domingo, 30 de maio de 2021

CRÍTICA DA SEMANA - #139ª EDIÇÃO

Última "Crítica da Semana" do mês de Maio na área e hoje analisaremos o recém lançado "Cruella", mais novo filme dos Estúdios Disney que pode ser assistido nos cinemas ou no serviço de streaming da própria produtora. Será que é bom? Será que não? Se quiser saber prepare seus casacos de pele feito com dálmatas e vamos saber qual o diagnóstico do "Eu e o Cinema" a seguir...


CRUELLA - 2021

Elenco: Emma Stone, Emma Thompson, Mark Strong, Emily Beecham, Joel Fry, Paul Walter Hauser, John McCrea, Kirby Howell-Baptiste, Jamie Demetriou e Kayvan Novak.


SOBRE O FILME:
O longa trata a origem, o auto conhecimento e a ascensão de uma das vilãs mais icônicas da literatura infanto-juvenil e do universo cinematográfico da Disney: a esnobe e maquiavélica Cruella de Vil.
A obra foi dirigida por Craig Gillespie, cineasta australiano responsável pelo remake de "A Hora do Espanto" de 2011 e "Eu, Tônya" de 2017.

PRÓS:
Para iniciar as críticas positivas nada melhor do que começar pelos quesitos que costumeiramente se saem bem em produções desse gênero que são os quesitos técnicos. Aqui, tudo que engloba esse teor do filme é executado de forma muito competente. A começar pelos ótimos figurinos e maquiagem, o belíssimo trabalho de fotografia e construção de época, edição engenhosa, efeitos gráficos funcionais em sua maioria e uma trilha sonora setentista que injeta personalidade ao longa.(1,5)
Mesmo que não acertando tudo, o roteiro é bem fechadinho naquilo que se propõe a contar, justifica a maioria de suas escolhas narrativas e consegue entregar uma trama heroica sem danificar a essência vilanesca de sua protagonista.(1)
A estrutura narrativa evolutiva mesmo que não necessariamente fluida, consegue cooperar para o engajamento da trama.(0,5)
Voltando para o roteiro, é válido dizer que a maioria das conversações contidas no filme são conduzidas de maneira muito satisfatória principalmente as que envolvem as personagens de Emma Stone e Emma Thompson. Seus diálogos fogem de um inerente teor infantil e apresentam um certo grau de ambiguidade e realismo.(0,5)
Por fim, vamos falar dos quesitos interpretativos. Todos estão bem e entregam aquilo que o seu personagem pede, mas os verdadeiros destaques vão para a protagonista e a antagonista. A escolha de Emma Stone para viver Cruella de Vil se mostrou acertada. Revezando entre diversas personalidades, Stone passeia por uma gama de sentimentos com muita naturalidade sabendo a hora de explorar elementos dramáticos e cômicos sem perder a ludicidade. Já Emma Thompson traz uma vilã imponente que serve de uma espécie de quase mentora da personagem principal. Sempre quando está em cena esbanja carisma e presença.(1,5)  

CONTRAS:
Se por um lado o roteiro de "Cruella" é de fato fechadinho naquilo que ele se propõe não quer dizer que necessariamente ele seja perfeito. Um de seus problemas está na demora em acontecer. Após um primeiro ato arrastado mesmo que condizente, o segundo ato que é o melhor dos três acaba sofrendo com recursos repetitivos e redundantes que comprometem a experiência.(-1)
No terceiro ato é aonde aparecem os maiores problemas. Fora as diversas facilitações narrativas, o filme perde boas oportunidades de entregar uma conclusão surpreendente e contextualizada por tudo o que a trama nos conta até ali e fugir do lugar comum das obras deste gênero. Ao invés disso, ele cai no mais do mesmo e dá um final quase anti climático.(-1,5)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Se compararmos "Cruella" com "Malévola" de 2014 temos aqui uma obra melhor desenvolvida, com mais personalidade e que não se entrega totalmente na tentação de santificar sua personagem principal. Mas poderia ser bem melhor se tivesse arriscado mais em suas escolhas e demorasse menos pra "acontecer". Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim: 




E você?! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!

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