chris Pratt, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Zoë Saldaña, Elizabeth Olsen, Chadwick Boseman, Dave Bautista, Danai Gurira, Paul Bettany, Sebastian Stan e grande elenco...


SOBRE O FILME:
Após eventos dos filmes anteriores, Thanos, um poderoso ser das galáxias, parte em uma busca para a captura das seis pedras do universo e se tornar a criatura mais indestrutível de todas e colocar o seu plano maléfico em ação. Para impedi-lo, os Vingadores, os Guardiões da Galáxia, Doutor Estranho e o Pantera Negra unem suas forças afim de salvar a humanidade mais uma vez.
O longa é dirigido pelos irmãos Russo que também estiveram a frente de "Capitão América: O Soldado Universal" de 2014 e "Capitão América: Guerra Civil" de 2016, e já estão confirmados como diretores do próximo "Vingadores" que tem data de lançamento prevista para 2019.

PRÓS: Vamos falar dos pontos positivos dessa obra de maneira crescente e pra começar vamos citar os quesitos interpretativos. Todos continuam bem e a vontade nos papéis que eles já interpretam há um bom tempo, em alguns casos, há 10 anos pelo menos. O grande diferencial deste quesito fica por conta de Josh Brolin interpretando o personagem Thanos, mas ele é um assunto para mais tarde.(0,5)
Os quesitos técnicos, assim como os interpretativos, também vão bem como sempre. Com exceção de alguns escorregões da computação gráfica (falaremos disso nos pontos negativos), a fotografia, a edição, a cinematografia e os efeitos especiais estão primorosos.(1)
Vale dizer que o roteiro de "Vingadores: Guerra Infinita" tem sim uma premissa básica e simplória contendo uma porção de subtramas devido ao vasto número de personagens que o filme traz. Mesmo assim, a estrutura narrativa é construída de maneira tão coesa que consegue amarrar todas as pontas dessa história deixando pouco espaço para pontas soltas e desconexas contando com um humor decrescente muito eficaz e elaborado.(1)
Assistir a um longa com mais de duas horas e meia requer tempo e muita paciência. Entretanto, o ritmo que conduz a película é tão fluido, tão hábil e instigante que o espectador nem sente o peso da longa duração devido ao entretenimento incessante que a história traz.(1,5)
Por fim, chegamos ao ponto mais alto de "Guerra Infinita": Thanos! É oficial, vilões não são mais problemas para o universo cinematográfico da Marvel que entrega aqui o melhor deles disparado! Mesmo tendo uma motivação genérica e quadrinhesca, a interpretação de Josh Brolin (com auxílio de uma espetacular construção digital de personagem) transforma Thanos em um personagem repleto de camadas. Existe maldade nele, mas também misericórdia. Existe ódio mas também sentimentos nobres. Existe um monstro que quer guerra para obter aquilo que ele chama de paz. É um puta vilão! Sem dúvida nenhuma, o supertitã rouba o filme e se torna a melhor coisa que ele oferece.(2)


domingo, 29 de abril de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #102ª EDIÇÃO

Há exatamente um ano atrás e cinquenta e duas edições depois, a Sessão Sábadão retorna com a continuação do único filme (até hoje) a receber a única nota zero do quadro, o terceiro e último filme da franquia "Fifty Shades": "Cinquenta Tons de Liberdade". O que será que nos aguarda dessa vez? Só lendo pra descobrir...

Cinquenta Tons de Liberdade - 2018

Elenco: Dakota Johnson, James Dornan, Eric Johnson, Eloise Mumford, Luke Grimmes, Rita Ora, Brant Daugherty, Arielle Kebbel, Marcia Gay Harden e Kim Basinger.


SOBRE O FILME:
Após os acontecimentos do segundo filme, o casal Christian e Anastasia resolvem se casar para construir uma vida juntos regada a muito amor e pouco sexo. Paralelamente, eles precisam se livrar de uma antiga ameaça que resolveu retornar motivado por uma razão tola e que não cola.
A direção volta a ser de James Foley, que já esteve a frente do longa anterior.

PRÓS: Assim como no primeiro e segundo "Fifty Shades", quase nada se salva desta obra catastrófica. Os quesitos técnicos continuam satisfatórios. A fotografia continua bonita, o trabalho de edição continua competente e os cenários continuam belos e bem valorizados pela cinematografia. Se por um lado o roteiro, o enredo e a trama do filme são completamente difíceis de assistir, acaba compensando nos quesitos visuais.(0,5)
As cenas de sexo são no máximo, ok. Nada que justifique todo o furor que envolve a obra, mas são bem coreografadas e funcionam, mesmo que minimamente.(0,5)


quinta-feira, 26 de abril de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #101ª EDIÇÃO

Sessão Sábadão em plena quinta feira para compensar a ausência de posts das últimas semanas. E na centésima primeira edição, vamos analisar "Operação Red Sparrow", longa de 2018 protagonizado por Jennifer Lawrence e que gerou bastante polêmica pelo seu teor supostamente sexista. Quer saber o que o blog achou do filme? Então se acomode e siga a leitura...


Operação Red Sparrow - 2018

Elenco: Jennifer Lawrence, Joel Edgerton, Matthias Schoenaerts, Jeremy Irons, Thekla Reuten, Mary-Louise Parker, Sebastian Hülk, Douglas Hodge, Charlotte Rampling e Ciarán Hinds.


SOBRE O FILME:
Após sofrer um acidente que a afasta dos palcos, uma ex-bailarina russa acaba sendo recrutada por uma organização de espionagem governamental aonde se torna uma agente sparrow. Usando sua beleza, seus dotes físicos e seu poder de sedução, a jovem é usada como a principal arma de seu país para desvendar um perigoso mistério que envolve traição e tramas conspiratórias.
O filme é dirigido por Francis Lawrence, conhecido por trabalhos como "Constantine" de 2005, "Eu Sou a Lenda" de 2007 e os três últimos longas da franquia "Jogos Vorazes" que também são protagonizados por Jennifer Lawrence.

