domingo, 18 de agosto de 2019

SESSÃO SÁBADÃO - #129ª EDIÇÃO

O tempo passou voando e com ele mais uma semana se inicia trazendo mais uma edição da tão aguardada "Sessão Sabadão". E hoje temos estréia de nada mais, nada menos que Quentin Tarantino na sessão de críticas e análises deste blog. Se acaso morou em Marte nestas últimas décadas e não sabe de quem estou falando, trata-se de um dos cineastas mais importantes não só da atualidade como da história do cinema que tem uma filmografia repleta de clássicos. Se o recém lançado "Era Uma Vez em... Hollywood" figura entre os seus melhores filmes é o que saberemos nas próximas linhas...


ERA UMA VEZ EM... HOLLYWOOD - 2019

Elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Damon Harriman, Austin Buttler, Madisen Beaty, Mikey Madison, Dakota Fanning, Bruce Dern, Timothy Oliphant, Julia Buters, Emily Hirsch, Al Pacino, Lorenza Izzo, Mike Moh, Kurt Russell, Lena Dunham, Nicholas Hammond, Luke Perry, Damian Lewis, Zoë Bell, Scoot McNairy e Michael Madsen.


SOBRE O FILME:
Passado no final dos anos 60, mais precisamente no ano de 1969, um ator de TV que almeja o sucesso nos cinemas, seu dublê e Sharon Tate perambulam na odisseia hollywoodiana tentando encontrar um lugar ao sol.
"Era Uma Vez em... Hollywood" trata-se do nono longa da carreira de Quentin Tarantino (já que o mesmo não conta "Grande Hotel" de 1995, "Sin City" de 2005 e "GrindHouse" de 2007 por tratar-se de parcerias e não uma obra 100% autoral) e assim como todo filme do cineasta, já andou causando burburinho e polêmicas nos festivais e cabines onde passou.

PRÓS:
Dizer que o filme é "uma carta de amor de Tarantino para o cinema" pode parecer clichê mais é uma realidade. Isso se evidencia na maneira que ele manuseia os quesitos técnicos da obra. Com uma edição excelente, fotografia precisa, um jogo de câmera envolvente, belíssima fotografia e uma construção de mundo que conta com figurinos, maquiagem e trilha sonora totalmente imersivas e capazes de transportar o espectador para os anos 60, o diretor não só esbanja talento como faz uma ode á Hollywood a transformando em um personagem da história.(1)
Nos quesitos interpretativos, o forte elenco não deixa a desejar. No trio principal temos performances repletas de carisma, dinamismo e intensidade. Enquanto Leonardo DiCaprio dá a atuação mais tragicômica da carreira (e se sai muito bem), Brad Pitt invoca toda a força que sua presença é capaz de oferecer naquele que considero a melhor subtrama do filme. Entretanto, destaco Margot Robbie que mesmo com poucos diálogos e envolta em um enredo um tanto quanto repetitivo, consegue entregar uma homenagem quase que angelical a sua personagem.(1,5)
Ainda que menos geniais do que costumam ser em obras anteriores de Tarantino, os diálogos continuam muito bons. Fluidas, agudas e repletas de dinamismo, as conversações são funcionais e interessantes de serem assistidas.(0,5)
Outro ponto positivo de "Era Uma Vez em... Hollywood" é o seu roteiro. Audacioso, minucioso, detalhista e original, a história se vale de diversos momentos empolgantes e contém reviravoltas de deixar qualquer um boquiaberto.😱😱😱(1,5)
O mesmo pode-se dizer da maneira que a estrutura narrativa se desenvolve. Derivando entre a condução linear e flashbacks, a trama se torna interessante ao espectador que se vê investido e demonstra que o cineasta ainda tem um tato bem afiado para contar histórias.(1)

CONTRAS:
A maioria dos problemas de "Era Uma Vez em... Hollywood" são pequenos poréns que advém de um ponto positivo do longa a começar pelo próprio roteiro. Se por um lado ele é audacioso e original, por outro lhe falta um engajamento que o sustente. Não temos aqui um ponto central que dá sentido a trama e essa ausência de uma certa forma pode atrapalhar uma maior conexão entre o espectador e o filme.(-1)
O mesmo pode-se dizer das interpretações. Mesmo que muito boas e divertidas senti falta de personalidade, adjetivo que compõe tantos outros personagens da filmografia tarantinesca. Mesmo encantado pela Sharon Tate de Margot Robbie e empolgado com as atuações de DiCaprio e Brad Pitt, não vi em nenhum deles algo que os aproxime de Vincent Vega ("Pulp Fiction"), Coronel Hans Landa ("Bastardos Inglórios"), Calvin Candie ("Django Livre") ou até mesmo Daisy Domergue ("Os Oito Odiados").(-0,5)
Outro porém negativo é a dependência que a história tem no universo hollywoodiano que ele se passa. Mesmo não sendo um problema propriamente dito, o longa pode parecer desinteressante para aquele que não conhece as difíceis referências que o filme traz já que ele se debruça nesse segmento durante boa parte de seu tempo.(-0,5)
Por fim, vale dizer que "Era Uma Vez em... Hollywood" é bem mais longo do que precisava. Se fizesse alguns ajustes aqui e acolá poderia deixar a trama menos extensa e manteria a mensagem sem maiores mudanças.(-0,5)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Se eu fosse ranquear (e pretendo fazer isso num futuro próximo), "Era Uma Vez em... Hollywood" não entraria pro meu top 3 melhores filmes do Quentin Tarantino. Mesmo assim a obra é uma carta de amor a Hollywood que contém muita originalidade e um PS escrito a caneta vermelha sangue escarlate😉. Somando tudo isso o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:






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