domingo, 31 de janeiro de 2021

CRÍTICA DA SEMANA - #135ª EDIÇÃO

E o inacabável Janeiro chega ao seu ultimo dia e com ele, mais uma edição da Crítica da Semana. Hoje, falaremos de "On the Rocks", o mais recente longa lançado pela prestigiada (as vezes questionada) cineasta Sofia Coppola. Então prepare se ajeite, fique confortável e venha conferir mais essa análise.


ON THE ROCKS - 2020

Elenco: Bill Murray, Rashida Jones, Marlon Wayans, Jessica Henwick, Jenny Slate, Barbara Bain, Julie Willcox e Nadia Dajani.


SOBRE O FILME:
Com a correria do dia a dia e passando por uma crise criativa, a escritora Laura (interpretada por Rashida Jones) desconfia que seu marido possa estar envolvido em um caso extraconjugal. Para ajuda-la a descobrir a veracidade dessa história, ela tem como aliado o seu pai Felix (interpretado por Bill Murray) no qual também tem questões pessoais e reservas sentimentais. O longa é dirigido por Sofia Copolla que tem no seu currículo ótimos filmes como "As Virgens Suicidas" de 1999 e "Encontros e Desencontros" de 2003 e os não tão bons assim "Maria Antonieta" de 2006 e "Bling Ring: A Gangue de Hollywood" de 2013.

PRÓS:
Como de costume, vamos iniciar as análises positivas desta crítica com os quesitos técnicos do filme. Com uma cinematografia competente e uma fotografia belíssima ressaltada pelo ótimo enquadro e trabalho de edição, a produção se torna uma obra visualmente agradável.(0,5)
Nos quesitos interpretativos, todos estão bem aqui. Nos destaques, vale pontuar a atuação de Marlon Wayans que entrega uma boa performance longe daquele tipo espalhafatoso e careteiro que lhe é costumeiro em seus demais trabalhos e a ótima química entre Bill Murray e Rashida Jones. Enquanto o primeiro faz uma interpretação pontual que esbanja carisma e timing, a atriz completa com uma atuação mais contida e reativa sem deixar de lado o charme e a empatia.(1,5)
Outro acerto do filme é a maneira que o seu roteiro desenvolve o mistério contido na sua premissa principal. Sem apelar para expositividade barata e clichês do gênero, a construção evolutiva dessa trama é tratada com muita sutileza e consegue deixar seu espectador intrigado mesmo se deparando com possíveis evidências.(1)
Por fim, vale ressaltar os bons diálogos. Mesmo que nem todos funcionem pontualmente a maioria das conversações são bastante interessantes de se acompanhar e em alguns momentos propõem boas reflexões.(0,5)

CONTRAS:
Se o filme tem seus melhores momentos quando investe seu tom na comédia dramática ele acaba escorregando quando decide ficar mais pesado do que sua trama precisava. Isso se deve ao fato do roteiro não ter entregue tensão e densidade necessária para dar sustentabilidade ao seu teor mais sério.(-0,5)
Fato esse que acaba implicando diretamente no terceiro ato e sua resolução. Com decisões abruptas e rasas, a história cai em território comum, banal e anticlimático.(-1)
Nos destaques negativos, pontuo algumas digressões da trama que na minha concepção não entregaram nada para o andamento do filme, se torna repetitivo e que talvez não precisaria sequer existir.(-0,5)


DIAGNÓSTICOS DO FILME:
Sempre que falamos de um novo filme de Sofia Copolla parte de nossas expectativas se tornam altas esperando uma obra que se assemelhe aos clássicos anteriores que constam em sua filmografia. Dizer que "On the Rocks" se equipara a alguns destes exemplos é um exagero, mas podemos salientar que mesmo não sendo memorável, trata-se de um longa competente, sensível, engraçado e reflexivo. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim: 




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