PRÓS: Um dos pontos positivos que me ganhou logo de cara e me deixou investido nos primeiros minutos da trama, é a violência visceral que "Operação Red Sparrow" apresenta. Forte, incômodo e bastante gráfico, esse elemento (quando bem feito) é sempre bem vindo em longas deste gênero, pois ele acaba ganhando mais peso e mais personalidade.(0,5)
Nos quesitos técnicos, o filme é um primor! Bela cinematografia e fotografia, edição dinâmica, interessante jogo de câmeras, ótimo trabalho de maquiagem e uma trilha sonora precisa e elaborada.(1)
Na transição do segundo para o terceiro ato é aonde o longa tem seu melhor momento. Sua trama conspiratória ganha fluidez e dinamismo graças ao roteiro que desenvolve alguns elementos de maneira quase imprevisível. Por mais que você suspeite aonde a história vai chegar, o filme consegue te surpreender em determinados eventos que resultaram naquela situação.(1)
O elenco é talentoso e bastante operante, mas poucos se destacam. No centro, temos Jennifer Lawrence em uma atuação pontual que mistura raiva, medo, imponência e sensualidade dentro de uma performance minimalista aonde quase tudo é transpassado apenas com o olhar ou pequenos movimentos. Joel Edgerton também da uma boa interpretação e Jeremy Irons consegue fazer muito com o pouco que o roteiro te dá.(1)


terça-feira, 24 de abril de 2018

ERA TÃO BOM ASSIM? - #4ª EDIÇÃO

Se você conhece e acompanha o blog há algum tempo, sabe que considero "Querida, Encolhi as Crianças" de 1989 um dos melhores filmes de aventura de todos os tempos e como bom pai que sou, o mostrei para minha filha mais velha que também adorou a história. Recentemente, descobrimos que no catálogo da Netflix continha a sua continuação "Querida, Estiquei o Bebê" de 1992 disponível para assistir. Como já fazem décadas que não via essa película, resolvi matar dois coelhos numa cajadada só: ter um novo programa familiar cinematográfico regado a pipoca e guaraná, e analisar esse longa com os meus olhos cínicos de adulto e ver se realmente ele é tão bom assim como eu achava tempos atrás.

Querida, Estiquei o Bebê - 1992

Elenco: Rick Moranis, Joshua Shalikar, Daniel Shalikar, Robert Oliveri, Marcia Strassman, John Shea, Lloyd Bridges, Keri Russell, Gregory Sierra, Ron Canada e Amy O'Neill.


SINOPSE:
Alguns anos após os eventos de "Querida, Encolhi as Crianças", a família Szalinski se muda para o estado de Nevada e o patriarca/cientista atrapalhado Wayne está trabalhando em uma mega corporação que deseja realizar experimentos que esticam coisas. Na busca por resultados, ele acaba acertando acidentalmente seu filho mais novo, o bebê Adam. Consequentemente, a criança vai esticando gradativamente até se tornar gigantesco, causando o caos por onde passa chegando até a cidade de Las Vegas.
O longa foi dirigido por Randal Kleiser, renomada cineasta que esteve a frente de clássicos do cinema pipoca como "Grease" de 1978 e "A Lagoa Azul" de 1980.
Inicialmente, "Querida, Estiquei o Bebê" não seria uma continuação do filme de 1989. Na ideia original, ele contaria a história de uma criança que se tornaria gigante após ser atingido por um raio acidentalmente e se chamaria "Big Baby". Diante deste roteiro, os produtores da Disney viram uma grande oportunidade de transformar a obra em uma sequência de um dos seus maiores sucessos da década anterior, gerando assim a continuação que todos conhecem.

domingo, 22 de abril de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #100ª EDIÇÃO

Enfim chegamos a centésima edição da nossa tão amada Sessão Sábadão!!!🎈🎇🎆🎇🎆🎈E para comemorar a marca de cem filmes analisados por esse humilde blog, vamos destrinchar um dos suspenses mais falados de 2018 até então: o assustador "Um Lugar Silencioso". Então, sem mais delongas, vamos logo ao que interessa iniciando essa nova fase do nosso quadro que bateu o tão esperado número de três dígitos neste momento...

Um Lugar Silencioso - 2018

Elenco: Emily Blunt, John Krasinski, Millicent Simmonds, Noah Jupe e Cade Woodward.


SOBRE O FILME:
Passado em um futuro distópico e não muito distante aonde o mundo foi devastado por criaturas monstruosas, uma família de sobreviventes residem em um lugar afastado no meio da floresta. Para continuarem vivos, eles precisam manter silêncio absoluto, já que qualquer barulho serve como gatilho para atrair os monstros até eles. O filme é dirigido e co-protagonizado por John Krasinski, mais conhecido pela sua participação na série americana "The Office".

PRÓS: Para começar citando as qualidades de "Um Lugar Silencioso", vamos pelo seu ponto positivo mais crucial: a sua estrutura narrativa. Construída de maneira correta e crescente, ela consegue valorizar seus protagonistas desenvolvendo a personalidade de cada um com bastante cuidado, mistifica o seu vilão entregando a noção exata do perigo e do pavor que ele representa e insere de maneira ideal toda a tensão necessária para o desenvolvimento da trama.(2)
Outro ponto positivo que se sobressai são os quesitos técnicos do longa. A sua bela fotografia, sua ótima cinematografia e sua trilha sonora imersiva colaboram com a obra e com a inserção do espectador na história.(1)
As atuações do elenco também merecem ser salientadas positivamente. Neste quesito, o principal destaque vai para Emily Blunt que com muita entrega dá uma interpretação forte e complexa misturando diversos sentimentos como serenidade, amor, pânico, dor e coragem. Vale citar o trabalho de John Krasinski que desenvolve um personagem que precisa encarar toda a dificuldade e impotência da situação que se encontra, e por fim, os atores mirins que agregam muito para o resultado final da obra.(1,5)
Outra coisa bacana de "Um Lugar Silencioso" é que ele não se estende mais que o necessário. Com uma duração pontual para filmes deste gênero, ele não corre o risco de se tornar cansativo e/ou redundante.(0,5)

terça-feira, 17 de abril de 2018

COLETÂNEA: GUILLERMO DEL TORO

E lá vamos nós para a segunda coletânea do ano de 2018. Dessa vez vamos listar os sete melhores trabalhos do cineasta recém oscarizado Guillermo Del Toro. Nascido no México, o diretor ficou conhecido em Hollywood pelos seus filmes que ostentam elementos fantásticos como monstros e seres sobrenaturais, sem deixar de lado a qualidade de seus roteiros. Então, sem mais delongas vamos logo ao que interessa e destrinchar os melhores trabalhos de Del Toro, segundo a opinião deste reles e humilde blog.




domingo, 25 de março de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #99ª EDIÇÃO

Prestes a terminar o primeiro trimestre de 2018 (o ano tá voando!) e á uma semana da centésima edição da Sessão Sábadão, vamos de um filme que foi lançado no ano passado mas chegou aos cinemas brasileiros apenas nessa semana: "Last Flag Flying" que no Brasil recebeu o título de "A Melhor Escolha"). Então prepare seus óculos e sua bandeira e vamos para a nossa crítica de número 99...

