domingo, 9 de janeiro de 2022

CRÍTICA DA SEMANA - #160ª EDIÇÃO

A roda do tempo não para e cá estamos prestes a iniciar a segunda semana desse ano que mal acabou de começar. Não, sem antes, de conferir a centésima sexagésima edição da "Crítica da Semana" que acabou de chegar.
Hoje analisaremos "A Filha Perdida", uma produção original Netflix que chegou recentemente a plataforma e tem chamado bastante atenção da crítica especializada. Será que é bom? Será que não? Prepare suas lembranças maternais mais antigas e vamos para o que interessa...

A FILHA PERDIDA - 2021

Elenco: Olivia Colman, Jessie Buckley, Dakota Johnson, Ed Harris, Jack Farthing, Dagmara Dominczyk, Paul Mescal, Peter Sarsgaard e Oliver Jackson-Cohen.


SOBRE O FILME:
Enquanto curte umas férias solitárias na Grécia (ou na Itália, o filme não me deixou isso claro), uma professora universitária se depara com uma jovem mãe de uma garota pequena que a faz revisitar antigas lembranças de sua maternidade.
Baseado no livro de mesmo nome escrito por Elena Ferrante, o longa é a primeira experiência da atriz Maggie Gyllenhaal na direção sendo também a responsável pela adaptação de seu roteiro.

PRÓS:
Nos quesitos técnicos já é possível ver o trabalho mais que satisfatório de Maggie Gyllenhaal na maneira que ela trabalha alguns pontos de sua direção. Fora os enquadramentos e closes que salientam a força de sua protagonista, a diretora também apresenta uma ótima noção de edição, uma fotografia decente e uma trilha sonora que só entrega o que lhe é solicitado.(1)
Na tentativa de se tornar contemplativo e/ou reflexivo, o roteiro apresenta variados elementos e nem todos funcionam devidamente. Entretanto, a trama principal que ele deseja abordar o faz de maneira muito realista e sincera. Sem julgar as ações de suas personagens ou romantizar a experiência maternal, a história traz a tona assuntos como o cansaço, as alegrias, as frustrações e as benesses do que é ser mãe.(1,5)
Outro ponto positivo de "A Filha Perdida" está nas atuações. Todo o elenco está funcional mas quem rouba a cena, mais uma vez, é Olivia Colman. Envolta em uma interpretação cheia de camadas e nuances construindo uma personagem introvertida, misteriosa, charmosa e humana, a atriz carrega o filme nas costas e eleva a qualidade da obra como um todo. Outras que também merecem destaque é Dakota Johnson e Jessie Buckley.(1,5)

CONTRAS:
Tirando o seu tema principal que é trabalhado com muita verdade e cuidado, os demais pontos da trama de "A Filha Perdida" parece não se encaixar muito bem. Numa tentativa até sutil porém bastante frustrante de estabelecer uma atmosfera de suspense, o longa apresenta dezenas de elementos e ocasiões que parecem simplesmente jogadas gratuitamente na trama sem que tenham algum peso ou função narrativa.(-1)
Outro ponto problemático aqui está no ritmo que o filme é conduzido. Pouco atrativo e com uma dinâmica que mistura o passado com o presente, a obra passa impressão de pouca evolução e acaba flertando com o cansaço.(-1)
Pra terminar, dou aqui meio ponto negativo pela sua duração. Longo demais, a obra poderia muito bem ter uns 20 minutinhos a menos e não faria falta nenhuma no seu resultado final.(-0,5)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Mesmo tendo um roteiro preocupado demais em trabalhar uma espécie de suspense que entrega quase nada, "A Filha Perdida" vale a experiência pela forma realista que aborda a maternidade, por mais uma atuação brilhante de Olivia Colman e pela direção promissora de Maggie Gyllenhaal. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:




E você?! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!
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