quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

APOSENTADOS DO CINEMA

Atuar é um emprego digno como qualquer outro do mundo. A grande diferença é que trata-se de uma ocupação atemporal, sem data para se retirar do ofício. Mesmo assim, alguns atores e atrizes desistem, se desiludem ou simplesmente enchem o saco de trabalhar com cinema e se aposentam da profissão. Pensando nisso, o blog resolveu listar alguns nomes que deixaram de exercer o dom da atuação e seguiram suas vidas de outras maneiras. Dito isso, vamos aos nomes...



Daniel Day-Lewis


Vamos iniciar essa matéria citando a baixa mais recente dentre os astros de cinema que resolveram se despedir das telonas e talvez, a mais dolorosa de todas as despedidas que aqui serão citadas: Daniel Day-Lewis. Nomeado por muitos como o melhor ator da história da sétima arte, Day-Lewis recebeu três estatuetas douradas ao longo dos anos por suas brilhantes atuações. Extremamente metódico e imersivo, o dom da interpretação ganhou um novo sentido depois de suas talentosas performances.
Entre tantas obras primas que formam sua cinematografia, é possível citar grandes clássicos como "O Meu Pé Esquerdo" de 1989, "O Último dos Moicanos" de 1992, "Em Nome do Pai" de 1993, "Gangues de Nova York" de 2003 e "Sangue Negro" de 2007.
Acometido por uma vontade súbita de se aposentar, Day-Lewis entrará em cartaz brevemente com o drama "Trama Fantasma" encerrando então, uma das carreiras mais brilhantes de Hollywood.


Amanda Bynes


Um dos principais nomes do cinema teen na década de 2000 (ao lado de Lindsay Lohan), a jovem Amanda Bynes iniciou sua carreira em um programa infantil de muito sucesso no canal fechado que acabou alavancando sua carreira para Hollywood. Nas telonas, brilhou em comédias adolescentes como "Tudo que uma Garota Quer" de 2003, "Ela é o Cara" de 2006, "Ela e os Caras" de 2007 e "A Mentirosa" de 2009, sendo este o seu último trabalho.
Em 2010, Amanda anunciaria sua aposentadoria aos 24 anos de idade alegando falta de amor pela profissão. Após esse evento, a jovem ex-atriz começou a estampar capas de revistas, tabloides e jornais não mais pelo seu talento, mas sim por transgressões que se noticiaram nas páginas policiais.
Demonstrando uma espécie de distúrbio mental ou sentimental, Amanda Bynes acabou se tornando uma pessoa completamente diferente do que já foi um dia.

Rick Moranis


Não dá pra falar de cinema dos anos 80 sem citar Rick Moranis. Costumeiramente interpretando personagens tímidos de pouco traquejo social, o ator brilhou em diversos clássicos da comédia oitentista como "Os Caça-Fantasmas" de 1984, "A Pequena Loja dos Horrores" de 1986, "S.O.S - Tem Um Louco Solto no Espaço" de 1987, "Querida, Encolhi as Crianças" de 1989 e "O Tiro que Não Saiu Pela Culatra" também de 89, formam o bom currículo do ator.
Nos anos 90, Moranis chegou a fazer alguns trabalhos notáveis como "Querida, Estiquei o Bebê" de 1992 e "Os Flintstones - O Filme" de 1994, mas encerrou sua carreira em 1997 com o lançamento de "Querida, Encolhi a Gente", o terceiro filme da franquia.
Após a morte de sua esposa, vítima de um câncer, o ator decidiu se aposentar das telonas pois sentiu que não poderia conciliar sua exaustiva profissão com a sua vida pessoal.

Gene Hackman


Lendário, icônico, vencedor de Oscar e Globos de Ouro, Gene Hackman dispensa apresentações. Na sua poderosa cinematografia, é possível citar clássicos da sétima arte como "Operação França" de 1971 (filme que lhe rendeu o Oscar de "Melhor Ator"), "A Conversação" de 1974, "Superman: O Filme" de 1978, "Mississipi em Chamas" de 1988, "Os Imperdoáveis" de 1992 (aonde ganhou a estatueta de "Melhor Ator Coadjuvante"), "A Firma" de 1993, "Maré Vermelha" de 1995, etc, etc e etc...
Seu último trabalho foi a comédia pouco expressiva "Uma Eleição Muito Atrapalhada" de 2004, logo após resolveu se aposentar aos 74 anos de idade. Com essa decisão, o ator decidiu se dedicar a sua carreira de escritor lançando livros de ficção científica. Em parceria com Daniel Lenihan, Hackman escreveu obras como "Justice for None" de 2001, "Escape from Andersonville" de 2008 e "Pursuit" de 2013.

Ana Paula Arósio


Bem verdade que a carreira cinematográfica de Ana Paula Arósio é bem menos significativa do que sua carreira na teledramaturgia, mas como trata-se de uma das atrizes mais icônicas do Brasil entre as décadas de 90 e 2000, achei que o registro seria válido.
Se nas telinhas ela brilhou em novelas e minisséries como "Hilda Furacão" de 1998, "Terra Nostra" de 1999 e "Páginas da Vida" de 2006, nos cinemas esteve presente em bons filmes como "O Coronel e o Lobisomem" de 2005, "Anita e Garibaldi" de 2013 e "A Floresta que se Move" de 2015.
Mesmo que não oficial, Ana Paula acabou se distanciando das câmeras e dos holofotes naturalmente, dedicando-se inteiramente a uma vida no campo, aonde passa o tempo como uma bem sucedida criadora de cavalos.

Joe Pesci


Outro ótimo caso de ator renomado que decidiu se aposentar mesmo tendo uma carreira cinematográfica de extrema importância é o exemplo de Joe Pesci.
Dono de um currículo que traz clássicos do drama ("Touro Indomável" de 1980, "Era Uma Vez na América" de 1984 e "Os Bons Companheiros" de 1990), clássicos da ação ("Máquina Mortífera 2" de 1989 e suas continuações) e até clássicos da comédia infantil ("Esqueceram de Mim" de 1990 e "Esqueceram de Mim - Parte 2" de 1992), Pesci simplesmente encheu o saco de Hollywood e decidiu se aposentar em meados de 1999. Chegou a participar de alguns filmes inexpressivos posteriormente, mas nada que pontuasse como retorno as câmeras.
Quando tomou a fatídica decisão, alegou que gostaria de retomar sua carreira musical que acabou interrompendo devido ao seu ofício cinematográfico. 

Bridget Fonda


Filha de Peter Fonda, sobrinha de Jane Fonda e neta de Henry Fonda, Bridget Fonda iniciava a terceira geração da família Fonda na sétima arte. Dona de um talento genético, muito carisma e beleza estonteante, Hollywood se abriu para atriz. Extremamente atuante na década de 90, Bridget estrelou filmes como "O Poderoso Chefão - Parte III" de 1990, "Mulher Solteira Procura" de 1992, "A Assassina" e o "O Pequeno Buda" ambos de 1993, "Jackie Brown" de 1997 e "Pânico no Lago" de 1999.
Após o lançamento de "A Rainha das Estações" de 2002, a atriz decidiu dar um ponto final na sua carreira cinematográfica e dedicar todo o seu tempo a uma profissão muito mais nobre e cansativa: ser mãe!




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