segunda-feira, 30 de maio de 2022

COLETÂNEA: RAY LIOTTA

Recentemente o cinema e o mundo sofreu mais uma dolorosa perda com a morte repentina do talentosíssimo ator Ray Liotta. Dono de uma carreira vasta onde se encontra trabalhos que marcaram época, a coletânea desse mês serve também como uma singela homenagem do blog para esse ícone da sétima arte. 
Descanse em paz, Ray Liotta.



PRIMEIROS TRABALHOS

Totalmente Selvagem (1986)


Elenco: Melanie Griffith, Jeff Daniels, Ray Liotta, Robert Ridgely e Margaret Colin.
Logo na sua estreia nos cinemas, Ray Liotta chegaria com o pé direito formando o núcleo principal de um dos filmes mais cult dos anos 80.
Em "Totalmente Selvagem", Liotta chamaria atenção interpretando um papel que lhe seria característico no andamento de sua carreira: o de vilão sádico e intenso. Com uma performance carismática e competente, o ator conseguiu reconhecimento a ponto de ser indicado a "Melhor Ator Coadjuvante" no Globo de Ouro do ano seguinte.
Na trama, Liotta é a pedra no sapato que azucrina a vida do pacato Charles (interpretado por Jeff Daniels) e a sua ex-namorada excêntrica Audrey (interpretada por Melanie Griffith).

A CONSOLIDAÇÃO

Campo dos Sonhos (1989)


Elenco: Kevin Costner, Amy Madgan, Ray Liotta, James Earl Jones, Burt Lancaster e Gaby Hoffman.
Três anos após seu primeiro trabalho Ray Liotta já era um rosto conhecido em Hollywood, mas foi com "Campo dos Sonhos" de 1989 é que ele de fato fincou suas raízes no meio cinematográfico.
Protagonizado por Kevin Costner, o longa foi bem recepcionado pelo público e pela crítica e chegou a concorrer ao Oscar na categoria de "Melhor Filme".
Interpretando um dos papéis coadjuvantes mais importantes da trama, Liotta da vida ao espírito de "Shoeless" Joe Jackson, um jogador de baseball do início do século passado que serve como uma espécie de mentor e guia na vida do protagonista.

THE BIG HIT!

Os Bons Companheiros (1990)


Elenco: Ray Liotta, Robert De Niro, Joe Pesci, Lorraine Bracco, Paul Sorvino, Frank Vincent, Frank Sivero e Samuel L. Jackson.
Um ano após seu primeiro sucesso cinematográfico chegaria aos cinemas aquele que para mim (e para muitos) é um dos melhores filmes de todos os tempos e certamente o melhor da década de 90: o visceral, o empolgante e acima de tudo, maravilhoso "Os Bons Companheiros".
Nessa trama dirigida por ninguém menos que o lendário Martin Scorsese e protagonizado por um elenco abismal, Ray Liotta conduz a saga de Henry Hill, um gangster ítalo-irlandês que vive uma épica epopeia mafiosa de ascensão e queda.
Lembrado com louvor até os dias de hoje, esse é sem dúvida o melhor e maior trabalho da cinematografia de Ray Liotta.

TÃO RUIM QUE É BOM

Turbulência (1997)


Elenco: Lauren Holly, Ray Liotta, Catherine Hicks, Hector Elizondo, Brendan Gleeson, Rachel Ticotin, Ben Cross e Jeffrey DeMunn.
Após o amplo sucesso de críticas alcançado por "Os Bons Companheiros", Ray Liotta acabou entrando em um limbo de trabalhos pouco inspirados e de qualidade duvidosa. Mas em 1997 o ator encarou um daqueles projetos que está bem longe de ser um primor cinematográfico mas acabou caindo no gosto do público. Sendo assim, chegamos ao ilógico, estereotipado e divertidíssimo "Turbulência".
Nesse filme de ação/suspense, Liotta volta a encarnar o vilão maléfico que tem um mirabolante plano de se safar da cadeia enquanto é transferido para outra prisão em uma viagem de avião. 
Desconexo do início ao fim, a experiência de acompanhar essa obra vale uma pipoquinha com guaraná gelado.

O CULTUADO

Cop Land (1997)


Elenco: Sylvester Stallone, Robert De Niro, Harvey Keitel, Ray Liotta, Annabella Sciorra, Peter Berg, Robert Patrick, Michael Rapaport, Janeane Garofalo, Cathy Moriarty e Frank Vincent.
No mesmo ano em que protagonizou um de seus blockbusters mais conhecidos da década, Ray Liotta também esteve presente em uma das obras independentes mais interessantes de toda sua filmografia.
Protagonizado por um Sylvester Stallone interpretando um papel muito mais denso do que estava acostumado, "Cop Land" é um drama policial muito bem executado que merece ser contemplado por qualquer cinéfilo que se preze.
Numa trama que envolve corrupção policial e reviravoltas reveladoras, o personagem de Liotta é mais uma peça importante do quebra cabeça complexo que o roteiro propõe. 

O SUBESTIMADO

Narc (2002)


Elenco: Jason Patric, Ray Liotta, Dan Leis e Busta Rhymes.
No início da década de 2000, Ray Liotta voltava a chamar atenção no cinema independente com uma das obras mais subestimadas de sua carreira: o envolvente "Narc" de 2002. 
Nessa trama co-protagonizada por Liotta e Jason Patric, o ator da vida a um tenente corrupto que junta suas forças com um ex-agente da narcóticos na busca do assassino de um jovem policial e para chegar ao seu objetivo, ele não pretende medir esforços.
Com muito menos aclamação e reconhecimento do que merecia, "Narc" talvez seja o segundo trabalho mais importante da cinematografia de Ray Liotta e deve ser assistido por todo aquele que se diz amante do bom cinema.

O ÚLTIMO GRANDE TRABALHO

História de Um Casamento (2019)


Elenco: Scarlett Johansson, Adam Driver, Laura Dern, Ray Liotta, Alan Alda e Azhy Robertson.
Mesclando trabalhos razoáveis com bombas inassistíveis, Ray Liotta seguiu colecionando trabalhos na sua vasta e importante cinematografia. Mas foi em 2019 que ele ajudaria a compor o elenco do ótimo e reflexivo "História de Um Casamento".
Nessa trama que aborda as dificuldades e estresses que um processo de divórcio pode causar a todos os envolvidos, Liotta interpreta um advogado agressivo e inescrupuloso que está disposto a ganhar o caso independente de seus métodos questionáveis.
Com um roteiro sincero, direção limpa e atuações maravilhosas que resultaram em pelo menos três monólogos poderosíssimos, "História de Um Casamento" é sem dúvidas o último grande filme da carreira de Ray Liotta. 


Coletânea Ray Liotta devidamente listada nessa singela homenagem. Menciono honrosamente outros bons filmes do ator como "Dominicky e Eugene" de 1988, o romance "Corina, Uma Babá Perfeita" de 1994, o tenso "Hannibal" de 2001, a animação "Bee Movie" de 2007 e o besteirol "Uma Noite Fora de Série" de 2007.
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