domingo, 3 de outubro de 2021

CRÍTICA DA SEMANA - #148ª EDIÇÃO

E lá vamos nós pra mais um domingo e mais uma edição da "Crítica da Semana". O longa da vez é o thriller "Tempo", mais novo projeto do badalado porém inconstante cineasta M. Night Shyamalan. Então pra não perdermos mais tempo (perdão pela piadinha infame) vamos ao que de fato interessa...


TEMPO - 2021

Elenco: Gael Garcia Bernal, Vicky Krieps, Rufus Sewell, Thomasin McKenzie, Alex Wolff, Abbey Lee Kershaw, Eliza Scanlen, Nikki Amuka-Bird, Ken Leung, Aaron Pierre, Emun Elliot, Embeth Davidtz e M. Night Shyamalan.


SOBRE O FILME:
De férias, uma família resolve passar um tempo em uma praia paradisíaca, misteriosa e de difícil acesso. Ali, eles e mais um grupo de pessoas que também foram visitar o lugar descobrem que as horas passam de maneira diferente naquele local os fazendo envelhecer anos em alguns minutos. Dessa forma eles entram em uma corrida desesperada contra o tempo para achar a saída.
Conforme dito anteriormente, esse é o décimo quinto trabalho da filmografia de M. Night Shyamalan e é baseado na graphic novel "Sandcastle" escrita por Pierre-Oscar Lévy e Frederik Peeters e foi lançada em 2010.

PRÓS:
"Tempo" talvez seja um dos trabalhos mais recentes de M. Night Shyamalan que siga toda a cartilha do diretor e evidencia bem a maneira de como ele faz cinema. O primeiro ponto que já se nota são os excelentes quesitos técnicos. Desde a bela fotografia que explora bem a paisagem do set de filmagens até a sua edição engenhosa, ótima noção de continuidade, bons enquadramentos, efeitos gráficos e maquiagem competentes fora a trilha sonora agregadora mostram o que há de melhor no tato artístico do cineasta.(1)
Outro ponto positivo está no ritmo narrativo que o filme contém. Evoluindo de maneira instigante (mesmo que redundante por muitas vezes), sua fluidez não deixa a trama cair no desinteresse sempre apresentando eventos e formas de prender a atenção do espectador que o assiste.(1)
Outro quesito que se sobressaem positivamente em "Tempo" são as atuações do elenco. Mesmo não sendo primorosas os atores entregam performances condizentes com aquilo que seu personagem pede dentro daquele contexto. Não tem nada de especial aqui mas pelo menos é funcional.(0,5)

CONTRAS:
Outro ponto da obra que também é uma tônica na maioria dos filmes de Shyamalan é a maneira equivocada que ele costuma trabalhar suas ideias engenhosas e aqui não é diferente. Mesmo tendo uma premissa inventiva e que possibilita um arsenal de situações, o roteiro não consegue trabalha-las de maneira satisfatória e imprime um sentimento de potencial desperdiçado. A trama também apresenta furos que vão contra as próprias regras impostas por ela mesmo, tira soluções pífias da manga para explicar pontos importantes e investe em subtramas vazias que servem apenas para tampar buraco ou terminar em algum acontecimento que a história simplesmente quer porque quer.(-1)
Os diálogos também se encaixam nos quesitos negativos por serem construídos de maneira terrivelmente artificiais, não se encaixam dentro do contexto e em sua grande maioria são afetados e expositivos.(-1)
Pra mim o terceiro ato de "Tempo" é o mais broxante! Não sabe a hora de terminar e na ânsia de deixar tudo explicado com uma reviravolta chocante acaba se tornando covarde, redundante e familiar, afetando significantemente a obra como um todo.(-2)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Assim como a maioria dos filmes lançados por M. Night Shyamalan, "Tempo" acaba não suprindo as expectativas criadas e vira um amontoado de ideias boas má utilizadas pela execução do roteiro. Dessa maneira, tanto o cineasta quanto a gente, seus espectadores, vivemos na esperança eterna de que o seu próximo longa seja uma obra de arte como "O Sexto Sentido" ou "A Vila"... torcemos os dedos. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para ambos os filmes fica assim: 


 


E você?! Já assistiu esses filmes??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!

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