A Melhor Escolha - 2017

Elenco: Bryan Cranston, Steve Carell, Laurence Fishburne, J.Quinton Johnson, Yul Vazquez e Cicely Tyson.


SOBRE O FILME:
Passado no ano de 2003, o longa acompanha a jornada de Larry "Doc" Shepherd, um ex-militar da marinha que após perder seu único filho na guerra do Iraque, decide reunir seus antigos amigos do Vietnã para uma jornada em busca dos seus direitos para enterrá-lo em sua cidade natal. O filme é dirigido por Richard Linklater, cineasta conhecido pela trilogia "Antes do Amanhecer" de 1995, "Antes do Pôr-do-Sol" de 2004 e "Antes da Meia Noite" de 2013, fora os cultuados "Escola do Rock" de 2005 e "Boyhood" de 2014.

PRÓS: A primeira coisa que precisamos salientar nesta obra, é que assim como a maioria dos filmes de Linklater, "A Melhor Escolha" não tem "grandes ambições". É um roteiro que trata uma história trivial investindo seu tempo em diálogos naturais e situações familiares. Dito isso, pode-se acrescentar que o cineasta se sai bem mais uma vez, e consegue trabalhar com muita fluidez e dinamismo em cima daquilo que o próprio longa propõe.(1)
Ainda falando sobre o roteiro, temos na trama dramática que aborda assuntos como o luto, o envelhecimento e o arrependimento. Mesmo assim, é possível encontrar elementos cômicos que funcionam com bastante eficiência, deixando a obra mais leve sem subtrair sua relevância.(0,5)
Nos quesitos técnicos, mais pontos positivos devido a maneira competente que eles são realizados. Destaque para a belíssima fotografia, um trabalho de edição correto e uma boa trilha sonora.(0,5)
Mas entre todos estes acertos, o verdadeiro poder do filme está na química de seus protagonistas. Talentosos, cada um entrega atuações repletas de personalidade que transforma a experiência de acompanha-los em uma aventura curiosa, enternecedora e até mesmo emocionante. Enquanto Laurence Fishburne dá vida a um homem religioso, porém de carne osso, Steve Carell entrega uma performance tímida, quase calada, transpassando mesmo de forma internalizada toda a dor e a revolta de seu personagem. Mas quem brilha aqui é Bryan Cranston! Em uma interpretação "macro-sentimental" que passeia entre o deboche, o ceticismo, o sarcasmo, sem deixar de lado a fraternidade, o saudosismo e a sensibilidade, ele é quem recebe mais material do roteiro e se sai muitíssimo bem.(1,5)

domingo, 18 de março de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #98ª EDIÇÃO

E aqui estamos nós em mais um domingão caloroso para mais uma Sessão Sábadão. Na edição de número 98, vamos de mais uma produção Netflix, a primeira a receber uma crítica do blog neste ano: estou falando de "Aniquilação", longa protagonizado por Natalie Portman e Jennifer Jason Leigh. Então prepare suas armas e seu cérebro para mais esta análise que começa a seguir...


Aniquilação - 2018

Elenco: Natalie Portman, Jennifer Jason Leigh, Tessa Thompson, Gina Rodriguez, Tuva Novotny, Oscar Isaac e David Giasy.


SOBRE O FILME:
Uma das produções Netflix mais esperadas do ano, "Aniquilação" acompanha a jornada de uma bióloga que após o repentino retorno de seu marido desaparecido em uma expedição misteriosa, resolve acompanhar uma equipe de cientistas que vão explorar o lugar aonde ele se encontrava, para tentarem decifrar a força e as anomalias que tomaram conta daquele local. O longa é dirigido por Alex Garland, que no papel de roteirista este envolvido em obras como "Extermínio" de 2002, "Dredd" de 2012 e "Ex-Machina" de 2015 (filme no qual ele também dirigiu).

PRÓS: Apesar de algumas escorregadas (que serão melhor exploradas posteriormente),os quesitos técnicos são bastante eficientes. Compostas de uma belíssima fotografia, um trabalho de maquiagem primoroso, efeitos gráficos, sonoros e visuais bem trabalhados e uma trilha sonora pontual, a produção se sobressai neste setor.(1,5)
O enredo traz uma estrutura que trabalha cautelosamente e se desenvolve com calma sem cair na monotonia. Dessa maneira ele constrói um poderoso clima de suspense e tensão deixando o espectador engajado e inserido nos eventos que o roteiro traz.(1,5)
Por falar no roteiro, é possível salientar positivamente o seus diálogos. Mesmo que auto-explicativos na maioria das vezes, eles são contextualizados de forma tão natural que se tornam muito pertinentes, hábeis e acima de tudo, críveis.(0,5)
No quesito atuação, o longa tem um elenco muito bom em cena. Todos que rondam o núcleo principal, compreenderam a essência de seus personagens e trabalham em cima disso com muita eficiência. O destaque, claro, vai para Natalie Portman, quem em mais uma interpretação de muito talento, entrega uma ótima performance física e emocional, construindo uma personagem forte e determinada, mas ao mesmo tempo, abalada e vulnerável.(1)


quarta-feira, 14 de março de 2018

PORNSTARS NO CINEMA

A pornografia existe desde que o mundo é mundo e está presente em todos os nichos culturais possíveis. A ferramenta de maior alcance deste universo, são os filmes. Claro que diferentemente do cinema comum, os filmes pornográficos investem mais nas performances sexuais dos seus atores do que nos seus dons interpretativos. Entretanto, algumas estrelas deste gênero peculiar já fizeram a transição do pornô para a sétima arte, atuando de fato em obras cinematográficas. Enquanto uns se saíram melhor, outros nem tanto e é justamente neste balaio que o blog vai mexer na matéria de hoje, apontando alguns pornstars que brilharam (ou pelo menos tentaram brilhar) também nas telonas... Então sossega esse faixo porque apesar do tema, o teor da matéria será bem de boa...


