domingo, 26 de setembro de 2021

CRÍTICA DA SEMANA - #147ª EDIÇÃO

E estamos de volta após um pouco mais de dois meses sem nenhum post devido ao fato de que a vida acontece e as vezes um tempo é necessário. Mas já que é pra voltar, vamos voltar com tudo em uma promoção que se vê nos mercadinhos perto da sua casa: duas críticas da semana em uma mesma edição! Então sem mais delongas, vamos analisar os recém lançados "O Menino que Matou Meus Pais" e "A Menina que Matou os Pais" que já se encontram disponíveis no catálogo de streaming da Amazon... Então, bora lá...


O MENINO QUE MATOU MEUS PAIS - 2021

A MENINA QUE MATOU OS PAIS - 2021

Elenco: Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Vera Zimmermann, Leonardo Medeiros, Augusto Madeira, Débora Duboc, Allan Souza Lima, Kauan Ceglio e Gabi Lopes.


SOBRE O FILME:
Dirigidos por Mauricio Eça (o mesmo que dirigiu "Apnéia" de 2014, "Carrossel - O Filme" de 2015 e está a frente da cinebiografia de Silvio Santos que já tem data de estreia), "O Menino que Matou Meus Pais" e "A Menina que Matou os Pais" abordam o Caso Von Richthofen, crime que chocou o país em meados de 2002. Enquanto o primeiro é contado pelos depoimentos e ponto de vista de Suzane Von Richthofen, o segundo traz a perspectiva de Daniel Cravinhos, namorado de Suzane na época.
Mesmo não existindo uma ordem correta para assisti-los, o próprio diretor recomenda que "O Menino que Matou Meus Pais" seja o primeiro a ser conferido.
Outro ponto importante que deve ser ressaltado é que o roteiro de ambos os filmes são baseados nos depoimentos dados pelos envolvidos no crime em julgamento, sendo assim, nenhum deles terão participações nos lucros das produções.

PRÓS:
Uma das primeiras coisas que chamam atenção positivamente em ambos os filmes são os quesitos técnicos. Compostos por uma edição engenhosa, ótima fotografia e enquadramentos bem elaborados, as obras ainda contam com um competente trabalho de figurino e maquiagem, fora a trilha sonora que evoca a época no qual se passam as tramas por aqui retratadas.(1)
Outro ponto que carregam as produções nas costas são as interpretações de seus protagonistas. Enquanto Carla Diaz se entrega totalmente as facetas e nuances de sua personagem proporcionando uma performance sensível e que vai além de maneirismos, Leonardo Bittencourt transmite muito bem o que cada filme pede do seu personagem transmitindo exatamente aquilo que cada ponto de vista quer nos passar.(1,5)
Fora alguns problemas de roteiro que ambas as produções apresentam (mas falaremos sobre isso depois), o arco evolutivo que os protagonistas passam é desenvolvido de maneira bem competente. Esse ponto positivo é mais evidente na trama de "O Menino que Matou Meus Pais".(0,5)

CONTRAS:
Mesmo que a dupla Carla Diaz e Leonardo Bittencourt carregue a trama de ambos os filmes com muita competência, vale ressaltar que todo o elenco está bem dentro daquilo que os roteiros pedem. O problema está justamente naquilo que os roteiros pedem para alguns personagens. Na necessidade de prender as histórias nos altos dos julgamentos todos os personagens coadjuvantes acabaram sofrendo de alguma maneira, desde a unidimensionalidade da personalidade de Manfred (interpretado por Leonardo Medeiros) até a quase nulidade completa da existência de Andreas (interpretado por Kauan Ceglio) que só está no filme porque ele existe de verdade.(-0,5)
Os diálogos também apresentam problemas nos dois longas. Mesmo não sendo sofríveis, as conversações são executadas de maneira pouco fluidas, expositivas e previsíveis, sendo até difíceis de encaixarem organicamente em algumas situações.(-0,5)
Como dito anteriormente, o roteiro de ambas produções tem seus problemas e sofrem bastante por se basearem apenas naquilo que foi dito nos julgamentos do caso. Esse compromisso acabou deixando o miolo das histórias rotativas, repetitivas e amarradas, pois as tramas deixam de se envolver em um conteúdo mais robusto e complexo das personalidades de seus personagens que são ricos nesse aspecto e passeiam apenas na superfície. Ônus da escolha feita por ambas as produções.(-1)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Confesso que por mim eu daria uma nota até maior do que a matemática dos pontos positivos menos os negativos resultaram pelo valor de entretenimento que ambos os filmes tem, porém esse valor existe mais pelo peso que o Caso Von Richthofen tem por si só do que propriamente um acerto das produções. Mas vale dizer que "O Menino que Matou Meus Pais" e "A Menina que Matou os Pais" contam a história de maneira satisfatoriamente competente. Talvez não precisasse ser dividido em dois longa metragens mas isso já é uma outra discussão. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para ambos os filmes fica assim:





E você?! Já assistiu esses filmes??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!

E não se esqueça de curtir a página do blog no Facebook.

Nenhum comentário:

Postar um comentário