quinta-feira, 15 de junho de 2017

SESSÃO SÁBADÃO - #60ª EDIÇÃO

O tempo passa, o tempo voa, a poupança Bamerindus não está mais numa boa, mas a Sessão Sábadão chega a sua sexagésima edição. Já são sessenta filmes assistidos e analisados por esse blogger que vos fala que não estudou cinema, mas se acha o último cinéfilo da fila da pipoca. Para comemorar tal marca, decidi fazer a primeira crítica de uma produção original da Netflix. Caso não saiba do que estou falando, me refiro ao longa "War Machine", comédia protagonizada por Brad Pitt e lançada nesse ano pela plataforma virtual.


War Machine - 2017

Elenco: Brad Pitt, Anthony Michael Hall, John Magaro, Topher Grace, Alan Ruck, Keith Stanfield, Will Poulter, Scott McNairy, Ben Kingsley e Tilda Swinton.


SOBRE O FILME:
"War Machine" é uma comédia dramática original da Netflix que conta sobre os bastidores do exército americano na guerra do Afeganistão sob os comandos do general Glen McMahon, um respeitado militar que decide implementar uma estratégia inusitada para vencer a batalha, tendo que lidar com dificuldades impostas pelo próprio governo americano. O filme foi escrito e dirigido por David Michôd, cineasta que realizou os poucos conhecidos "Reino Animal" de 2010 e "The Rover - A Caçada" de 2014. 

PRÓS: Um ponto positivo do filme que demora a ficar perceptivo mas se torna o elemento mais benéfico pra obra, é a química construída pelos personagens inseridos no núcleo principal da trama. Mesmo que demasiadamente caricatos (a gente fala disso mais tarde), a fluidez que o elenco consegue formar quando estão juntos faz o espectador comprar a ideia de que a equipe do general McMahon é extremamente unida e devota pelo seu comandante. Isso ajuda a criar empatia pelos protagonistas.(1)
Essa fluidez mencionada a pouco, acaba influenciando nos diálogos do longa. Tratam-se de conversações bem roteirizadas, bem trabalhadas, imensamente estudadas e até ambíguas em algumas vezes. Acaba escorregando aqui e ali, mas no final das contas acaba sendo um recurso benéfico.(1,5)
Nos quesitos técnicos, outro show a parte. Com uma ótima fotografia, belos cenários e uma interessante trilha sonora, a produção também consegue passar a tensão necessária em suas raras cenas de guerra.(1,5)
Curiosamente, "War Machine" é uma comédia dramática que funciona muito melhor quando deixa o gênero cômico um pouco mais de lado e assume seu lado sério quase que por completo. Ao tomar essa decisão, o filme fica denso, ganha força e lembra bons filmes do gênero como "Sniper Americano" de 2014, por exemplo.(1,5)


CONTRAS: No lado negativo, o principal escorregão do longa está nas suas atuações. A maioria delas são carregadas de esteriótipos e tremendamente caricatas. Para exemplificar, existe um personagem nervosão que é conhecido por se exaltar facilmente e sempre que ele está em cena, ele xinga alguém ou solta algum palavrão gratuito. O mesmo acontece com outro personagem que está no filme para ser o cara arrogante do governo. Sempre que aparece, ele solta algum diálogo afetado para mostrar o quão filha da mãe ele é. Mas apesar de tudo isso, nada supera a atuação de Brad Pitt. Que ele é um ótimo ator e não precisa provar nada pra ninguém nós já sabemos, mas eu creio que essa tenha sido uma das piores interpretações de sua carreira. Caricato, afetado e sem nenhum tipo de refinamento, é quase impossível de acreditar que alguém como seu personagem exista de verdade. Diferente de seu trabalho em "Bastardos Inglórios" de 2009, aonde interpretou outro personagem de características incomuns, dessa vez o ator acabou perdendo a mão totalmente.(-2)
Outro ponto fraco de "War Machine" está na sua truncada estrutura narrativa. Arrastada, enrolada e até mesmo preguiçosa, o longa tem dificuldades em desenvolver sua história de forma mais dinâmica tornando a experiência um tanto quanto cansativa, principalmente entre o primeiro e o segundo ato.(-2)

DIAGNÓSTICO DO FILME:
"War Machine" é um filme inteligente e que conta uma história interessante sobre os bastidores da guerra no Afeganistão. Caso consiga engolir a interpretação, no mínimo, pastelônica do protagonista e sua estrutura narrativa um tanto quanto arrastada, vale o registro. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:










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