James Deen


Com uma vasta carreira dedicada a indústria cinematográfica do pornô, James Deen surpreendeu Hollywood quando foi chamado pra compor o elenco do suspense erótico "The Canyons" em 2013. Protagonizado por Lindsay Lohan, o filme ficou mais conhecido por ser o trabalho derradeiro da carreira da atriz do que pela sua qualidade. Na trama, Deen interpreta um jovem playboy que ao descobrir a traição de sua namorada com o seu sócio, decide envolve-los em um jogo mental manipulativo, perigoso e sangrento.
Boicotado em alguns festivais, o longa dirigido por Paul Schrader (conhecido pelos ótimos "O Gigolô Americano" de 1980 e "Temporada de Caça" de 1997) recebeu variadas críticas negativas, concorrendo até a algumas categorias da Framboesa de Ouro.
O ator por sua vez, decidiu voltar as origens até se tornar acusado de agressão sexual por uma porção de mulheres que iam desde ex-namoradas até a parceiras de cena.


domingo, 11 de março de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #97ª EDIÇÃO

Já faz uma semana que o Oscar rolou e o blog resolveu tirar esses últimos dias pra descansar da correria que foi esse último mês com a nossa fase "Pré-Oscar 2018". Restabelecido e pronto pra outra, vamos comemorar nosso retorno triunfal analisando o filme considerado como a "Melhor Animação" do ano passado segundo a Academia: "Coco", ou no Brasil: "Viva - A Vida é Uma Festa" (mais um pra coleção de títulos que receberam adaptações brasileiras ridículas). Então esqueça a estatueta dourada, prepare seu chapéu de mariachi e a foto do seu tataravô, e vamos ao que interessa...

Viva - A Vida é Uma Festa - 2017

Elenco: Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt, Alanna Ubach, Reneé Victor, Ana Ofélia Murguia, Alfonso Arau e Edward James Olmos.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Lee Unkrich e co-dirigido por Adrian Molina, "Viva - A Vida é Uma Festa" marca a história da Sessão Sábadão como a primeira animação da Disney/Pixar a receber uma crítica do nosso quadro. 
A história se passa no México e acompanha a jornada de Miguel, um menino que tem como sonho se tornar um grande musico mexicano mesmo com a reprovação de toda sua família de sapateiros. Na busca dos seus objetivos, ele acaba se infiltrando no mundo dos mortos equivocadamente e recebe apoio de Hector, um espírito que não quer ser esquecido pelos seus familiares vivos. 
O filme foi vencedor da categoria de "Melhor Animação" no Oscar deste ano.

PRÓS: Assim como a maioria das animações da Disney/Pixar, "Viva" se sobressai nos quesitos técnicos e visuais. Usufruindo de um ótimo recurso gráfico, o filme consegue construir personagens lúdicos e com um alto grau de detalhes, um mundo divertidamente colorido e uma cinematografia de cair o queixo. Em comparação com "Festa no Céu", animação de 2014 que aborda um tema muito parecido, esta obra faz um trabalho muito mais competente neste quesito... e em outros também.(2)
Um outro ponto positivo do longa é o nível de representatividade que ele insere na sua trama. Por se passar no México e conter um enredo que explora a história do lugar, o filme consegue passar toda a essência da cultura mexicana com muito esmero e cuidado sem cair em esteriótipos baratos. Claro que existem os mariachis, os "arribas muchachos", as tradicionais vestes mexicanas e os senhores de chapéu ostentando grandes bigodes, mas tudo isso é feito de maneira tão sincera que acabam se tornando uma homenagem a tudo que envolve o país latino.(2)
Diferentemente de "Moana" de 2016 e "Frozen" de 2013, os dois últimos trabalhos de mais sucesso da Disney/Pixar dos últimos anos, "Viva - A Vida é Uma Festa" tem poucos momentos musicais. Mesmo assim, as canções que tem são muito boas. Destaque para "Remember Me", que além de bonitinha é tocante e emocionante.(1,5)
Por não assistir o filme no áudio original (assisti com minhas duas filhas pequenas), não posso opinar sobre o desempenho vocal do elenco original que conta com nomes importantes como Gael García Bernal (voz do Héctor) e Benjamin Bratt (voz de Ernesto de la Cruz). Por sua vez, a dublagem nacional faz um bom trabalho e não deixa a peteca cair. Destaque para Arthur Salerno que brilha na voz do protagonista Miguel.(0,5)
Outro ponto que a animação acerta em cheio e na boca do estômago, é a forte carga emocional que ele insere no roteiro. Mesmo carregando a mão em cenas bem sentimentais no seu terceiro ato, ele consegue atingir o seu objetivo de maneira genuína e se torna uma das sequências mais emocionantes em um filme deste gênero desde os quinze minutos iniciais de "Up - Altas Aventuras" de 2009.(2)

domingo, 4 de março de 2018

PALPITES - OSCAR 2018

Devido a correria dessa vida que não para, não consegui soltar os palpites do blog "Eu e o Cinema" sobre as principais categorias do Oscar 2018. Mas como diz a frase: "antes tarde do que nunca", estamos aqui há algumas horas da cerimônia para listar aqueles que tem grandes chances de levar a estatueta pra casa, segundo a opinião deste blogger que vos fala.
Para entrar na brincadeira, resolvi palpitar nas categorias de "Melhor Filme", "Melhor Diretor", "Melhor Atriz", "Melhor Ator", "Melhor Atriz Coadjuvante" e "Melhor Ator Coadjuvante". Em cada uma delas citarei quem eu acho que vai ganhar e quem merece ganhar de fato. Para deixar meu palpite mais polêmico, também destacarei respectivamente, aqueles que menos merecem (ou não merecem) levar a estatueta pra casa entre os indicados! Legal, né?!
Então vamos ao que interessa e começar logo com isso, antes que a premiação comece...



sábado, 3 de março de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #7ª EDIÇÃO

O blog "Eu e o Cinema" invadindo o seu início de Sábado a noite para lhe presentear com a derradeira e não menos importante "Sessão Sábadão Especial Pré-Oscar 2018". E para fecharmos esse período com chave de ouro, "The Post - A Guerra Secreta" é o longa da vez! Antes de seguirmos as analises, vale salientar que amanhã não teremos a 97ª edição da Sessão Sábadão comum, pois postarei meus palpites referente as principais indicações da nonagésima cerimônia do Oscar que vai rolar no mesmo dia. Dito isso, vamos ao último longa que concorre a categoria de "Melhor Filme" neste ano....

The Post - A Guerra Secreta - 2017

Elenco: Meryl Streep, Tom Hanks, Bruce Greenwood, Bob Odenkirk, Tracy Letts, Bradley Whitford, Jessie Mueller, Jesse Plemons, Sarah Paulson, Alison Brie e Michael Stuhlbarg.


CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Atriz

SOBRE O FILME:
Início da década de 70. Uma informação valiosa sobre os bastidores da Guerra do Vietnã vaza e pode comprometer o governo do presidente Richard Nixon. Quando tais informações chegam a redação do jornal Washington Post, uma grande onda de incerteza se instala no local já que o editor executivo deseja noticiar o assunto, mas os conselheiros do noticiário temem uma retaliação impiedosa do governo. Em meio a tudo isso, a editora chefe Katharine Graham se vê com a responsabilidade de tomar a decisão certa em uma situação que pode lhe custar sua reputação e sua carreira.
Protagonizados pelas lendas vivas Meryl Streep e Tom Hanks, "The Post" é dirigido por ninguém mais, ninguém menos que o cineasta Steven Spielberg, que também dispensa maiores apresentações.


quinta-feira, 1 de março de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #6ª EDIÇÃO

Começamos o mês de Março com mais uma Sessão Sábadão Especial apenas com críticas dos filmes indicados ao Oscar de "Melhor Filme" na cerimônia deste ano. O longa da vez foi o badalado e franco favorito a estatueta "A Forma da Água". Quer saber qual é a opinião deste blogger que vos fala em relação a esta produção? Então prepare suas guelras e suas barbatanas e acompanhe a leitura a seguir...


A Forma da Água - 2017

Elenco: Sally Hawkins, Doug Jones, Michael Shannon, Richard Jenkins, Octavia Spencer, Michael Stuhlbarg, David Hewlett e Nick Searcy.



CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Diretor
Oscar de Melhor Atriz
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante
Oscar de Melhor Trilha Sonora Original
Oscar de Melhor Roteiro Original
Oscar de Melhor Fotografia
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhor Montagem
Oscar de Melhor Direção de Arte
Oscar de Melhor Mixagem de Som
Oscar de Melhor Edição de Som

SOBRE O FILME:
Dirigido por Guillermo del Toro (o mesmo de "Blade 2" de 2002, "O Labirinto do Fauno" de 2006 e "Círculo de Fogo" de 2013), "A Forma da Água" se passa em meados dos anos 60 e acompanha a vida de Elisa, uma zeladora muda que trabalha em uma agência secreta do governo americano, e tem sua rotina alterada totalmente depois que se depara com uma criatura meio homem/meio anfíbio que foi capturada pelos militares para servir de cobaia e estudo científico.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #5ª EDIÇÃO

E as máquinas não param aqui no blog "Eu e o Cinema". Vamos iniciar nossa semana com mais uma crítica de um longa indicado na categoria de "Melhor Filme" no Oscar desse ano. Hoje vamos de "Trama Fantasma", a mais nova obra cinematográfica do sempre ótimo diretor Paul Thomas Anderson. Então prepare seus alfinetes e seus vestidos de gala para mais uma leitura bem bacana...


Trama Fantasma - 2017

Elenco: Daniel Day-Lewis, Vicky Krieps, Lesley Manville, Brian Gleeson e Julia Davis.


CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Diretor
Oscar de Melhor Ator
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante
Oscar de Melhor Trilha Sonora Original
Oscar de Melhor Figurino

SOBRE O FILME:
Passado em Londres em meados da década de 50, a história acompanha a vida de Reynolds Woodcock, um dos mais metódicos e importantes estilistas de sua época, que após se envolver com uma ex garçonete tímida mas de forte personalidade, vê sua vida pessoal e profissional tomarem rumos diferentes do usual.
Existe toda uma mística em cima de "Trama Fantasma" pois marca o retorno da parceria entre o diretor Paul Thomas Anderson e o ator Daniel Day-Lewis desde o sensacional "Sangue Negro" de 2007 e também marca a despedida de Day-Lewis das telonas, já que o mesmo anunciou sua aposentadoria recentemente.


domingo, 25 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #4ª EDIÇÃO

Há exatos sete dias do Oscar, o blog "Eu e o Cinema" ainda tem muito filme para analisar antes da cerimônia deste ano que vai acontecer no dia 04/03 para ser mais específico. Sendo assim, já vamos destrinchar mais uma obra que foi indicada para o prêmio mais importante nesta edição: estou falando do drama "Três Anúncios Para um Crime". Sem mais rodeios, vamos ao que interessa....


Três Anúncios Para um Crime - 2017

Elenco: Frances McDormand, Sam Rockwell, Woody Harrelson, Lucas Hedges, Caleb Landry Jones, John Hawkes, Sandy Martin, Peter Dinklage e Abbie Cornish.



CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Atriz
Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (2x)
Oscar de Melhor Trilha Sonora Original
Oscar de Melhor Roteiro Original
Oscar de Melhor Montagem

SOBRE O FILME:
Tempos após o hediondo assassinato de sua filha e a ineficácia da polícia para encontrar os responsáveis, uma mulher simples mas de forte personalidade resolve contratar três outdoors que ficam em uma estrada pouco movimentada na cidade de Ebbing no estado de Missouri, para cobrar e protestar contra as autoridades. Esse fator acarreta em várias situações na vida pessoal e profissional de todos os envolvidos.
O filme foi escrito e dirigido por Martin McDonagh, mais conhecido pelas obras "Na Mira do Chefe" de 2008 e "Sete Psicopatas e um Shih Tzu" de 2012".


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

HOLLYWOOD EM DÉCADAS - OSCAR

Desde sua primeira cerimônia no ano de 1929, o Oscar (prêmio oferecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas) se tornou o principal evento da sétima arte. Realizada anualmente, a festa celebra os principais destaques do cinema no ano anterior, lhes premiando com a tão cobiçada estatueta dourada. Já que estamos na nossa fase pré-Oscar nesse mês de Fevereiro, vamos destrinchar esse acontecimento tão importante década a década no nosso túnel do tempo. Então prepare sua gravata borboleta e embarque em mais essa viagem...


