sábado, 12 de agosto de 2017

ERA TÃO BOM ASSIM? - #2ª EDIÇÃO

Já faz um tempo que este quadro estreou aqui no "Eu e o Cinema" e este sábado está bastante propício para a postagem de sua segunda edição. Dessa vez resolvi revisitar um clássico dos anos 90: "Até as Últimas Consequências". Afinal, será que esse filme era tão bom quanto parecia ser? Só há um jeito de saber...

Até as Últimas Consequências - 1996

Elenco: Jada Pinkett Smith, Queen Latifah, Vivica A. Fox, Kimberly Elise, John C. McGinley, Blair Underwood, Ella Joyce e Dr. Dre.


SINOPSE:
Afundadas em severos problemas familiares e econômicos, quatro amigas que vivem na periferia decidem formar uma quadrilha de assaltos á bancos. Com o dinheiro, elas planejam começar uma nova vida em um outro lugar, mas para isso precisam despistar a polícia que está cada vez mais perto de capturá-las.
Lançado em 1996, "Set it Off" (nome original) foi um dos primeiros filmes dirigidos por F. Gary Gray, cineasta conhecido por dirigir diversos videoclipes de grandes nomes do rap norte americano como Dr. Dre, TLC e Outkast e que futuramente viria a lançar longas como "A Negociação" de 1998, "Código de Conduta" de 2009, "Straight Outta Compton" de 2015 e "Velozes e Furiosos 8" de 2017. 
Com um orçamento final de 9 milhões de dólares, o longa arrecadou um faturamento no valor de 41 milhões de dólares nas bilheterias ao redor do mundo. Sucesso de público e de crítica.



Quando assisti e o que eu achei?
Me lembro que já estávamos nos últimos anos da década de 90 e eu estava no auge da minha pré adolescência, entre os 10 e 11 anos de idade pra ser mais específico. Nessa fase, eu estava na transição de deixar as coisas infantis um pouco mais de lado e me importar com assuntos mais adultos. O filme que passava quase que semanalmente nas noites do SBT era justamente "Até as Últimas Consequências"... depois de "Joe e as Baratas" é claro. Sendo assim, o encontro foi inevitável e eu me encontrei alucinado pela história dessa película. Adorava compartilhar com os amigos da escola as cenas mais alucinantes do tal filme onde as mulheres colocavam uma máscara de plástico e saíam roubando bancos como se não houvesse amanhã. Na época, um dos melhores filmes que assisti na minha vida.


Afinal, o filme era tão bom assim?
Quase 20 anos após minha primeira experiência com esta produção e com uma bagagem cinematográfica considerável que acabei conquistando de lá pra cá, foi possível apontar alguns pontos que vão contra a perfeição que meus olhos infanto juvenis conseguiram ver um dia. A começar pelo fator interpretativo da película. Se nos atentarmos apenas nas quatro protagonistas, é possível extrair boas atuações porém pouco cautelosas. Se todas brilham injetando uma boa dose de personalidade em suas personagens, todas acabam pecando pelo excesso tornando a interpretação quase que caricata. Sobre o resto do elenco, apenas John C. McGinley se salva neste quesito. Os diálogos também são bem problemáticos e a grande maioria serve apenas para expor ideias de forma explícita ou antever situações que virão a acontecer. O roteiro até funciona bem e os motivos que levam as protagonistas a tomarem a pesada decisão de se tornarem assaltantes de banco são desenvolvidos de maneira bem convincente. Pena que este mesmo roteiro perde bastante tempo em uma subtrama romântica completamente desinteressante, que tem como sua única função a inserção de um peso a mais na consciência de uma das personagens. Esse fato acaba tornando esse recurso vago e sem necessidade nenhuma de existência. 
Mesmo com todas essas ressalvas negativas, "Até as Últimas Consequências" acaba se redimindo quase que totalmente no seu terceiro e eletrizante ato. A forma de como a história das meninas se conclui é o ponto forte do filme, pois tem uma boa carga de entretenimento e não faz feio para nenhum grande longa do gênero. Não chega a ser perfeito e nem original, mas tem uma capacidade de comoção muito forte.
Colocando tudo isso em uma caixa e analisando o conjunto da obra, "Até as Últimas Consequências" é bem menos maravilhoso do que as minhas recordações falavam e se mostrou repleto de equívocos, mas por um outro lado tem um roteiro bem desenvolvido e um terceiro ato de tirar o folego. Sendo assim...

💢👍O FILME É BOM👍💢



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Um comentário:

  1. Eu assisti esse filme recentemente, gostei muito do contexto dele. A mensagem que ele deixa é muito interessante e acho atual. Gostei da música de abertura, é uma das que mais gosto.
    Concordo com a sua opinião sobre o filme. Algumas partes me deixaram surpresas, como a personagem da Queen Latifah, apesar que a maioria dos filmes dela ela tem um estilo mais durona, mas não igual essa personagem.
    Algumas partes foram forçadas e um pouco desnecessárias. Acredito que a parte do relacionamento da protagonista poderia ter sido mais aproveitado, pois achei que a opinião dele foi crucial para que ela tomasse a decisão.
    Achei o filme bom e coerente, já que elas estavam iniciando na carreira, achei os efeitos especiais bons também.
    Essa foi minha opinião.
    Vlw.. abraços

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