sábado, 10 de abril de 2021

CRÍTICA ESPECIAL OSCAR 2021 - #4ª EDIÇÃO

Fim de semana de novo e o "Eu e o Cinema" continua na sua saga de analisar os oito longas concorrentes na categoria de "Melhor Filme" no Oscar de 2021. Hoje, chegamos na metade da nossa meta com a crítica do drama biográfico "Os 7 de Chicago". Então prepare suas bandeiras patriotas e seus gritos de palavras de ordem e vamos a mais uma crítica especial...


OS 7 DE CHICAGO - 2020

Elenco: Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Mark Rylance, Jeremy Strong, Joseph Gordon-Levitt, Frank Langella, Yahya Abdul-Mateen II, John Carroll Lynch, Kelvin Harrison Jr., Alex Sharp, Ben Shenkman, Caitlin Fitzgerald, J.C. MacKenzie, Alice Kremelberg, Noah Robbins, Daniel Flaherty e Michael Keaton. 


CATEGORIAS INDICADAS:
Melhor Filme
Melhor Ator Coadjuvante (Sacha Baron Cohen)
Melhor Roteiro Original
Melhor Canção Original
Melhor Cinematografia/Fotografia
Melhor Edição/Montagem

SOBRE O FILME:
Baseado em fatos reais, "Os 7 de Chicago" narra os eventos relacionados ao julgamento de um grupo de ativistas acusados pelo governo americano por conspiração e incitação de violência durante protestos contra a guerra no Vietnam.
Produção original da Netflix, o longa foi dirigido por Aaron Sorkin que também é conhecido pelos seus trabalhos de roteirista em obras como "Questão de Honra" de 1992, "A Rede Social" de 2010 e "O Homem que Mudou o Jogo" de 2011. 
PRÓS:
Mesmo se mostrando um diretor competente, Aaron Sorkin nasceu mesmo para escrever e o roteiro de "Os 7 de Chicago" é mais uma evidência desse talento. Bem elaborado e com estruturas narrativas eficientes, a história consegue transformar uma passagem judicial de pouco engajamento popular em uma trama épica e devidamente importante.(1)
Muito do sucesso do roteiro se dá ao ótimo ritmo que o longa trabalha sua jornada. Ágil e perspicaz, sua estrutura ainda conta com integrações de tempo e subtramas que se complementam e injetam fluidez e personalidade no seu desenvolvimento.(1)
Ainda destrinchando os pontos positivos do roteiro, é valido salientar a eficiência dos diálogos. Mesmo que não sejam tão naturais ou orgânicos, as conversações são muito bem conduzidas devido a relevância do seu conteúdo e claro, a maneira que são interpretadas.(0,5)
Por falar em interpretação, nada melhor do que aproveitar o gancho e destacar o ótimo e afiado elenco que o longa nos proporciona. Recheado de estrelas talentosas, os destaques vão para as performances de Sacha Baron Cohen que consegue passear muito bem entre o humor sarcástico e a acidez, Eddie Redmayne que transmite seriedade e contradição, Yahya Abdul-Mateen II que segura muito bem a onda de uma das subtramas mais intensas da obra, a revolta e a resiliência de Mark Rylance e a vilania odiosa de Frank Langella.(1,5)
Por fim, vale pontuar os bons quesitos técnicos que variam entre a boa fotografia, edição eficiente, ótimas ambientações e figurinos que fazem uma construção de época imersiva.(0,5)

CONTRAS:
Mesmo sendo bem escrito, o roteiro não aguenta e cai na tentação dos clichês do subgênero de filmes de tribunal. Passando por todas as conveniências e batidas dramáticas possíveis, mesmo sendo boa a obra perde relevância significante.(-1)
Outro ponto que a trama não dá atenção suficiente e acaba falhando em boa parte estão nos arcos dramáticos e evolutivos dos personagens. Há quem possa argumentar que por se tratar de uma história com um foco direto muito explicito, não haveria tempo ou até mesmo relevância no desenvolvimento destes arcos, o que seria um ponto válido. Mas é muito irritante e repetitivo você acompanhar personagens que não fazem muita coisa além de escrever nomes no papel ou levantar questões já evidentes para quem está assistindo.(-0,5)
Na tentativa de manipular as emoções do espectador o filme tenta de tudo. Contando com uma boa dose de sentimentalismo e falta de sutileza, o longa cai em momentos que nos oferecem um misto de pieguice com breguismo por pelo menos umas três vezes.(-1)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Se por um lado o filme não tem uma direção muito afiada, personagens unilaterais e clichês de gênero, por outro "Os 7 de Chicago" compensa pelo engajamento do roteiro, ritmo desenvolvido e atuações inspiradas. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:




E você?! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!

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