segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

EU E A MINHA OPINIÃO - OSCAR 2017

Ontem, dia 26-02-2017, foi a data da tão aguardada cerimônia do Oscar, a mais importante premiação da sétima arte que acontece anualmente. Apresentado pelo comediante Jimmy Kimmel, esta edição teve "La La Land" como vencedor da noite levando 6 das 14 indicações que recebeu. Porém o premiado na principal categoria foi o drama "Moonlight", após uma confusão nunca antes vista na história do Oscar, que comentarei mais adiante.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PALPITES - OSCAR 2017

Daqui exatas 48 horas estaremos testemunhando a edição 2017 da cerimônia mais importante da sétima arte. Mesmo sendo contraditória em diversas vezes, não dá pra negar o frio na barriga que o Oscar causa nos amantes do cinema e isso não é diferente com este blogger que vos fala. Sendo assim, resolvi postar os meus palpites sobre os filmes concorrentes a principais categorias neste ano ("Melhor Ator Coadjuvante", "Melhor Atriz Coadjuvante", "Melhor Diretor", "Melhor Ator", "Melhor Atriz" e "Melhor Filme"). Entretanto, farei da seguinte forma: Irei postar quem eu acho que vai ganhar, quem eu quero que ganhe e as injustiças de cada categoria justificados por breves comentários. 
Tudo devidamente explicado, vamos iniciar o bolão Oscar 2017 do "Eu e o Cinema".

PS: Não falarei sobre as categorias de "Melhor Animação" e "Melhor Filme Estrangeiro" pois não assisti a todos os filmes que foram nomeados.



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #45ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Chegamos a derradeira Sessão Sábadão especial Oscar 2017!!! E pra finalizar essa grande fase com chave de ouro, vamos falar do último concorrente a "Melhor Filme" desta edição que ainda não tem a sua análise mais do que abalizada deste blog que você tanto ama... "Lion - Uma Jornada Para Casa" é o longa escolhido para fechar com chave de ouro a fase pré Oscar da Sessão Sábadão. Sendo assim, vamos a ele...


Lion - Uma Jornada Para Casa - 2016

Elenco: Dev Patel, Nicole Kidman, Rooney Mara, Sunny Pawar, Abhishek Bharate, Priyanka Bose, David Wenham e Divian Ladwa

Nota (0/10): 8
Primeiro longa dirigido por Garth Davis, conhecido por realizar programas de televisão, "Lion - Uma Jornada Para Casa" conta a história de um jovem indiano adotado por um casal australiano, que após 25 anos perdido de sua família biológica, decide procurar por suas raízes e voltar para casa.

PRÓS: Para começar a crítica sobre "Lion", inicio de forma bastante contundente. O primeiro ato deste filme beira a perfeição! Isso deve-se pelo seu roteiro poderoso e angustiante que segura a atenção do espectador, mesmo que de forma desconfortável. Outro ponto positivo da parte inicial do longa são as atuações dos atores indianos que protagonizam tais sequências, principalmente a interpretação de Sunny Pawar, que faz a fase criança de Saroo, o protagonista do filme. Com seus olhos extremamente expressivos capazes de passar medo, ansiedade e admiração, o ator mirim consegue alcançar e cativar o coração de qualquer ser humano que esteja assistindo ao longa. Uma atuação que poderia ser nomeada para "Melhor Ator Coadjuvante" do Oscar sem maiores problemas.
Falando de boas atuações e nomeações da Academia, Dev Patel e Nicole Kidman estão muito bem e justificam suas indicações de melhor ator e atriz coadjuvantes respectivamente. O primeiro demora a engrenar, mas quando acha o tom do personagem, dá show e carrega sua trama com muita competência. Já Nicole Kidman dá uma interpretação sucinta, de poucas palavras e gestuais contidos, mas com muita carga dramática no olhar.
Se no primeiro ato o longa se destaca por ser agoniante, no seu ato final a emoção toma conta. Essencialmente belo com um misto de alegria e tristeza, "Lion" consegue fazer chorar sem a necessidade de ser excessivamente manipulativo. O roteiro vai direto ao que interessa sem fazer muitos rodeios e sem encheção de linguiça, conseguindo atingir sua mensagem de forma bem sucedida.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

