domingo, 17 de dezembro de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #87ª EDIÇÃO

Faltam exatamente oito dias para o Natal e a gente tá como? Mais do que prontos para postar mais uma edição da Sessão Sábadão. Hoje completamos a marca de oitenta e sete edições analisando "Detroit em Rebelião", o longa mais recente da sempre ótima cineasta Kathryn Bigelow. Então segue o texto e boa leitura!

Detroit em Rebelião - 2017

Elenco: Algee Smith, Jacob Latimore, John Boyega, Will Poulter, Anthony Mackie, Hannah Murray, Kaitlyn Dever, Jack Reynor, Ben O'Toole, Jason Mitchell e John Krasinski.


SOBRE O FILME:
Baseado nos relatos verídicos que aconteceram na rebelião civil que tomou conta da cidade de Detroit por cinco dias no ano de 1967, o filme foca sua trama no intenso incidente do Motel Angiers aonde pessoas inocentes foram encurraladas, torturadas e assassinadas pela polícia local.
"Detroit" (no original) foi dirigido por Kathryn Bigelow, aclamada cineasta e vencedora do Oscar que já tem uma COLETÂNEA aqui no blog dedicada aos seus melhores trabalhos.

PRÓS: Tratando-se de um filme baseado em fatos reais, "Detroit em Rebelião" faz um excelente trabalho histórico que funciona não apenas como narrativa, mas também como contextualização da trama. Esse recurso insere o espectador na história de maneira mais profunda.(1)
Seu roteiro claramente trata sobre questões de segregação racial e contém uma crítica social bem estabelecida aqui. Mesmo assim, ele não se utiliza de facilitações para passar sua mensagem simplesmente vilanizando a polícia e todos os seus personagens brancos, tão pouco santificando todos os personagens negros. Existem nuances que fortalecem a história injetando realismo e genuinidade ao longa.(1,5)
Os quesitos técnicos são ótimos! É possível citar a sua bela fotografia, sua edição dinâmica e pontual, a competente construção de época e a perfeição dos figurinos e maquiagens.(1)
No quesito atuação, a qualidade varia de satisfatórias para estrondosas. Ninguém está mal aqui! O destaque vai para as interpretações de John Boyega (que consegue passar indignação e até mesmo impotência se utilizando de expressões simples e quase estáticas), Algee Smith (que demonstra muitas camadas em uma atuação que junta charme, sagacidade, medo e ódio em um personagem só) e Will Polter (que poderia concorrer ao Oscar de "Melhor Ator Coadjuvante" por este papel).(1)




CONTRAS: O filme esbarra em alguns pequenos problemas na execução do segundo ato. Mesmo que justificável, a trama perde um pouco do seu dinamismo e parece chegar a um ponto cíclico que demora a engrenar. Não atrapalha a tensão estabelecida pelo roteiro mas incomoda passando a impressão de que o filme não sabe mais o que contar. Entretanto, este entrave é corretamente resolvido na transição para o terceiro ato recuperando dessa forma, um ritmo mais fluido.(-0,5)
Mesmo tendo atuações excelentes, pode-se dizer que o longa tem alguns equívocos de casting. Particularmente me sinto incomodado quando vejo um ator/atriz expressivo fazendo papéis aonde não conseguem demonstrar todo o seu potencial. Em "Detroit em Rebelião", dois deles me chamaram atenção: Anthony Mackie e John Krasinski. O primeiro tem até um arco interessante na trama, mas a escolha do ator para este papel me pareceu ser mais um chamariz promocional do que qualquer outra coisa. Já o segundo, que não é nenhum Robert de Niro, aparece muito pouco no filme em um personagem que poderia ser interpretado por qualquer outro ator com menos "nome" do que ele. Não atrapalhou minha experiência com a obra, mas me incomodou... Achei que valia o registro.(-0,5)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Tenso, intenso, genuíno, realista e porque não dizer cruel, "Detroit em Rebelião" serve como filme biográfico, obra histórica e ferramenta de conscientização. Mais um ótimo longa para o belo currículo de Kathryn Bigelow. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim: 







É isso aí galera!!! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!! 


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