domingo, 21 de janeiro de 2018

SESSÃO SÁBADÃO - #92ª EDIÇÃO

Mais uma semana que se foi e outra logo recomeça. E junto com ela vem também mais uma edição da Sessão Sábadão. Nesta nonagésima segunda edição vamos falar de um filme que foi originalmente lançado em 2016 mas chegou aqui em meados do ano passado direto em DVD se mantendo desapercebido por muita gente. Estou falando da comédia policial "Free Fire". Então prepare sua escopeta, sua metralhadora ou seu revólver calibre 38 e vamos a análise:


Free Fire - 2016

Elenco: Brie Larson, Armie Hammer, Cillian Murphy, Sharlto Copley, Sam Riley, Jack Reynor, Michael Smiley e Baboou Ceesay.


SOBRE O FILME:
Dirigido por Ben Wheatley e produzido por Martin Scorsese, "Free Fire" se passa em meados da década de 70 e acompanha uma noite de negociações de armas entre bandidos e traficantes localizada em um galpão abandonado. Devido a uma crescente tensão entre os negociantes e uma série de mal entendidos, um tiroteio toma conta do lugar e qualquer um se torna alvo em potencial.
Foi lançado originalmente em 2016, mas devido ao pouco apelo comercial chegou ao Brasil diretamente em DVD no último semestre de 2017.

PRÓS: Praticidade é o adjetivo que melhor se encaixa para definir esse filme. Isso porque sua tal praticidade influencia diversos fatores positivos ao decorrer da obra. Um exemplo imediato é a maneira que o roteiro estabelece a personalidade de seus personagens. Não existe evolução aqui. Cada um é o que é do inicio até o final da história. Em cima desse fator, o elenco consegue brilhar entregando de forma simples exatamente o que se espera deles. O grande destaque vai para a atuação de Sharlto Copley. Irritadiço mas ao mesmo tempo complacente, ele se torna o papel mais interessante e engraçado do longa.(0,5)
Isso nos leva ao fator humorístico que carrega a história e faz isso corretamente. Pontual, o humor do filme passeia de forma muito competente entre a comédia satírica e até mesmo na comédia física e pastelão.(1)
Um outro ponto que o roteiro faz bem em "Free Fire" é ser o mais imparcial possível quando o tiroteio se estabelece. Mesmo obtendo os personagens chamados principais, ele não toma partido da maioria deles e acaba passando a sensação de imprevisibilidade que se sustenta até o final.(1)
A praticidade, já citada anteriormente, influência também na duração do longa. Sem se estender, ele passa a sua mensagem e diverte o espectador no tempo necessário.(0,5)
Ponto positivo para seus quesitos técnicos como a fotografia, o design de som, a trilha sonora e especialmente o figurino que transmite uma noção exata da época em que a história se passa de maneira bastante convincente.(0,5)