domingo, 7 de abril de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #110ª EDIÇÃO

Primeiro domingão de Abril e o ano de 2019 voa como uma flecha... assim como mais uma edição da nossa tão amada Sessão Sábadão! No post de hoje, iremos analisar o longa "Vidro", última obra dirigida por M. Night Shyamalan lançado no início do primeiro trimestre. Então prepare sua capa de chuva e suas vinte e quatro personalidades e se junte ao blog em mais essa empreitada...


Vidro - 2019

Elenco: James McAvoy, Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Sarah Paulson, Anya Taylor-Joy, Spencer Treat Clark, Charlayne Woodard, Adam David Thompson e Luke Kirby.


SOBRE O FILME:
Após acontecimentos anteriores sucedidos em "Corpo Fechado" de 2000 e "Fragmentado" de 2017, o justiceiro David Dunn se depara com Kevin Crumb e suas tantas personalidades. Uma série de eventos os prende em uma clínica psiquiátrica dirigida por uma especialista em ajudar pessoas que acreditam ter super poderes. Lá, também reside Elijan Price, um aficionado por quadrinhos de heróis que desenvolve um grande plano para mostrar a humanidade que eles são seres especiais.
Esse é o terceiro e último longa do que podemos chamar de franquia "Unbreakable", iniciada a quase vinte anos atrás pelo diretor. Lembrando que na carreira de Shyamalan existem obras extraordinárias como o "Sexto Sentido" de 1999 e outras terríveis como "O Último Mestre do Ar" de 2010. Vamos saber agora em quais dessas duas vertentes esta película se encaixa.

PRÓS: Por se tratar de um filme que junta duas histórias que até então eram distintas, "Vidro" se sai muito bem na competente construção de mundo entre estes paralelos, criando uma atmosfera tensa e eficaz e mantendo um trabalho de tempo muito bom que deixa a história bastante pertinente.(1,5)
Ver os personagens clássicos de "Corpo Fechado" e "Fragmentado" interagindo entre si rendem na sua maioria cenas muito gratificantes, pois quando juntos é quando fornecem os melhores momentos da obra.(1)
Claro que isso se dá a ótima performances dos atores que formam o núcleo principal da trama. Enquanto Bruce Willis demonstra comprometimento ao seu personagem injetando mais experiência e atitude ao mesmo, Samuel L. Jackson esbanja malícia e corrosividade perfeita na sua atuação. Mas quem manda mesmo é James McAvoy. Talentoso e versátil, o ator entrega uma interpretação física e sentimental muito intensa, sendo mais uma vez, a grande atração do filme.(1,5)
Os quesitos técnicos também são outros pontos positivos de "Vidro". Vale destacar a fotografia bem trabalhada, a trilha sonora poderosa e imersiva, a bela e colorida cinematografia, os efeitos gráficos e práticos que são sensacionais e o ousado jogo de câmera que flerta com aquele bom e velho M. Nigth Shyamalan de outrora.(1)
E já que falamos de M. Night Shyamalan, também falamos de plot twists. Mesmo que a estrutura do roteiro seja muito problemática (falaremos disso na sessão dos "contras"), as surpresas que a história guarda funcionaram pra mim como há muito não funcionava em um filme deste diretor. Nada que chegue perto de "Sexto Sentido" por exemplo, mas consegue amarrar algumas pontas soltas e conseguiu me convencer. Meio ponto por isso.(0,5)