domingo, 7 de julho de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #123ª EDIÇÃO

Após uma semaninha sem novidades no blog, voltamos para mais uma edição da sagrada Sessão Sabadão. Hoje, vamos ter a primeira análise de uma obra nacional deste ano de 2019: "Turma da Mônica: Laços". Após muita expectativa, o live-action baseado nos quadrinhos mais famosos do Brasil chegou aos cinemas... será que é legal? Será que não? Prepare seu coelhinho de pelúcia e seu plano infalível e embarque em mais uma das nossas críticas...


Turma da Mônica: Laços - 2019

Elenco: Giulia Benite, Kevin Vecchiato, Gabriel Moreira, Laura Rauseo, Rodrigo Santoro, Fafá Rennó, Paulo Vilhena e Monica Iozzi.


SOBRE O FILME:
Após mais um dia normal e rotineiro no Bairro do Limoeiro, Floquinho, um belo poodle da cor verde, é raptado. Abalado com o sumiço do seu cachorrinho, o garoto Cebolinha monta um "plano infalível" e recruta seus amigos Mônica, Cascão e Magali para uma aventura em busca do bichinho.
O longa é a segunda obra dirigida por Daniel Rezende, cineasta responsável pelo primoroso "Bingo: O Rei das Manhãs" de 2017 e é baseado em uma graphic novel da Turma da Mônica que tem o mesmo título do longa.

PRÓS:
A primeira coisa que chama atenção em "Laços" é a bela e convidativa construção de mundo que ela oferece. O trabalho é tão bem feito, que o Bairro do Limoeiro se torna atmosférico e funcional, tanto que massageia a nostalgia do espectador mais velho e nos presenteia com diversas homenagens ao universo quadrinhesco do seu material fonte.(1)
Outro acerto do longa são as escolhas visuais que ela trabalha seus personagens. De maneira muito plausível, este conceito consegue inserir realismo sem perder a essência visual dos seus protagonistas.(0,5)
Os quesitos técnicos também impulsionam positivamente a obra. Demonstrando um talento e personalidade imensa, Daniel Rezende se sai muito bem (mais uma vez) e sua direção oferece uma cinematografia deslumbrante, uma edição empolgante e um jogo de câmera envolvente e muito bem elaborado.(1)
Em um dos poucos bons momentos do roteiro (falaremos mais dele depois), a trama aborda temas importantes como o bullyng, a amizade, o respeito ao próximo e auto conhecimento. Todos de maneira abrupta e superficial, mas vale meio ponto pela existência.(0,5)
Rodrigo Santoro está no filme e é uma das melhores coisas de "Laços". Em um momento aonde a obra se torna poética e até mesmo mais densa, essa pequena sequência é tão significante que poderia dar a tônica para o andamento total da obra... Pena que não é isso que acontece...(1)

CONTRAS:
Se nos quesitos interpretativos, Rodrigo Santoro brilha mesmo que brevemente, também é possível destacar o esforço e o carisma de Giulia Benite que se sai bem na pele da personagem Mônica. Fora isso, o elenco varia de regular para ruim. No núcleo principal as crianças até tem seus momentos bonitinhos e denotam de um talento promissor, mas por hora, entregam uma performance problemática, em alguns momentos robóticas, afetadas e até mesmo inaudíveis. Se não por falta de talento, um problema que poderia ser solucionado se tivesse maior atenção da direção.(-1,5)
Assim como mencionado anteriormente, o roteiro de "Turma da Mônica: Laços" não tem muitos pontos positivos. Raso e algumas vezes contraditória, a trama faz escolhas que as deixam menos original, afetando o senso de significância de acontecimentos que mereciam mais cuidado e nos oferecendo um humor infantilóide que pouco funciona.(-1,5)
Por fim, vale dizer que apesar de quase tudo funcionar tecnicamente, a trilha sonora genérica e destoante faz um desserviço a obra como um todo.(-0,5)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Aí você me diz: "Como um marmanjo desses quer criticar um filme infantil"? Confesso que também me inseri nesse dilema até que dois pontos me fizeram postar essa análise. Meu primeiro ponto vai de encontro com as palavras do próprio Daniel Rezende que em entrevista disse que "Laços" não era apenas um filme infantil mas sim um filme familiar. Outra questão consiste no fato de que existe centenas de filmes familiares e/ou infanto-juvenis que são feitos de forma tão primorosa que transcendem o fato de terem um público específico... Ta aí a Pixar que não me deixa mentir. Dito isso, "Turma da Mônica: Laços" pode entreter e até mesmo cativar um público menos exigente, mas isso não tira o fato de que como obra cinematográfica, o longa ficou devendo. Somando tudo isso o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:





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