OSCAR GANHOS POR PAPÉIS ERRADOS

Sim, nós amamos o Oscar! Mesmo que ele dê inúmeras mancadas como nomear filmes e atuações que não mereciam ser nomeadas, ou esnobar filmes e atuações que mereciam ser nomeadas, premiar o pior dentre os indicados, sem manter nenhum tipo de coerência ou linha de raciocínio, a gente para tudo pra acompanhar essa cerimônia. Baseando-se nisso, o "Eu e o Cinema" resolveu fazer um post diferente, citando atores e diretores que ganharam o Oscar, mas na ocasião errada. Caso não tenha entendido a ideia, é só seguir adiante que você pega o jeito da coisa:


Martin Scorsese ("Melhor Diretor" - Oscar 2007)

Venceu por: Os Infiltrados
Deveria ter Vencido por: Touro Indomável ou Os Bons Companheiros

Antes de levar o Oscar de "Melhor Diretor" na edição de 2007 pela realização do bom filme "Os Infiltrados", Martin Scorsese estava concorrendo nesta categoria pela sexta vez, e pelo menos quatro das cinco oportunidades anteriores, tratavam-se de produções muito melhores do que essa. Para este blogger que vos fala, a estatueta chegou 26 anos atrasada para o cineasta, que já deveria ter levado na sua primeira indicação a melhor direção por "Touro Indomável" no Oscar de 1981, mas na ocasião a Academia resolveu premiar Robert Redford pelo drama "Gente Como a Gente". Dez anos depois, a mesma Academia teve chances de desfazer a burrada, e premiar Scorsese pelo magnífico "Os Bons Companheiros". Mas por ironia do destino, acabou perdendo para Kevin Costner, outro ator que se aventurava na direção por "Dança com Lobos".
É como uma frase que eu ouvi uma vez: "Para um cara que dirigiu "Taxi Driver", "Os Bons Companheiros" e "Touro Indomável", ganhar o Oscar por "Os Infiltrados" é quase um tapa na cara" - Belotti, Tiago (Canal "Meus 2 Centavos").

domingo, 19 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #44ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Faltam exatos 7 dias para o Oscar, a cerimônia mais importante da sétima arte. E na Sessão Sábadão de hoje vamos falar de "Hacksaw Ridge" (que no Brasil recebeu o título de "Até o Último Homem"), o penúltimo longa entre os indicados a "Melhor Filme" à receber a avaliação do blog. Então arrume seu capacete de guerra e vamos ao que interessa...

Até o Último Homem - 2016

Elenco: Andrew Garfield, Hugo Weaving, Teresa Palmer, Vince Vaughn, Sam Worthington, Luke Bracey e Rachel Griffiths

Nota (0/10): 7
Dirigido por Mel Gibson (ator e diretor que já ganhou o Oscar pelo filme "Coração Valente"), "Até o Último Homem" é baseado em fatos reais e conta a história do soldado Desmond Doss, um jovem que se alistou na Segunda Guerra Mundial para servir na ala médica, se recusando a encostar em uma arma e matar alguém, porém se torna peça fundamental durante a histórica Batalha de Okinawa.

