Primeiro domingo do mês de Junho e estamos aqui prontos para mais uma "Crítica da Semana". O longa da vez é o thriller "A Mulher na Janela", uma produção original da Netflix que já consta no catálogo do site desde meados do mês passado. Quer saber qual a opinião do blog em relação a este filme? Então prepare seus transtornos psiquiátricos e sentimentais mais a sua janela indiscreta e vamos para mais uma análise novinha em folha...
A MULHER NA JANELA - 2021
Elenco: Amy Adams, Gary Oldman, Julianne Moore, Fred Hechinger, Wyatt Russell, Brian Tyree Henry, Jennifer Jason Leigh, Anthony Mackie, Jeanine Serralles, Tracy Letts e Mariah Bozeman.
Anna Fox (interpretada por Amy Adams) é uma psicóloga que vive separada da família e reclusa em um apartamento devido a uma fobia que não a deixa sair pra fora de casa. Com a chegada de uma nova família no apartamento da frente, Anna acaba testemunhando um acontecimento macabro. Cercada por muita desconfiança pelo fato de ingerir variados medicamentos, ela decide entrar de cabeça nesse caso para tentar descobriu se o que viu foi real ou apenas ilusão.
Dirigido por Joe Wright (o mesmo que dirigiu "Orgulho e Preconceito" de 2005 e "O Destino de Uma Nação" de 2017), o longa é baseado no livro "The Woman in the Window" escrito por A. J. Finn e se tornou um best-seller americano.
Como já é de costume nas análises feitas por aqui, vamos iniciar as análises dos pontos positivos da obra pelo seus quesitos técnicos. O que não é muito costumeiro é o fato de que nem tudo aqui funciona com regularidade. Mesmo não acertando tudo (como a trilha sonora óbvia, manipulativa e fora de tom), a obra se sobressai com enquadramentos bem realizados, um jogo de câmera voluptuoso, uma edição muito bem montada e uma fotografia que mesmo escura consegue transpassar tudo sem perder os mínimos detalhes.(0,5)
Mesmo tendo um elenco poderoso (falaremos sobre ele mais tarde), ninguém registra melhor sua presença do que a talentosíssima Amy Adams. Tendo muito mais tempo em cena do que os demais, a atriz consegue se bancar e entrega toda a carga de sentimentos e personalidades que o roteiro pede.(1)
O roteiro até tem uma premissa interessante e algumas boas sacadas. Mas o que injeta entretenimento ao filme é o seu ritmo fluido, gradativo e engajante.(1)
CONTRAS:
Como ressaltado anteriormente nos pontos positivos da obra, "A Mulher na Janela" conta com um elenco poderoso. Uma pena ele ser tão mal aproveitado. Numa junção que inclui falhas de roteiro e péssimo trabalho de casting, o longa desperdiça o talento da maioria de seus atores e por fim não justifica a presença dos mesmos.(-0,5)
Outro ponto negativo do roteiro é a maneira confusa que ele trabalha todos os elementos inseridos na trama e a solução pobre que ele apresenta em suas resoluções. Tendo que lidar com todas as informações que a trama apresenta durante seu desenvolvimento, a história aposta em plot twists apressados e acaba derrapando em conclusões nada sutis.(-1)
Por fim, vale dizer que a estrutura narrativa da obra bate ponto em todos os clichês do gênero que por sua vez afeta a atmosfera e a tensão necessária para que esse tipo de produção funcione melhor.(-1)
DIAGNÓSTICO DO FILME:
Ao assistir "A Mulher na Janela" a impressão que passa é que essa obra mirou em "Janela Indiscreta" (clássico filme de 1954 dirigido por Alfred Hitchcock) mas não passou nem perto. O resultado foi um thriller de qualidade mediana que parece fadada a um eminente esquecimento. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:
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