FILMES "CRINGE"

A palavra que ganhou destaque na internet nesses últimos dias gerando debates sobre qual seria a melhor forma que ela deve ser inserida no nosso vocabulário é a já desgastada: "cringe". No literal, essa palavra de origem inglesa quer dizer "vergonhoso", ou como usamos aqui no Brasil, "vergonha alheia". 

E na sétima arte? Quais filmes melhor definem essa expressão? Vamos descobrir na matéria a seguir...

Eu Ainda Estou Aqui (2010)

Protagonizado por Joaquin Phoenix e dirigido por Casey Affleck, esse mockumentary acompanha a estrela hollywoodiana em uma fase de descoberta e auto conhecimento que é minimamente desastrosa. Uma das cenas mais icônicas, foi a sua entrevista concedida a David Letterman em um dos principais talk shows americanos. Agindo de forma bizarra e pouco amistosa, essa situação foi dada como verdadeira na época de sua gravação já que o apresentador e quase ninguém sabia que se tratava de encenação (o que seria revelado mais tarde com o lançamento do filme), o que eleva o sentimento de vergonha alheia ao quadrado. 

Divertido mas absolutamente cringe, "Eu Ainda Estou Aqui" merece um lugarzinho na lista.

Borat (2006)

Outro mockumentary da lista, e provavelmente um dos mais emblemáticos de todos os tempos, "Borat" de 2006 tem no cringe um dos principais pilares da sustentação do seu humor. Embaraçoso e com um timing cômico perfeito, na mesma medida que fornece situações hilariantes, o longa apresenta cenas que o espectador vai desejar "desver". É o puro suco da genialidade cringe!!!

American Pie (1999)

Lançado no final dos anos 90, "American Pie" tem no cringe apenas um dos elementos que contribuíram pro sucesso da obra. Na maioria das vezes esse recurso ficou atrelado ao personagem Jim Leveinstein (interpretado por Jason Biggs). Inseguro e inexperiente, Jim é quem protagoniza as situações que te fazem arder por dentro (a cena da torta de maçã que o diga).

Entrando Numa Fria (2000)

O cringe é uma das essências quem compõem a maioria dos trabalhos protagonizados por Ben Stiller e claro que naquele que é um dos melhores trabalhos de sua filmografia esse recurso não poderia ficar de fora. Em "Entrando Numa Fria", acompanhar Gay Focker conhecendo os pais super protetores de sua namorada é uma tarefa rigorosamente cringe e engraçada.

Cinquenta Tons de Cinza e suas sequencias

Se assistir um filme essencialmente cringe já é algo que requer um certo grau de preparação por parte do espectador imagina quando a obra é cringe de maneira involuntária? Aí a dor é maior... É o que acontece em "Cinquenta Tons de Cinza" e suas continuações. Com um roteiro raso e descabido, diálogos cretinos e interpretações bregas, os filmes vão piorando conforme suas continuações evoluem e se tornando quase que inassistíveis. Um dos exemplos onde o cringe as vezes não é bem vindo.

Friends: The Reunion (2021)

Não me entenda mal, eu adoro "Friends" e acho uma das maiores sitcons de todos os tempos, mas vamos encarar os fatos, se tirar o fator nostalgia que envolve todo o documentário "Friends: The Reunion" o que que sobra? Isso mesmo, o cringe. Assistir essa obra e acompanhar os atores em uma embaraçosa adaptação do jogo de perguntas e respostas que fez sucesso na série, ou o nada orgânico dueto entre Lisa Kudrow e Lady Gaga cantando "Smelly Cat", ou as poucas interações de um contrariado Matthew Perry enquanto são conduzidos pelo mega superestimado apresentador James Corden, convenhamos, é uma experiência muito cringe. 

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