PRÓS: Dez anos após lançar "Apocalypto", Mel Gibson retorna na direção de um longa e continua demonstrando que exerce bem esse papel que lhe rendeu seu único Oscar como "Melhor Diretor" por "Coração Valente" em 1995.
A começar pelos setores técnicos, que estão todos feitos de maneira super competente. A fotografia exuberante, sensacionais efeitos especiais, o figurino, a maquiagem, a trilha sonora, todos esses quesitos vem a somar e trabalham para a progressão do filme. 
Outro ponto interessante é o seu roteiro. Mesmo tendo falhas na sua estrutura narrativa, a história é poderosa, é emocionante e segura o espectador interessado nos acontecimentos e nas proezas do personagem principal.
No quesito atuação, temos três destaques positivos aqui: Vince Vaughn, Hugo Weaving e Andrew Garfield. A personalidade do primeiro nome casa bem com a essência de seu personagem e mesmo não tendo nada de especial em sua interpretação, o ator se mantém efetivo. Já Hugo Weaving está sensacional! Você já consegue ter raiva e compreensão por ele quase que de imediato. Na minha opinião, figuraria fácil entre os indicados a "Melhor Ator Coadjuvante" pelo seu trabalho. Andrew Garfield também está muito bem. É outro que conseguiu entender o que o seu papel pede e coloca isso em prática em uma interpretação rica e cheia de camadas. Talvez um pouco afetada pelo mainstream intrínseco do filme, mas é uma atuação boa que mereceu a indicação a "Melhor Ator".
Mas dentre todos os prós de "Até o Último Homem", o mais importante foi sem dúvidas, as suas megalomânicas sequências de guerra. Bem trabalhadas, bem elaboradas, bem coreografadas, explícitas, agoniantes e ultra realistas, a ótima direção de Mel Gibson permite que o espectador encontre ordem no caos, pois mesmo que se tenha muita explosão, muito sangue, muita lama e muitos tiros, é possível compreender o que está acontecendo com cada personagem no campo de batalha. É, provavelmente, uma das melhores sequências de guerra de filmes deste segmento em todos os tempos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #43ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Mais uma quarta, mais uma Sessão Sábadão Especial Oscar 2017! O filme indicado a premiação da vez é o drama "Manchester à Beira-Mar". Então dê uma pausa nesse seu dia corrido e venha ler mais uma crítica deste blogger que vos escreve:


Manchester à Beira-Mar - 2016

Elenco: Casey Affleck, Lucas Hedges, Michelle Williams, Kyle Chandler, Gretchen Mol e Matthew Broderick

Nota (0/10): 8
Dirigido por Kenneth Lonergan, cineasta com um curto e pouco conhecido cartel de filmes como diretor, mas roteirista de produções famosíssimas como "Máfia no Divã" de 1999, "Gangues de Nova York" de 2002 e até do desenho Doug (sim, o Funny), "Manchester à Beira-Mar" conta a história do solitário e depressivo Lee Chandler, um homem que é forçado a voltar a sua cidade natal para cuidar do seu sobrinho que acabou de ficar órfão e encarar o seu trágico passado de forma inevitável.

PRÓS: "Manchester By the Sea" (no original) se trata de um drama bem conduzido que tem na sua direção um trabalho bem detalhista. Cenas que se estendem mais do que esperado para mostrar personagens interagindo um com o outro, ou dormindo em frente a TV, contemplando o horizonte, ou simplesmente caminhando procurando a saída do estabelecimento, exemplificam bem esse detalhismo. Não são cenas importantes para o desenvolvimento do roteiro, mas ajudam a passar mais veracidade e mais empatia para o espectador que o assiste, entendendo como funciona a personalidade de cada um.
Por falar em desenvolvimento de roteiro, sua condução é muita boa e coerente. A maneira que a história é contada, intercalando flashbacks com fatos atuais, é um recurso muito bem trabalhado que acaba revelando informações importantes eficientemente.
No quesito atuação, temos um elenco muito afiado aqui. Todos estão compenetrados em seus personagens e conseguem passar a essência que cada um pede. Kyle Chandler e Michelle Williams estão costumeiramente perfeitos, e a atriz tem um diálogo no filme que justificou sua nomeação a "Melhor Atriz Coadjuvante" no Oscar desse ano. Já Casey Affleck está impressionante. Pra você que já assistiu ou vai assistir a "Manchester à Beira-Mar" pode vir a pensar que meu elogio ao ator foi um tanto quanto exagerada, pois sua atuação não teve nada demais. Mas é exatamente aí que você se engana, pois a interpretação de Affleck é tão boa, que ele faz o difícil parecer fácil. Não é qualquer um que poderia passar com tanta naturalidade as diversas camadas desse personagem, passeando de forma genuína sobre a linha tênue da introspecção e a explosão. Uma das melhores atuações masculinas do ano, senão a melhor...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

ONTEM E HOJE: TITANIC

Não se trata de uma unanimidade, mas um dos primeiros filmes que batem na nossa cabeça quando falamos de grandes vencedores do Oscar é de fato "Titanic" de 1997. Indicado a 14 categorias na cerimônia de 1998, o longa levou 11 estatuetas pra casa incluindo a de "Melhor Filme". Devido a isto, mais o sucesso estrondoso que fez nos cinemas, "Titanic" acabou se tornando um clássico cinematográfico e é adorado até os dias de hoje. E como a palavra de ordem aqui no blog "Eu e o Cinema" é Oscar, vamos listar um antes e depois dos principais nomes envolvidos nessa obra que marcou gerações.



domingo, 12 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #42ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Mais um domingo que chega, mais um filme para analisar na "Sessão Sábadão". E se você está chegando agora no "Eu e o Cinema", saiba que estamos vivendo intensamente o pré Oscar, sendo assim, só está saindo críticas dos longas que foram nomeados ao prêmio de "Melhor Filme" na cerimônia deste ano. "Estrelas Além do Tempo" é o escolhido da vez... Sendo assim, vamos nessa...