Década de 50

Joseph L. Mankiewics


Em 1950, o Oscar já era uma cerimônia importantíssima para o cinema e era adorado devido ao prestígio, o garbo e a elegância com que as estrelas hollywoodianas desfilavam no tapete vermelho. Antes dessa década, nomes como Spencer Tracy, Bette Davis, Anthony Quinn, Luise Rainer e Fredrich March já tinham conquistado a honraria por duas vezes e deixaram suas marcas na história da premiação. 
Com os musicais em alta, a década de 50 nomeou dois filmes do gênero como melhor produção do ano ("Sinfonia em Paris" no Oscar de 1952 e "Gigi" no Oscar de 1959) e indicou mais um ("Moulin Rouge" no Oscar de 1953). Outros vencedores que marcaram aquela época foram Vivian Leigh (que recebeu sua segunda estatueta por "Uma Rua Chamada Pecado" na cerimônia de 1952), Marlon Brando (que debutou vencendo por "Sindicato dos Ladrões" na cerimônia de 1955) e os diretores George Stevens (que levou dois prêmios em 1952 por "Um Lugar ao Sol" e em 1957 por "Assim Caminha a Humanidade") e Joseph L. Mankiewics (que conquistou duas estatuetas consecutivamente nos anos de 1950 e 1951 pelos filmes "Quem é o Infiel?" e "A Malvada").

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #3ª EDIÇÃO

E bora analisar mais um filme indicado ao Oscar de "Melhor Filme" na cerimônia de 2018. O filme da vez é o romance "Me Chame Pelo Seu Nome". Então prepare seu livro de poesia, seu teorema e seu pêssego e vamos ao que interessa...


Me Chame Pelo Seu Nome - 2017

Elenco: Timotheé Chalamet, Armie Hammer, Michael Stuhlbarg, Amira Casar e Esther Garrel.


CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Ator
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado

SOBRE O FILME:
Dirigido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino, "Me Chame Pelo Seu Nome" se passa na Itália em meados dos anos 80 e acompanha a vida de Elio, um adolescente de 17 anos que mora com os pais professores e recebe a visita do acadêmico Oliver, um homem mais velho, por quem acaba nutrindo uma atração física e sentimental que se transforma em um improvável e intenso romance entre os dois.


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

RANKING: MELHORES ATUAÇÕES MASCULINAS VENCEDORAS DE OSCAR

Há um pouco mais de uma semana, este blogger que vos fala ranqueava as melhores interpretações femininas que foram premiadas com a estatueta dourada do Oscar. Hoje é a vez das atuações masculinas. Sendo assim, vamos logo ao que interessa, mas não sem antes deixar todos os critérios deste ranking bem claros:
- Só foram levados em consideração atuações que concorreram e levaram o Oscar pra casa. As performances que apenas concorreram foram descartadas.
- Para deixar o ranking mais fechadinho, foquei apenas na categoria de "Melhor Ator" e não na de "Melhor Ator Coadjuvante".
- Foram 10 atores listados (uma para cada posição) para que não houvesse nomes repetidos tornando o ranking mais diversificado.
- Só ranqueei filmes que assisti e a posição de cada ator na lista vai de acordo unicamente e exclusivamente com a opinião deste blogger que vos fala.
Vale lembrar que o ano da cerimônia equivale ao ano posterior do lançamento do filme.

Agora sim, vamos ao ranking:


10º) Jamie Foxx (Ray - Oscar 2005)



Na décima posição iniciamos o ranking com a sensacional performance de Jamie Foxx em "Ray", longa biográfico sobre a vida de Ray Charles, um dos maiores nomes da história do soul e da música em geral. O ator que ainda não tinha nenhum filme de grande destaque em sua carreira, encarou o desafio com maestria e encarnou o personagem principal com uma atuação física e emocional muito poderosa. O resultado foi uma estatueta dourada mais do que justificada.
Uma curiosidade: Naquele mesmo ano, Foxx também concorria na categoria de "Melhor Ator Coadjuvante" pela sua atuação em "Colateral", mas acabou perdendo para Morgan Freeman.


domingo, 18 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #96ª EDIÇÃO

Vamos dar um tempo de Oscar 2018 por um momento e vamos curtir a nonagésima sexta edição da Sessão Sábadão tradicional de todo domingo. Hoje, vamos analisar o primeiro filme da Marvel a ser lançado neste ano: o aguardadíssimo "Pantera Negra". Será que vale uma ida ao cinema? Se quer saber, prepare suas HQs e seu tambor africano e siga a leitura para mais uma critica super "abalizada" deste blogger que vos fala...


Pantera Negra - 2018

Elenco: Chadwick Boseman, Lupita Nyong'o, Michael B. Jordan, Danai Gurira, Letitia Wright, Daniel Kaluuya, Martin Freeman, Angela Bassett, Andy Serkis, Forest Whitaker, Winston Duke, John Kani e Florence Kasumba.


SOBRE O FILME:
Após os eventos de ocorridos na guerra civil, o príncipe T'Challa retorna para a sua reclusiva e super tecnológica nação de Wakanda a fim de servir como o novo rei do pais. Todavia, T'Challa rapidamente descobre que seu trono está sendo desafiado por facções dentro do seu próprio país. Quando dois adversários conspiram por conquistar Wakanda, o herói conhecido como Pantera Negra se junta aos membros das forças especiais wakadianas para prevenir que seu mundo seja tragado pela guerra.
Este é o terceiro trabalho do promissor diretor Ryan Coogler que esteve a frente de ótimas obras como "Fruitvale Station" de 2013 e "Creed" de 2015 (o ator Michael B. Jordan também atuou nestes filmes).

PRÓS: Assim como em todo filme da Marvel, os recursos técnicos de "Pantera Negra" recebem total atenção e cuidado dos seus realizadores. A diferença aqui é que a inventividade que ele proporciona é bem mais impactante. Fora a competente edição e a belíssima fotografia, o figurino, a maquiagem e os efeitos gráficos resultam em uma construção de mundo extremamente palpável e estonteante. Você consegue imaginar que aquele lugar existe e toda a mística, os dogmas e os rituais que as envolvem quase transformam Wakanda em um personagem da obra.(1,5)
Isso nos leva as empolgantes sequências de ação e as bem elaboradas batalhas corporais que são bem coreografadas e muito envolventes.(1)
Na crítica de "Thor: Ragnarok", comentei que Cate Blanchett tinha interpretado a melhor antagonista desde Loki de "Os Vingadores". Pois Michael B. Jordan na pele do vingativo e impiedoso Killmonger deixa a vilã Hela no chinelo em vários aspectos. Com uma subtrama coerente, os motivos que o tornam maléfico são plausíveis e até mesmo compreensivos, mesmo que inaceitáveis. Isso se estende a todo elenco que está excepcional. Destaque para Chadwick Boseman que passa carisma, imponência e até mesmo fragilidade com muita competência, Lupita Nyong'o que mescla charme e força com naturalidade, Danai Gurira que encarna uma guerreira fodona desde Imperatriz Furiosa de "Mad Max: Estrada da Fúria", Letitia Wright que passa leveza e diverte quase sempre quando está em cena e por fim, Andy Serkis que brilha em um papel sádico e debochado.(1,5)
Fora tudo o que já foi dito positivamente de "Pantera Negra", o seu maior trunfo é sem dúvidas o seu roteiro. Muito mais profundo e elaborado do que outros filmes deste gênero, a trama passeia por situações políticas levantando questões morais e sociais potencialmente reflexivas e podem ser transferidas para o mundo real dos dias atuais (uma das frases ditas por T'Challa me fizeram lembrar de Trump e o seu muro no ato).(2)
A questão cômica do longa também difere das demais obras cinematográficas da Marvel. As piadinhas que são marcas registradas deste universo, estão presentes neste filme mas são menos corriqueiras. Isso fortalece o recurso o deixando mais eficiente sempre quando aparece. Também ajuda o fato do humor inserido em "Pantera Negra" ser mais sofisticado, dinâmico e deliciosamente sarcástico.(0,5)


