Bonequinha de Luxo (1961)
Ótima Atuação: Audrey Hepburn como Holly Golightly
Péssima Atuação: Mickey Rooney como Sr. Yunioshi
Para iniciarmos esta matéria especial, nada melhor do que começar citando um mega clássico do cinema: "Bonequinha de Luxo" de 1961. Se por um lado temos a atuação mais icônica da carreira da talentosíssima Audrey Hepburn que marcou história até os dias atuais devido a sua performance graciosa, carismática, elegante, cativante e apaixonante, temos o extremo oposto na atuação de Mickey Rooney interpretanto o Sr. Yunioshi. Em um personagem que já deu errado na sua construção (já que era beeem mais fácil ter escalado um intérprete japonês para o papel), Rooney deu vida ao rabugento síndico abusando do esteriótipo oriental entregando uma atuação afetada, irritante e desrespeitosa.
Wall Street - Poder e Cobiça (1987)
Ótima Atuação: Michael Douglas como Gordon Gekko
Péssima Atuação: Daryl Hannah como Darien Taylor
Talvez um dos nossos exemplos mais explícitos, "Wall Street - Poder e Cobiça" de 1987 ostenta dois prêmios absurdamente distintos: o Oscar de "Melhor Ator" para Michael Douglas e a Framboesa de Ouro de "Pior Atriz" para Daryl Hannah. Enquanto o primeiro é a personificação da ganância, da falta de ética e da dissimulação envoltas em muito charme e carisma na pele do mega corretor multi milionário Gordon Gekko, Daryl Hannah simplesmente não se encontra no papel da sedutora Darien Taylor. Uma das musas do cinema naquela época, Hannah não imprime a tensão e a dramatização necessária para que sua personagem funcionasse entregando uma atuação em um tom muito abaixo do resto do elenco.
Pela Vida de Um Amigo (1998)
Ótima Atuação: Joaquin Phoenix como Lewis McBride
Péssima Atuação: Vince Vaughn como John Volgecherev
Ainda sobre tons de atuação vamos falar de um caso onde a interpretação é boa demais para o filme em questão que acaba até destoando. É o que acontece em "Pela Vida de um Amigo" de 1998. Dramalhão de qualidade questionável, o longa é protagonizado por um Vince Vaughn apático e canastrão que entrega uma performance quase alheia aos acontecimentos do roteiro. Diferente de Joaquin Phoenix, que se na época ainda não era conhecido internacionalmente como um ator mega talentoso, já demonstrava um nível de atuação acima da média.
Drácula de Bram Stoker (1992)
Ótima Atuação: Gary Oldman como Conde Drácula
Péssima Atuação: Keanu Reeves como Thomas Hutter
Dirigido por Francis Ford Coppola, "Drácula de Bram Stoker" é para muitos a obra cinematográfica definitiva do vampiro mais importante da literatura. Isso muito se deve a ótima interpretação de Gary Oldman que explora todas as facetas desse personagem com muita destreza e talento. Por outro lado, temos Keanu Reeves que nunca foi reconhecido pelos seus dotes interpretativos mas sempre compensou com seu carisma e presença. Entretanto, nem esses fatores salvam a atuação pífia do galã que não condiz com o tom pré estabelecido pelo filme, entregando aquela que talvez seja a performance mais canastrona de sua carreira.
Gangues de Nova York (2002)
Ótima Atuação: Daniel Day-Lewis como The Butcher
Péssima Atuação: Cameron Diaz como Jenny Everdeane
Falar que Daniel Day-Lewis está bem em um filme é quase um pleonasmo e em "Gangues de Nova York" não foi diferente. Detentor dos melhores momentos interpretativos do longa, o talentosíssimo ator dá um show e constrói um personagem poderoso e repleto de personalidade. Por outro lado, a bela porém menos talentosa Cameron Diaz não consegue o mesmo feito, entrega uma performance fraca e se torna de longe um dos pontos mais problemáticos da obra.
O Homem do Futuro (2011)
Ótima Atuação: Wagner Moura como Zero
Péssima Atuação: Fernando Ceylão como Otávio
"O Homem do Futuro" de 2011 é um filme ambicioso que tem os seus altos e baixos. Entre os altos, temos a atuação magistral de Wagner Moura que interpreta o protagonista Zero e passeia com muita fluidez e competência entre as diversas personalidades do seu personagem. Entre os baixos, temos Fernando Ceylão nos "presenteando" com uma performance desleixada, afetada e amargamente blasé na pele de Otávio, o melhor amigo de Zero. Quando ambos estão em cena, é perceptivo a diferença de talento.
O Poderoso Chefão: Parte III (1990)
Ótima Atuação: Al Pacino como Michael Corleone
Péssima Atuação: Sofia Coppola como Mary Corleone
Por fim, vamos falar de um dos exemplos que nos ensina que nepotismo raramente dá certo. Dezesseis anos após o lançamento de "O Poderoso Chefão: Parte II" o terceiro e derradeiro longa da franquia chegaria aos cinemas. Mais uma vez na pele de Michael Corleone (aquele que detém o melhor arco dramático da história do cinema segundo este que vos fala), Al Pacino volta a brilhar e insere mais camadas em um personagem que já era rico em personalidade. No papel de sua herdeira, o diretor Francis Ford Coppola resolveu elencar sua própria filha Sofia Coppola, que até então, não tinha muita experiência como atriz de cinema. Resumo da ópera, a jovem não deu conta da grande responsabilidade que seu pai lhe deu, entregou uma atuação dolorosamente ruim e levou duas Framboesas de Ouro pra casa: uma de "Pior Atriz" e outra de "Pior Revelação". O estrago foi tão grande, que Sofia nunca mais atuou e decidiu investir na sua carreira de cineasta, decisão que com o tempo se mostrou a mais correta.
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