Estrelas Além do Tempo - 2016

Elenco: Tajari P. Henson, Octavia Spencer, Janelle Monáe, Kevin Costner, Jim Parsons, Kirsten Dunst, Glen Powell e Mahershala Ali

Nota (0/10): 6,5
Dirigido por Theodore Melfi, "Estrelas Além do Tempo", além de ser um outro bom exemplo de péssimo título adaptado no Brasil, também conta a história de três mulheres negras que trabalham na NASA e se tornam extremamente cruciais em um dos projetos tecnológicos mais importantes da história dos Estados Unidos. Mas para isso, tiveram que enfrentar todos os agravantes raciais dos intolerantes anos 60.

PRÓS: Pode parecer uma tremenda bobagem o que vou dizer a seguir, mas ao olhar um dos posteres de "Estrelas Além do Tempo" onde traz as três protagonistas caminhando de forma imponente sobre o símbolo da NASA, com um foguete espacial alçando voo ao fundo, eu já sabia mais ou menos o que me esperava: Um filme demasiadamente simpático sobre uma história real que provavelmente não foi tão simpática assim, o que os mais técnicos costumam chamar de "feel good movie". E baseando-se nisso, o filme vai muito bem. O carisma das três personagens principais, cada uma com uma personalidade diferente (mesmo que um pouco caricatas), a amizade entre elas e a maneira que a história é conduzida, faz deste longa uma experiência agradável. Mesmo que manipulativo, o enredo consegue transmitir a empatia necessária para que o espectador torça incondicionalmente pela trajetória de Katherine (Henson), Dorothy (Spencer) e Mary (Monáe).
No quesito atuação, gostaria de destacar dois nomes: Kevin Costner e Octavia Spencer. O ator está muito bem, impõe presença e vigor físico, consegue achar naturalidade dentro do seu personagem e se alguém merecesse uma indicação ao Oscar nesse elenco (que não é o caso) seria ele na categoria de "Melhor Ator Coadjuvante". Por sua vez, Octavia também faz um bom trabalho. Entre as protagonistas é a que consegue passar mais camadas e mais peso na sua atuação mesmo não tendo um forte monólogo assim como teve a personagem de Tajari P. Henson. Entretanto, não fez jus a indicação que recebeu como "Melhor Atriz Coadjuvante".
Nos termos técnicos, a fotografia e a trilha sonora do filme são muito boas e conseguem passar a essência "feel good" pretendida pelo longa.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #41ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Agora sim, sem atrasos e completamente restabelecido, o blog "Eu e o Cinema" volta a sua programação normal. E pra quem ainda não sabe, nesse mês de Fevereiro estamos respirando o Oscar, sendo assim, temos mais um filme concorrente ao principal prêmio da cerimônia para analisar, e o escolhido da vez é o musical "La La Land". Vamos lá?...


La La Land - 2016

Elenco: Emma Stone, Ryan Gosling, John Legend e Rosemarie Dewwit 

Nota (0/10): 9,5
Dirigido por Damien Chazelle, o mesmo do excelente "Whiplash", "La La Land" é um musical que conta a história de amor entre Mia, uma garçonete aspirante a atriz e Sebastian, um jovem pianista de jazz e a jornada de ambos para realizarem seus sonhos.

