quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #39ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2017)

Chegamos á trigésima nona edição da Sessão Sábadão e hoje tem mais um concorrente a "Melhor Filme" do Oscar 2017. O escolhido da vez é o drama/ficção científica "A Chegada".
Sem mais enrolação, vamos a análise do dia...

A Chegada - 2016

Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg e Tzi Ma


NOTA (0/10): 9,5
Dirigido pelo cineasta Denis Villeneuve (o mesmo de excelentes filmes como "Suspeitos" e "O Homem Duplicado"), "A Chegada" é protagonizado por Amy Adams e conta a história de Louise Banks, uma famosa linguista que é convocada pelo governo a se tornar responsável pela comunicação entre humanos e seres extraterrestres que chegaram a Terra a pouco tempo.

PRÓS: Produções de invasão alienígena tem aos montes em Hollywood e já os vi sendo executado de várias maneiras. Mas devido ao seu roteiro minusciosamente trabalhado, "A Chegada" consegue ser totalmente original dentro desse segmento. Gosto de como o filme trabalha algumas questões, que em mãos erradas teriam se tornado um tanto quanto cafona e inverossímil. Um bom exemplo disso são os próprios extraterrestres. Achei muito interessante a maneira que são retratados e de como se comunicam. O longa consegue te passar toda a imponência e a inteligência destes seres, que te faz acreditar que se eles existem, talvez sejam parecidos com isso. Outro exemplo que demonstra muito senso de realidade é como o longa mostra a reação do mundo referente a esse acontecimento. Como as pessoas reagiriam, como a mídia reagiria, como a internet reagiria, tudo isso é mostrado de forma muito competente. Ainda falando sobre o roteiro, vale ressaltar que além de engenhoso, tem um último ato muito impactante, contendo descobertas complexas, mas muito bem amarradas, elevando o filme á um patamar acima.
No quesito atuação, uma pergunta paira sobre o ar: Porque raios Amy Adams não foi indicada na categoria de "Melhor Atriz" no Oscar desse ano? Se você não tiver ideia sobre a resposta dessa questão, contente-se com a indignação de ver uma das melhores interpretações femininas de 2016 sendo completamente esnobada pela Academia. Sucinta, mostrando muito com menos, tudo baseado em ricas expressões e gestuais limitados, a atriz dá vida á uma personagem forte, porém ciente da dor de alguns dilemas que ela precisa encarar inevitavelmente. Também gostei muito da atuação de Michael Stuhlbarg, que de uma certa forma se torna o "vilão" em algumas questões cruciais da trama. O trabalho é tão bem feito aqui, que cheguei a ter dificuldades de reconhecer o ator nos primeiros momentos. Jeremy Renner e Forest Whitaker estão competentes como sempre e acabam somando no contexto geral da obra.