sábado, 12 de março de 2022

CRÍTICA DA SEMANA - #166ª EDIÇÃO (ESPECIAL OSCAR 2022)

E cá estamos com mais uma edição da Crítica Especial do Oscar 2022 para destrinchar mais um indicado a categoria de "Melhor Filme" na cerimônia deste ano. O escolhido da vez é o quase autobiográfico "Belfast", longa dirigido por Kenneth Branagh que para alguns é um dos francos favoritos a levar a estatueta pra casa. Então prepara suas memórias da infância e seus coquetéis molotov e vamos ao que interessa...

BELFAST - 2021

Elenco: Jude Hill, Caitriona Balfe, Jamie Dornan, Ciarán Hinds, Judi Dench, Colin Morgan, Lara McDonnell e Lewis McAskie.


CATEGORIAS INDICADAS:
Melhor Filme
Melhor Direção
Melhor Ator Coadjuvante
Melhor Atriz Coadjuvante
Melhor Roteiro Original

SOBRE O FILME:
No estouro da guerra civil politico social que tomou conta da cidade norte irlandesa de Belfast, um garotinho encara toda a situação com bastante curiosidade 
e pureza enquanto seus pais buscam opções para proteger a família.
Quase que autobiográfico, "Belfast" é dirigido pelo versátil cineasta Kenneth Branagh que volta a concorrer na categoria de "Melhor Direção" desde 1990 quando foi indicado por seu belo trabalho no épico "Henrique V".

PRÓS:
Justificando a indicação de Branagh para melhor direção, os quesitos técnicos de "Belfast" são primorosamente executados. Contando com uma belíssima fotografia em preto e branco, um ótimo trabalho de edição e enquadramentos e com uma trilha sonora pontual, a obra acaba se beneficiando com esse recurso e tornando a experiência de assisti-la bastante contemplativa.(1,5)
Sobre o roteiro, provavelmente seu ponto de destaque estejam nos diálogos. Se a trama aborda assuntos e dilemas familiares e existenciais, as conversações potencializam esses temas de maneira muito válida e natural.(1)
No quesito atuação todos estão muito bem aqui. Correto, o elenco conta com boas performances desde seu protagonista mirim que esbanja carisma desde participações essenciais como a dos veteranos Ciarán Hinds e Judi Dench.(1)
Mesmo não tendo muito sucesso em definir seu tom como uma comédia dramática (falaremos disso mais tarde), o humor existente em "Belfast" é funcional e até ajuda a injetar um pouco mais de vivacidade ao longa que tem problemas em relação ao seu ritmo.(0,5)

CONTRAS:
Ritmo esse que é um tanto quanto amarrado, engrena lentamente, flerta com o enfadonho e pode se tornar um baita empecilho para o espectador menos paciente.(-0,5)
Voltando a falar do tom narrativo de "Belfast", como comédia dramática a obra parece encontrar dificuldades na maneira de transitar entre seus dois gêneros. Mesmo que entregue elementos de ambos teores o filme o faz de maneira pouco fluida, truncada e destoante.(-1)
Talvez a critica negativa mais subjetiva de hoje está na forma que o longa aborda a guerra civil como plano de fundo da história. Por não ter sido um acontecimento histórico de grande alcance mundial (pelo menos não aqui no Brasil), os conflitos de Belfast nos anos 60 não partem da mesma proposição que guerras como o nazismo ou a guerra do Vietnã por exemplo, o que acaba tornando a específica demais. Sendo assim, mesmo que tal abordagem tenha sido proposital eu como espectador curioso recebi muito pouco desses acontecimentos e minha perspectiva sobre o quão perigoso foram esses confrontos ficou seriamente afetada.(-1) 


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Fazendo uma comparação das obras indicadas para a categoria de "Melhor Filme" fazendo um paralelo entre a edição desse ano com a de 2021 dá pra falar que "Belfast" é o "Mank" da vez. Tem uma premissa interessante, bons momentos e um elenco comprometido, mas falha no seu ritmo pesaroso e enfadonho. Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:





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