domingo, 15 de outubro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #78ª EDIÇÃO

Os dias estão passando tão rápido que já estamos de volta ao horário de verão. Pra comemorar essa data "tão significativa" vamos analisar na Sessão Sábadão de hoje, um daqueles filmes que são, no mínimo, polêmicos: "Mãe!", novo filme de Darren Aronofsky.
Quer saber o que este blogger que vos fala achou deste longa? Então para tudo e siga a leitura...

Mãe! - 2017

Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Domhnall Gleeson, Brian Gleeson e Kristen Wiig.


SOBRE O FILME:
Sétimo trabalho da poderosa cinematografia do cineasta Darren Aronofsky (conhecido por ter dirigido "Pi" de 1998, "Réquiem Para um Sonho" de 2000, "O Lutador" de 2008 e "Cisne Negro" de 2010), "Mãe!" acompanha uma jovem mulher que vive isolada com o seu bondoso, porém distante marido em uma casa no meio do nada. Quando eles começam a receber visitas de terceiros, acontecimentos desconcertantes e perturbadores se desencadeiam testando o sentimento, a mentalidade a até mesmo a saúde fisica do casal. Porém, existe muito mais profundidade dentro dessa premissa.

PRÓS: Para iniciar os pontos positivos, gostaria de destacar primeiramente os quesitos técnicos do filme que são incrivelmente abismais. Com uma fotografia densa, uma edição insinuante, um cenário orgânico e com excelentes efeitos gráficos, esse setor se torna mais do que um recurso para obra final e se transforma em uma ferramenta narrativa poderosa para o andamento da história.(2)
O inspiradíssimo elenco também é um outro ponto positivo de "Mother!" (nome original do longa). Dando aquela que talvez seja sua melhor interpretação da carreira até então, Jennifer Lawrence consegue passar todos os sentimentos de sua personagem com muita eficiência. Aqui, ela consegue dosar tristeza, felicidade, histeria, dor, medo, omissão e ódio em um ponto ideal, sem cair nos ligeiros excessos que lhe acompanharam em trabalhos passados. Também adoraria destacar a atuação de Javier Bardem. A personalidade que o mesmo construiu para o seu papel me fez questionar a possibilidade desse personagem ser interpretado por um outro ator com a mesma eficiência. Com seus pequenos gestos, um olhar carregado, uma voz forte porém cautelosa e seus esporádicos momentos de fúria, Bardem nos apresentou um ser complexo, levemente assustador e totalmente enigmático.(2)
O roteiro deste filme é um acontecimento. Repleto de analogia, parábolas e simbolismos que transitam entre o mais óbvio até o mais obscuro, a história se torna um material rico e profundo que possibilita diversas interpretações, entendimentos e reflexões por parte do espectador. Goste ou não, é um trabalho minucioso e bem construído.(2)