sábado, 17 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #2ª EDIÇÃO

E la vamos nós para mais uma edição da Sessão Sábadão especial que analisa mais um filme concorrente a categoria de "Melhor Filme" no Oscar 2018. Sem mais delongas, vamos aos prós e aos contras do drama "O Destino de Uma Nação". Prepare seu charuto e seu chá inglês e vamos a leitura do dia...


O Destino de Uma Nação - 2017

Elenco: Gary Oldman, Kristin Scott Thomas, Ben Mendelsohn, Stephen Dillane, Lily James, Ronald Pickup e Hannah Steele.


CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Ator
Oscar de Melhor Fotografia
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhor Direção de Arte
Oscar de Melhor Maquiagem e Penteado

SOBRE O FILME:
Enésima adaptação cinematográfica da Segunda Guerra Mundial pelo ponto de vista dos britânicos, "O Destino de Uma Nação" foca nos primeiros dias de Winston Churchill como primeiro ministro do Grã-Bretanha e sua difícil postura de recusar uma aliança com a Alemanha nazista evitando então, uma eminente derrota de seu país.
O longa tem direção de Joe Wright, cineasta famoso por realizar obras de conteúdo épico como "Orgulho e Preconceito" de 2005, "Desejo e Reparação" de 2007 e "Anna Karenina" de 2012.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO OSCAR 2018 - #1ª EDIÇÃO

Chegou a hora de analisar e destrinchar mais um filme concorrente ao Oscar de "Melhor Filme" na cerimônia deste ano que vai acontecer mais precisamente no dia 4 de Março. O longa da vez é a comédia dramática "Lady Bird". Lembrando que dois dos nove filmes indicados na categoria em 2018 já tiveram sua crítica postada em meados do ano passado (são eles: "Corra!" e "Dunkirk").
Sendo assim, vamos logo ao que interessa...


Ladybird - 2017

Elenco: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Beanie Feldstein, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timotheé Chalamet, Odeya Rush e Stephen McKinley Henderson.

CATEGORIAS INDICADAS:
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Atriz
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante
Oscar de Melhor Diretor
Oscar de Melhor Roteiro Original

SOBRE O FILME:
Primeiro filme de expressão dirigido pela também atriz e roteirista Greta Gerwig, "Ladybird"  é uma comédia dramática que se passa em 2002 e acompanha a vida de uma adolescente rebelde e de personalidade forte que deseja sair de sua cidade natal para alcançar seus sonhos. No processo, ela vai se desenvolvendo e vivenciando fatos que a fazem evoluir na sua vida pessoal, social e amorosa.
Devido algumas semelhanças que é possível diagnosticar entre a personagem principal e a cineasta, o longa pode ser chamado de autobiográfico.


domingo, 11 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #95ª EDIÇÃO

Hoje é domingo mas é de Carnaval e no domingo de Carnaval a festa só está começando! Para animar mais o seu dia que já deve estar animado, vamos de nova crítica da Sessão Sábadão. O longa analisado da vez é o drama biográfico "O Que te Faz Mais Forte", lançado em 2017 mas recém chegado aos cinemas brasileiros. Então vamos que vamos que o show não pode parar e a Sapucaí é grande...


O Que te Faz Mais Forte - 2017

Elenco: Jake Ghyllenhaal, Tatiana Maslany, Miranda Richardson, Lenny Clarke, Nate Richman, Danny McCarthy, Clancy Brown e Carlos Sanz.


SOBRE O FILME:
Baseado na história real do americano Jeff Bauman, "O Que te Faz Mais Forte" relata e acompanha como a sua vida virou de cabeça pra baixo quando se tornou uma das vítimas do atentado terrorista na Maratona de Boston em 2013 que resultou na perda de suas pernas, e a luta diária em que ele se encontra para resgatar sua dignidade e a vontade de viver.
O filme foi dirigido por David Gordon Green, um cineasta bastante atuante e com uma carreira eclética que contém dramas como "Joe" de 2013, thrillers políticos como "Profissionais da Crise" de 2005 e comédias pastelão (seu forte) como "Segurando as Pontas" de 2008 e "Sua Alteza?" de 2011.

PRÓS: Para iniciarmos com os pontos positivos desse longa, falaremos dos seus ótimos quesitos técnicos que são formados por uma belíssima fotografia, uma edição fluida e correta e um trabalho de maquiagem espantoso. Também vale ressaltar a sua trilha sonora empolgante e os efeitos visuais perfeitos que se tornam uma ferramenta crucial para o andamento da trama.(1)
A premissa principal do filme paira sobre a história de um rapaz que sofreu um enorme baque repentino, mudando sua vida de maneira drástica e definitiva, mas devido a sua força de vontade e a sua coragem, ele tenta se reerguer diariamente. Mesmo sendo promissor, este enredo é um prato cheio para roteiros demasiadamente emocionais, apelativos e manipulativos. Por sorte, "O que te Faz Mais Forte" não cai nesse terreno nebuloso. Claro que existem momentos pesados e dramáticos aqui, mas eles são conduzidos de forma natural e verdadeira. Isso porque o filme também adiciona sentimentos como ambiguidade, anti-heroísmo, egoísmo, humor e pontos de vistas variados a trama, deixando a inserção do espectador a obra muito mais sincera.(1,5)
Ainda sobre o roteiro, ele contém um bom romance envolvendo seu personagem principal. Mesmo ocorrendo de maneira bastante familiar, sua estrutura funciona pois ele é feito de maneira gradativa e realista se tornando extremamente acessível pra quem o assiste.(1)
Para terminar, vamos falar das interpretações. Neste quesito vale ressaltar três nomes: o protagonista Jake Ghyllenhaal que está bem (mais uma vez) e que passa com muita verdade todos os sentimentos cabíveis de uma pessoa simplória que tem sua vida mudada devido a um grande acontecimento, Miranda Richardson que brilha ao interpretar uma mulher que ama verdadeiramente seu filho mas não o compreende e tampouco entende o seu papel na nova fase de sua vida, e por fim, Tatiana Maslany que merecia uma indicação ao Oscar pelo menos de "Melhor Atriz Coadjuvante" (ainda não assisti "A Forma da Água" mas algo me diz que sua performance pode ter sido melhor do que a de Octavia Spencer) devido a uma atuação repleta de personalidade que passeia por uma gama de sentimentos como amor, ódio, remorso, preocupação e sensibilidade. Pra mim, a melhor personagem do filme.(1,5)