PRÓS: A sequencia musical que inicia "La La Land" já te indica um de seus pontos fortes logo de cara: a sua direção impecável. E enquanto a película progride, esse indício se torna certeza. Os empolgantes jogos de câmera, a edição afiada, o visual vibrantemente colorido, entre outras coisas, mostram que Damien Chazelle tinha o filme nas mãos. 
Como se trata de um musical, nada mais justo do que falar mais especificamente sobre esse quesito primordial da obra. As canções em sua maioria são boas e muito bem trabalhadas (destaco a empolgante "Another Day of Sun" e a melodiosa "City of Stars"). A mesma competência se estende as coreografias apresentadas nas sequencias musicais. Meticulosas, porém acessíveis em sua maioria, todos os atores envolvidos nestas cenas se saem extremamente bem.
Falando de atuação, não tem jeito, Emma Stone e Ryan Gosling formam a cabeça, o corpo e a alma de "La La Land". Tirando a química entre os dois que não é nenhuma novidade (pois já trabalharam anteriormente como par romântico em "Amor a Toda Prova" de 2011, e "Caça aos Gângsteres" de 2013), separados eles também dão um show a parte a começar por Emma Stone. Jovial, graciosa e espontânea, a atriz dá a dose perfeita de força e fraqueza que a sua personagem pede. Uma performance digna das premiações que vem recebendo até aqui. O mesmo acontece com Gosling, pois o ator consegue injetar personalidade ao seu personagem com uma atuação pretensiosamente despretensiosa (?) que mistura cinismo, um leve sarcasmo e muito entusiasmo, mas nada que justifique a indicação recebida de "Melhor Ator" no Oscar desse ano. O cantor John Legend também está no elenco com um papel importante e mesmo não dando uma grande atuação, ele não compromete a qualidade da obra.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #40ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Ainda em processo de reestabelecimento do blog, vamos postar a quadragésima edição da "Sessão Sábadão" nessa terça feira. Como estamos na fase pré-Oscar, vamos falar de mais um concorrente a estatueta de "Melhor Filme" na edição deste ano: o drama "Moonlight". Sem mais delongas, vamos direto ao que interessa...


Moonlight - 2016

Elenco: Trevante Rhodes, Ashton Sanders, Alex R. Hibbert, André Holland, Jharrel Jerome, Mahershala Ali, Naomi Harris e Janelle Monáe


Nota (0/10): 8
Longa dirigido por Barry Jenkins, "Moonlight" nos leva a conhecer a vida de Chiron em três fases: infância, adolescência e adulta. Todas elas envoltas por difíceis situações que vão desde sua mãe viciada em drogas até escolhas pessoais de vida não aceita pela grande parte da sociedade.

PRÓS: Para começarmos a falar de "Moonligth", vale dizer que este é um daqueles filmes audaciosos com um peso de mensagem muito significativo pra passar ao espectador, e isso por si só já é um grande trunfo do longa. A ousadia do roteiro te prende, te cativa e é um ótimo exercíco de empatia caso esteja com a mente e o coração abertos para receber tais mensagens.
Os aspectos técnicos da produção é um outro grande trabalho. Uma fotografia belíssima que torna-se um aditivo para se contar a história, juntamente com um bom trabalho de edição, efeitos sonoros e trilha, a obra se torna um exemplo perfeito de uma direção que sabe exatamente o que quer.
Voltando ao roteiro, podemos exaltar os diálogos. Fortes, plausíveis e com um conteúdo absurdo, consigo me lembrar de pelo menos duas ou três cenas que acabaram me tocando de alguma maneira. E isso é muito bom, pois se torna mais um recurso para imergir o público no filme.
No quesito atuação todos estão excelentes e entre eles destaco dois exemplos: Naomi Harris e os atores que interpretam Chiron. Enquanto a interpretação da atriz, mesmo que breve, é embasbacante e estarrecedora fazendo jus a indicação de "Melhor Atriz Coadjuvante" que recebeu, os responsáveis por darem vida as três fases do personagem principal (Alex R. Hibbert na infância, Ashton Sanders na adolescência e Trevante Rhodes na fase adulta) estão em completa harmonia em suas interpretações. Não existe um processo de imitação ou de semelhanças gestuais, mas todos eles conseguem captar a essência do personagem na maneira que trabalham a personalidade do mesmo. Ta na maneira tímida de falar, na tristeza do olhar, no pesar das decisões. Um trabalho muito bem feito!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

