domingo, 19 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #44ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Faltam exatos 7 dias para o Oscar, a cerimônia mais importante da sétima arte. E na Sessão Sábadão de hoje vamos falar de "Hacksaw Ridge" (que no Brasil recebeu o título de "Até o Último Homem"), o penúltimo longa entre os indicados a "Melhor Filme" à receber a avaliação do blog. Então arrume seu capacete de guerra e vamos ao que interessa...

Até o Último Homem - 2016

Elenco: Andrew Garfield, Hugo Weaving, Teresa Palmer, Vince Vaughn, Sam Worthington, Luke Bracey e Rachel Griffiths

Nota (0/10): 7
Dirigido por Mel Gibson (ator e diretor que já ganhou o Oscar pelo filme "Coração Valente"), "Até o Último Homem" é baseado em fatos reais e conta a história do soldado Desmond Doss, um jovem que se alistou na Segunda Guerra Mundial para servir na ala médica, se recusando a encostar em uma arma e matar alguém, porém se torna peça fundamental durante a histórica Batalha de Okinawa.

PRÓS: Dez anos após lançar "Apocalypto", Mel Gibson retorna na direção de um longa e continua demonstrando que exerce bem esse papel que lhe rendeu seu único Oscar como "Melhor Diretor" por "Coração Valente" em 1995.
A começar pelos setores técnicos, que estão todos feitos de maneira super competente. A fotografia exuberante, sensacionais efeitos especiais, o figurino, a maquiagem, a trilha sonora, todos esses quesitos vem a somar e trabalham para a progressão do filme. 
Outro ponto interessante é o seu roteiro. Mesmo tendo falhas na sua estrutura narrativa, a história é poderosa, é emocionante e segura o espectador interessado nos acontecimentos e nas proezas do personagem principal.
No quesito atuação, temos três destaques positivos aqui: Vince Vaughn, Hugo Weaving e Andrew Garfield. A personalidade do primeiro nome casa bem com a essência de seu personagem e mesmo não tendo nada de especial em sua interpretação, o ator se mantém efetivo. Já Hugo Weaving está sensacional! Você já consegue ter raiva e compreensão por ele quase que de imediato. Na minha opinião, figuraria fácil entre os indicados a "Melhor Ator Coadjuvante" pelo seu trabalho. Andrew Garfield também está muito bem. É outro que conseguiu entender o que o seu papel pede e coloca isso em prática em uma interpretação rica e cheia de camadas. Talvez um pouco afetada pelo mainstream intrínseco do filme, mas é uma atuação boa que mereceu a indicação a "Melhor Ator".
Mas dentre todos os prós de "Até o Último Homem", o mais importante foi sem dúvidas, as suas megalomânicas sequências de guerra. Bem trabalhadas, bem elaboradas, bem coreografadas, explícitas, agoniantes e ultra realistas, a ótima direção de Mel Gibson permite que o espectador encontre ordem no caos, pois mesmo que se tenha muita explosão, muito sangue, muita lama e muitos tiros, é possível compreender o que está acontecendo com cada personagem no campo de batalha. É, provavelmente, uma das melhores sequências de guerra de filmes deste segmento em todos os tempos.

CONTRAS: Enquanto citava os prós referentes ao enredo do filme, comentei que sua estrutura narrativa é falha. E isso percebe-se logo nas primeiras cenas do longa. Com um roteiro apressado, afobado e contado de forma muito familiar, acaba ficando difícil comprar a história por completo. Para exemplificar melhor, citarei dois momentos do filme que não chegam a ser baitas spoilers, mas caso não tenha assistido e não queira saber absolutamente nada sobre ele, é só ignorar os textos em itálico.
O romance entre os personagens de Andrew Garfield e Teresa Palmer é contado de forma tão imediata e apressada, que você não compra o amor incondicional que um sente pelo outro. A afobação é tanta para estabelecer esse processo, que quando o roteiro focaliza nesse relacionamento é onde ele mais perde forças.
Uma outra cena que expressa bem como a estrutura narrativa do filme é familiar, se passa no tribunal onde será definido uma questão importantíssima para o andamento da história, porém o roteiro insere uma invasão que acaba mudando o curso do julgamento nos últimos segundos. Além de inverossímil e manipulativo, é um momento que gosto de chamar de "Sessão da Tarde", recurso muito usado em filmes do Adam Sandler ou dos Trapalhões.
Outro fator que sofre bastante com a familiarização do roteiro são os diálogos. Repletos de conversações prontas e frases de efeito, é um setor que acaba flertando com a breguice por muitas vezes.
No quesito atuação, destaco negativamente o ator Sam Worthington. Completamente ligado no automático, sua atuação é rasa e não oferece naturalidade nenhuma ao seu personagem. 

DIAGNÓSTICO DO FILME:
"Até o Último Homem" trata-se de um filme que tem um bom enredo que é contado de forma familiar e apressada. Repleto de frases de efeito em seus diálogos, a produção se supera em suas atuações competentes e nas suas sequências de guerra que são de tirar o fôlego. É o terceiro melhor longa da filmografia de Mel Gibson como diretor (atrás de "Coração Valente" e "Paixão de Cristo" respectivamente), e é uma boa pedida para o espectador que procura diversão e escapismo. Nota 7!



É isso aí galera!!! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!! 

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