Começando os trabalhos sobre as séries de posts referentes ao Oscar 2021 que vai acontecer no dia 25 de Abril, nada melhor do que analisar um dos concorrentes a categoria mais importante da premiação. Estou falando do intenso drama "Meu Pai", longa de 2020 dirigido por Florian Zeller, protagonizado por Anthony Hopkins e indicado a seis estatuetas douradas. Dito isso, vamos ao que interessa...
MEU PAI - 2020
Elenco: Anthony Hopkins, Olivia Colman, Olivia Williams, Rufus Sewell, Imogin Poots e Mark Gatiss.
Melhor Filme
Melhor Ator (Anthony Hopkins)
Melhor Atriz Coadjuvante (Olivia Colman)
Melhor Roteiro Adaptado
Melhor Direção de Arte
Melhor Edição/Montagem
SOBRE O FILME:
Anthony é um homem idoso que contém um quadro avançado de demência e vive com sua única filha no seu apartamento em Londres. Após receber a notícia de que ela pretende se mudar para um outro país brevemente, ele se vê em uma situação confusa onde sua realidade parece cada vez mais conflitante e desconexa. A obra é o primeiro longa metragem do diretor Florian Zeller que também co-roteirizou a história.
Uma curiosidade sobre o filme: Anthony, o personagem principal, recebeu o mesmo nome e a mesma data de nascimento do seu intérprete Anthony Hopkins.
PRÓS:
Iniciando a crítica de forma crescente, começo a análise de "Meu Pai" ressaltando seus quesitos técnicos. Preciso, esse fator eleva a qualidade da obra por exibir um pacote que contém desde uma fotografia e cinematografia belíssima, uma edição cirúrgica, uma trilha sonora especial e uma direção tão competente que merecia ser lembrada na categoria de "Melhor Direção".(1)
Subindo um degrau, chegamos no roteiro do filme e na maneira que a premissa principal foi trabalhada. Mesmo tendo uma temática comum já visto em tantas outras películas, a maneira que a mesma é trabalhada aqui é genial. Original, a história insere o espectador em uma outra ótica e acaba tornando a experiência muito mais imersiva e poderosa.(2)
Por fim, chegamos naquele que eu considero o quesito mais positivo do longa: as atuações. Todos estão muito bem e justificam suas participações independente da relevância que o seu personagem tenha na trama. Destacando os indicados ao Oscar, vale falar da performance firme e honesta de Olívia Colman que consegue passar todos os medos e dramas exigidos na sua subtrama, mas não tem jeito, esse filme tem um dono e o nome dele é Anthony Hopkins. Soberbo, monstruoso, cirúrgico e cativante, o excelente ator passeia em todas as nuances de seu personagem e entrega aquele que seria uma das melhores interpretações de toda a sua carreira.(2)
CONTRAS:
Para iniciar os pontos negativos do longa vale pontuar que essa questão não se trata de um problema propriamente dito mas merece ser ressaltada. Se por um lado o roteiro acerta em mudar a perspectiva de quem conta a história, vale dizer que ele pode tornar a trama menos acessível para alguns. Há quem argumente que isso é mais culpa de quem assiste do que do filme em si, mas não anula a possibilidade desse ponto se tornar um obstáculo negativo.(-0,5)
Mesmo sendo original e bem montado, a maneira de como a trama se desenvolve ao longo dos acontecimentos o faz perder um pouco da sua imprevisibilidade em meados do segundo ato. É como se depois do choque inicial você conseguisse sacar qual é a do filme e até mesmo adivinhar qual vai ser o seu próximo passo.(-0,5)
DIAGNÓSTICO DO FILME:
Original, poderoso e doloroso são apenas alguns dos adjetivos que possam ser vinculados a "Meu Pai" que graças a honestidade que trata seu tema, a competência de sua direção e a atuação magistral de seu protagonista, se torna sem dúvidas, um dos melhores filmes de 2020. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:
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