OS PIORES FILMES QUE VENCERAM O OSCAR

Na semana passada, o "Eu e o Cinema" postou um ranking que trouxe os 10 melhores filmes vencedores do Oscar, segundo a opinião do blog. Porém, entretanto, nem todo filme que vence a categoria mais importante da cerimônia, é necessariamente bom! Sendo assim, resolvi listar alguns que se encaixam perfeitamente nesse quesito e tentar entender o que a Academia viu de tão especial nessas películas.
Lembrando que falaremos da qualidade dos filmes vencedores e não especificamente de injustiças. Podemos usar de exemplo a premiação de "Melhor Filme" na edição de 1980. O merecedor da estatueta naquela ocasião, foi sem dúvida o apoteótico "Apocalypse Now" dirigido por Francis Ford Coppola, porém quem levou foi o drama "Kramer versus Kramer" que também é muito bom. Sendo assim, este caso e outros parecidos, não entraram na listinha a seguir:



Crash - No Limite (Melhor Filme 2006)


Vamos começar pelo mais recente caso de filmes que não são tão bons assim, mas levaram a estatueta de melhor do ano. O drama "Crash - No Limite" não é o dos piores, ele tem os seus méritos, como por exemplo a crítica que faz contra o racismo e a ótima interpretação de alguns atores que conseguem dar uma boa dinâmica ao roteiro. Mas pensar que essa película desbancou clássicos do cinema atual como "Capote", "Boa Noite e Boa Sorte" e "O Segredo de Brokeback Mountain", é uma coisa que não encaixa na cabeça de ninguém, apenas naquelas que votaram na categoria de "Melhor Filme" no Oscar de 2006.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #39ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Chegamos á trigésima nona edição da Sessão Sábadão e hoje tem mais um concorrente a "Melhor Filme" do Oscar 2017. O escolhido da vez é o drama/ficção científica "A Chegada".
Sem mais enrolação, vamos a análise do dia...

A Chegada - 2016

Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg e Tzi Ma


NOTA (0/10): 9,5
Dirigido pelo cineasta Denis Villeneuve (o mesmo de excelentes filmes como "Suspeitos" e "O Homem Duplicado"), "A Chegada" é protagonizado por Amy Adams e conta a história de Louise Banks, uma famosa linguista que é convocada pelo governo a se tornar responsável pela comunicação entre humanos e seres extraterrestres que chegaram a Terra a pouco tempo.

PRÓS: Produções de invasão alienígena tem aos montes em Hollywood e já os vi sendo executado de várias maneiras. Mas devido ao seu roteiro minusciosamente trabalhado, "A Chegada" consegue ser totalmente original dentro desse segmento. Gosto de como o filme trabalha algumas questões, que em mãos erradas teriam se tornado um tanto quanto cafona e inverossímil. Um bom exemplo disso são os próprios extraterrestres. Achei muito interessante a maneira que são retratados e de como se comunicam. O longa consegue te passar toda a imponência e a inteligência destes seres, que te faz acreditar que se eles existem, talvez sejam parecidos com isso. Outro exemplo que demonstra muito senso de realidade é como o longa mostra a reação do mundo referente a esse acontecimento. Como as pessoas reagiriam, como a mídia reagiria, como a internet reagiria, tudo isso é mostrado de forma muito competente. Ainda falando sobre o roteiro, vale ressaltar que além de engenhoso, tem um último ato muito impactante, contendo descobertas complexas, mas muito bem amarradas, elevando o filme á um patamar acima.
No quesito atuação, uma pergunta paira sobre o ar: Porque raios Amy Adams não foi indicada na categoria de "Melhor Atriz" no Oscar desse ano? Se você não tiver ideia sobre a resposta dessa questão, contente-se com a indignação de ver uma das melhores interpretações femininas de 2016 sendo completamente esnobada pela Academia. Sucinta, mostrando muito com menos, tudo baseado em ricas expressões e gestuais limitados, a atriz dá vida á uma personagem forte, porém ciente da dor de alguns dilemas que ela precisa encarar inevitavelmente. Também gostei muito da atuação de Michael Stuhlbarg, que de uma certa forma se torna o "vilão" em algumas questões cruciais da trama. O trabalho é tão bem feito aqui, que cheguei a ter dificuldades de reconhecer o ator nos primeiros momentos. Jeremy Renner e Forest Whitaker estão competentes como sempre e acabam somando no contexto geral da obra.