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

RANKING: MELHORES ATUAÇÕES FEMININAS VENCEDORAS DE OSCAR

Já que o mês de fevereiro será totalmente voltado ao Oscar, melhor ir aquecendo os motores com um ranking bem bacana listando as melhores performances femininas a ganhar uma estatueta na história da premiação. Então sem mais delongas, vamos ao que interessa, mas não antes de citar os critérios que foram usados para elencar mais um tópico... Segue o jogo:
- Só foram levados em consideração atuações que concorreram e levaram o Oscar pra casa. As performances que apenas concorreram foram descartadas.
- Para deixar o ranking mais fechadinho, foquei apenas na categoria de "Melhor Atriz" e não na de "Melhor Atriz Coadjuvante".
- Foram 10 atrizes listadas (uma para cada posição) para que não houvesse nomes repetidos tornando o ranking mais diversificado.
- Só ranqueei filmes que assisti e a posição de cada atriz na lista vai de acordo unicamente e exclusivamente com a opinião deste blogger que vos fala.
Vale lembrar que o ano da cerimônia equivale ao ano posterior do lançamento do filme.
Sendo assim, vamos aos nomes....


10º) Frances McDormand (Fargo - Oscar 1997)



Vamos iniciar o ranking com uma das vencedoras mais inesperadas do Oscar. A interpretação de Francis McDormand por "Fargo" não era a favorita para levar o Oscar já que Emily Watson concorria com uma atuação mais impactante por "Ondas do Destino". Mas devido ao carisma e a peculiaridade de sua performance, não tem como dizer que foi uma injustiça. No filme, Francis deu vida a Marge Gunderson, uma chefe de polícia grávida que precisa descobrir os detalhes de um crime armado que abalou a pequena cidade de Fargo na Dakota do Norte. Aliando sagacidade e ingenuidade na construção da sua personagem, a atriz conseguiu agradar a Academia com um dos melhores trabalhos femininos da história.


domingo, 4 de fevereiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #94ª EDIÇÃO

Conforme o combinado, vamos a segunda Sessão Sábadão deste final de semana para quitar a ausência do último domingo. Dessa forma chegamos a nonagésima quarta edição do nosso quadro assim como deveria ser. O filme a ser analisado é o drama familiar "Extraordinário" que foi lançado no finalzinho de 2017. Então prepara seu capacete de astronauta e sua coragem de enfrentar o mundo e vamos nessa...


Extraordinário - 2017

Elenco: Jacob Tremblay, Julia Roberts, Izabela Vidovic, Owen Wilson, Noah Jupe, Bryce Gheisar, Mandy Patinkin, Danielle Rose Russell, Millie Davis, Daveed Diggs, Nadji Jeter, Elle McKinnon e Sônia Braga.


SOBRE O FILME:
Dirigido pelo cineasta americano Stephen Chbosky (o mesmo que dirigiu "As Vantagens de Ser Invisível" de 2012), "Extraordinário" acompanha a história de August "Auggie" Pullman, um garotinho que nasceu com uma deformidade facial e teve que passar por 27 cirurgias o deixando com o rosto marcado e incomum. Ao completar 10 anos, seus pais decidem que é a hora de estudar em um colégio regular, como qualquer outra criança, e encarar as dificuldades que o esperam no mundo lá fora.
O longa é baseado no livro de mesmo nome escrito por R.J. Palacio e lançado em 2012.

PRÓS: Já de cara, vale iniciar os pontos positivos desse longa pelo seus competentes quesitos técnicos. A produção contém uma bela fotografia, uma edição bem montada, uma trilha sonora imersiva e transparente, fora o excelente trabalho de maquiagem que se torna determinante na composição do personagem Auggie e não se torna um empecilho para a interpretação.(0,5)
Por falar em interpretação, todos aqui estão muito bem e merecem ser ressaltados. Owen Wilson faz um bom trabalho aqui, mesmo entregando uma interpretação que não foge de nada que ele já não tenha feito anteriormente (me lembrou muito sua performance em "Marley & Eu" de 2008), gostei bastante das atuações dos atores mirins Noah Jupe, Millie Davis e Bryce Gheisar e da fraternidade genuína que Mandy Patinkin consegue transpassar apenas com o olhar. Mas o destaque deste quesito vai para Jacob Tremblay (que brilha ao transpassar toda a essência e as camadas de um personagem extremamente complexo), Izabela Vidovic (que tem uma das subtramas mais interessantes do longa e consegue segurar a onda com muita destreza) e Julia Roberts (que entrega muita bondade, verdade e maternidade em sua atuação).(1,5)
Sim, "Extraordinário" contém diálogos repletos de frases de efeito, falácias prontas e conversações sentimentalistas e um pouco expositivas. Mas a maneira que o roteiro os inserem na história acaba os tornando fluidos e na maioria das vezes, atinge o seu objetivo passando a mensagem desejada. Como se trata de um feito difícil de se conquistar, ponto para o filme.(0,5)
Uma das frases do longa diziam: "Auggie, nem tudo no mundo é sobre você!" e é justamente isso que o filme faz, e faz bem! O roteiro explora as subtramas dos personagens que rodeiam o protagonista de forma competente e satisfatória. Desta maneira a história ganha conteúdo, pois é possível que o espectador veja, reflita e entenda os pontos de vista de seus amigos, parentes e até dos seus inimigos, mesmo que não concorde com eles.(1,5)