domingo, 19 de junho de 2022

CRÍTICA DA SEMANA - #182ª EDIÇÃO

E cá estamos em mais um domingão (domingão este que finaliza o feriadão de muita gente), e cá estamos com mais uma edição da Crítica da Semana. Hoje, o filme a ser analisado é aquele que vem chamando atenção por onde passa devido a sua originalidade e seu alto grau de estranheza e esquisitice: o malucão "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo". Então prepare sua versão mais estranha existente no multiverso e vamos para mais essa análise...

TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO - 2022

Elenco: Michelle Yeoh, Stephanie Hsu, Ke Huy Quan, Jamie Lee Curtis, James Hong e Jenny Slate.


SOBRE O FILME:
Uma frustrada e cansada dona de casa acaba se tornando a única esperança para salvar o mundo de eventos bizarros ocasionados por uma ruptura no multiverso.
Dirigido pelos Daniels (uma dupla de cineastas formada por Daniel Kwan e Daniel Scheinert), "Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é o segundo longa de suas carreiras que tem no currículo o estranhíssimo "Um Cadáver Para Sobreviver" (clique aqui para ver a crítica) e até mesmo o bizarro clipe da música "Turn Down for What" do DJ Snake.

PRÓS:
Nenhum outro adjetivo definiria melhor os recursos técnicos desse filme do que extraordinários. Fora a belíssima fotografia, a trilha sonora correta, a maquiagem bem feita e o trabalho de montagem e edição que já merecem o Oscar, os efeitos especiais construídos pelo CGI são absurdos e mesmo sendo a tônica para fazer o longa funcionar ele é usado de tal forma que se torna um dos apoiadores da trama e não o seu principal dependente.(2)
O que nos leva as divertidíssimas sequencias de ação e de luta que além dos quesitos técnicos já citados, também conta com uma coreografia bem elaborada e muito bem executada.(1)
Mesmo não sendo tão polido, o roteiro traz uma premissa interessante que contém uma boa mensagem existencial e a desenvolve a base de elementos extremamente criativos e originais e algumas escolhas de trama capazes de surpreender o espectador a cada momento.(1,5)
"Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" apresenta uma gama de tons e alguns funcionam mais que os outros. O seu tom cômico por exemplo, talvez seja o mais funcional. Satírico, o longa consegue subverter o gênero de filmes de super heróis passeando pela comédia física, situacional até a mais pastelona.(1)
No quesito interpretativo, o elenco está no ponto. Fora os destaques para Jamie Lee Curtis e Michelle Yeoh (que para muitos entrega a melhor performance de sua carreira), todo mundo aqui parece investido e se divertindo bastante em seus personagens o que acaba sendo transpassado para aqueles que assistem.(1,5)

CONTRAS:
Os pontos negativos de "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" são daqueles que até contém uma justificativa por trás mas o que acaba não validando a "falha". Um exemplo disso é a maneira expositiva que o longa trabalha suas informações. Tudo bem que a trama é complexa e de fato seria necessário uma explicação para que o espectador entendesse a base dos eventos que ele assiste, mas isso não apaga o fato de que essas informações são explanadas de maneira martelada e pouco didática.(-0,5)
Outro exemplo está nas esquisitices que a obra traz. Mesmo sendo a sua proposta, a estranheza de alguns acontecimentos tornam o longa menos acessível para o chamado espectador comum. Ou seja, mesmo não sendo um problema é um ponto que acaba jogando contra o filme.(-0,5)
Um dos pontos negativos que talvez seja de fato um problema aqui, seja a maneira inconsistente que o seu tom é trabalhado. Abrupto e pouco natural, a trama não consegue passear entre seus tons com a fluidez necessária passando a impressão de que existem dois filmes em um e um deles é menos cuidadoso do que o outro.(-1)
Mesmo tendo uma ótima estrutura narrativa, o ato conclusivo de "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é amarrado, circulante, um pouco mais piegas que o necessário e demora para acabar.(-1)


DIAGNÓSTICO DO FILME:
Estranho, esquisito, satírico, surpreendente, original, criativo e divertido. Essas são as palavras que resumem bem "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo". Filme daqueles chamados "para poucos" mas que já pode ser considerado um clássico instantâneo dos cinemas. #CHUPAMARVELSomando tudo isso, o veredito do "Eu e o Cinema" para o filme fica assim: 





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