sábado, 28 de maio de 2022

CRÍTICA DA SEMANA - #179ª EDIÇÃO

Último domingo de Maio e o ano de 2022 vai ficando cada vez mais perto de sua metade. E como manda o roteiro, cá estamos para mais uma crítica dominical no seu blog de cinema favorito. O escolhido da vez é o romance nacional "Eduardo e Mônica" que foi lançado nos cinemas no início desse ano. Sendo assim, prepare a sua razão para as coisas feitas pelo coração e vamos para mais uma análise novinha em folha...

EDUARDO E MÔNICA - 2022

Elenco: Alice Braga, Gabriel Leone, Otávio Augusto, Juliana Carneiro da Cunha, Victor Lamoglia, Bruna Spínola, Digão Ribeiro e Fabrício Boliveira.


SOBRE O FILME:
Inspirado na canção de mesmo nome da banda de rock Legião Urbana, "Eduardo e Mônica" se passa em Brasília dos anos oitenta e acompanha a vida de um jovem de dezesseis anos e uma mulher mais velha que se apaixonam e tentam viver uma história de amor mesmo havendo várias diferenças entre eles.
Dirigido por René Sampaio que já havia adaptado uma outra música da banda brasiliense para os cinemas com o apático "Faroeste Caboclo" de 2013, "Eduardo e Mônica" teve sua data de lançamento atrasada por dois anos devido a pandemia do COVID.

PRÓS:
Como de praxe, iniciamos a análise positiva da obra pelos seus belíssimos quesitos técnicos. Fora a fotografia magistral, os enquadramentos que resultam em planos abertos precisos, o seu ótimo trabalho de edição e construção de época, o longa possui uma das trilhas sonoras mais bacanas do cinema nacional dos últimos anos que variam entre gêneros imersivos como o pop oitentista até o rock brasileiro e internacional daquela época.(1,5)
Mesmo baseando-se em uma canção que fornece uma história pronta, o roteiro de "Eduardo e Mônica" acerta em se concentrar apenas nos dois primeiros terços do seu material fonte possibilitando uma trama com mais nuances e bem mais desenvolvimento do seu romance central. Isso acaba injetando mais personalidade ao filme sem que ele saia totalmente daquilo que a música conta.(1)
No quesito interpretativo ninguém brilha mais do que o casal de protagonistas. Entregando uma química irretocável quando estão juntos em cena, separados os atores também funcionam. Se por um lado, Alice Braga interpreta uma Mônica madura, decidida e mesmo que as vezes sisuda apresenta um sorriso genuíno quando está perto de seu amado, Gabriel Leone rejuvenesce dez anos no seu papel entregando um Eduardo inexperiente, inseguro e vulnerável, mas ao mesmo tempo carismático, esclarecido e determinado. Ambos carregam o filme nas costas.(1,5)
O ritmo do longa também é um ponto positivo pela forma dinâmica, gradativa e engajante que ela é desenvolvida principalmente nos seus dois primeiros atos.(1) 

CONTRAS:
Na gana de acrescentar mais contexto para os eventos que o seu material base conta, "Eduardo e Mônica" acaba esbarrando em algumas subtramas rasas, pouco sutis e sentimentalistas.(-0,5)
Se por um lado o roteiro acerta em focar apenas nos dois primeiros terços da canção que o inspirou, por outro ele erra por abordá-las em uma estrutura narrativa batida e desgastada pelo gênero romântico. Isso implica na originalidade da trama que acaba entregando menos do que poderia.(-1)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Vale dizer que assim como a canção que a originou, "Eduardo e Mônica" é essencialmente fofo. Bem dirigido, bem adaptado e muito bem interpretado, o longa cumpre seu papel e faz jus a uma das histórias de amor mais importantes do rock nacional. Viva Legião, viva Renato Russo, viva "Eduardo e Mônica"... Somando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim:





E você?! Já assistiu esse filme??? Quer assistir??? Comente esse post e se torne um amigo que assim como eu, simplesmente ama o cinema!!!
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